Ciência
11/10/2021 às 02:00•2 min de leitura
Ter filhos não é uma tarefa fácil, especialmente quando eles ainda são recém-nascidos. Pelo excesso de fragilidade, precisamos adaptar diversas situações em nosso cotidiano e em nossas casas para mantê-los a salvo. Mas afinal, será que esses pequenos seres humanos entendem quando estão em perigo?
E se não entendem, o que podemos fazer para protegê-los? Primeiramente, precisamos entender um pouco mais sobre o que passa na cabeça dos bebês para podermos preparar os futuros papais e mamães para que sejam capazes de criar uma pessoa para os desafios da vida.
(Fonte: Pixabay)
Por mais surpreendente que seja, estudos mostram que a maioria dos bebês já nasce com cerca de 75 reflexos, que podem desaparecer entre os três e seis meses de vida ou serem substituídos por um comportamento mais intuitivo. Alguns exemplos disso passam pela capacidade dessas crianças de buscarem amamentação ou até mesmo virarem a cabeça e empurrarem objetos para desobstruir a respiração.
Além disso, os mais jovens passam boa parte desse período da vida identificando potenciais ameaças. Em dois experimentos controlados, pesquisadores descobriram que os bebês entre 8 e 14 meses passam mais tempo prestando atenção a estímulos “perigosos”, como serpentes e aranhas, do que coisas que não são tão arriscadas, como flores.
De acordo com a NCT, plataforma de suporte a pais de recém-nascidos no Reino Unido, os bebês nascem com um grande medo de tudo e não à toa choram por qualquer coisa. Quando nascemos, ainda estamos aprendendo a lidar com o olfato, tato, audição e visão, portanto tudo pode soar assustador.
(Fonte: Pixabay)
Ao mesmo tempo que é importante que os pais fiquem de olho no que os seus filhos fazem, correr certos riscos faz parte do desenvolvimento das crianças. Afinal, como aprenderíamos certas coisas na vida senão por experiência própria? Nesse ponto, é preciso saber medir quando interferir e quando deixar o bebê ser um pouco livre.
Crianças mais jovens apresentam o desejo de explorar o mundo e conhecer as coisas que estão a sua volta, e nesse momento você precisará segurar a sua vontade de interferir. Isso não significa deixar seu filho colocar o dedo na tomada ou algo perigoso do gênero, mas não limitá-los em todas as situações.
Um exemplo recorrente que acontece com pais superprotetores é privar seus filhos da interação com animais de estimação, como gatos e cachorros, com medo de que a criança possa sair ferida. Porém, se você conhece o histórico do pet e sabe que ele não apresenta comportamento agressivo, não há motivos para impedir o seu bebê de conhecê-lo.
(Fonte: Pixabay)
Em alguns casos, crianças que não demonstram nenhum tipo de reflexo para situações perigosas costumam apresentar alguns problemas específicos de desenvolvimento, como o Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) ou autismo.
Por esses motivos, todo acompanhamento dos pais é visto como necessário desde que não seja muito restritivo. Crianças que crescem com medo de tudo podem desenvolver transtornos de ansiedade no futuro e só conseguirão vocalizar esses problemas em estágios mais avançados da vida.