Ciência
04/02/2014 às 06:46•2 min de leitura
Não há como fugir totalmente delas. As bactérias estão em sua casa, em seu travesseiro e até no seu intestino. Elas fazem parte de nossa vida e de todo o ecossistema mundial. Muitas bactérias são benéficas, mas algumas não são tão bem-vindas, como aquelas decorrentes de sujeira, lixo e poeira, que podem entrar na sua casa facilmente e causar doenças.
Mesmo que você deixe o seu lar constantemente limpinho, é quase impossível formar uma barreira impenetrável contra algumas bactérias. Mas por quê? E como esses micro-organismos invadem o nosso lar?
Primeiro de tudo, porque muitas bactérias não se prendem totalmente na superfície, podendo entrar com o vento, na pele humana, nos calçados ou através do ar-condicionado e ficarsuspensas no ar.
No entanto, o esclarecimento de como são as formas mais comuns de “invasão” de bactérias em uma casa é complementado por uma pesquisa que foi divulgada no periódico científico PLOS ONE e comentado no Lab Rat, um dos blogs do site Scientific American.
No estudo, os pesquisadores investigaram as fontes e origens de bactérias que estão suspensas no ar em um ambiente fechado, como uma sala ou um quarto.
Neste caso, a pesquisa analisou uma sala de aula da universidade e contou a quantidade e os tipos de bactérias estavam nesse espaço. Os pesquisadores então compararam essas espécies bacterianas com o conjunto encontrado na pele humana, no ar exterior, no sistema de ventilação e na poeira do piso interno.
Fonte da imagem: Shutterstock
Sem surpresa, quanto mais pessoas estavam na sala, mais partículas existiam no ar. Com esse resultado, os pesquisadores queriam verificar de onde os micro-organismos estavam vindo.
Para explorar ainda mais o efeito da ocupação da sala sobre as partículas no interior do ambiente, eles compararam três situações: a primeira em que uma única pessoa andava sobre o carpete do local, a segunda em que uma única pessoa caminhava em uma cobertura de plástico sobre o carpete (para evitar a suspensão de partículas do chão) e a terceira em que 30 pessoas caminhavam na cobertura de plástico.
O resultado mostrou que o carpete era a principal fonte de partículas maiores e re-suspensas no ar, ainda que, com um número suficiente de pessoas, as partículas grandes foram ainda encontradas flutuando. Trocando em miúdos, é o carpete e não as pessoas andando nele que liberam as bactérias no ar.
O que é interessante é que isso sugere que os humanos desempenham dois papéis importantes na propagação de bactérias em ambientes fechados. Primeiro porque nós os introduzimos a partir da pele, cabelos e outros componentes de poeira que podemos carregar em nossas roupas e sapatos.
Em segundo lugar, ocupando uma casa que agita constantemente a poeira para cima, mantendo as partículas flutuando no ar. Portanto, é evidente que a solução para casas livres de bactérias seja remover as pessoas. Fácil, não é?