Artes/cultura
20/01/2015 às 05:02•3 min de leitura
Vai dizer que, quando você olha para uma pessoa muito alta, você não vai logo imaginando que ela é jogadora de basquete ou, ainda, que nunca se sentiu ameaçado por alguém que tinha uma aparência meio sinistra! Pois, apesar de nem sempre acertarmos nas nossas deduções — afinal, a coisa não é tão simples assim —, existem alguns atributos físicos que frequentemente coincidem com determinadas atividades e comportamentos.
Segundo um artigo de Elorm K. Nyumy do site Cracked, não faltam estudos científicos por aí que encontraram correlações entre características físicas, comportamento e saúde, e, conforme explicou, essas pesquisas podem nos ajudar a deduzir algumas coisas sobre as pessoas, como você poderá conferir a seguir.
Mas, antes de começar, vale destacar que as informações abaixo estão baseadas em resultados estatísticos obtidos durante estudos específicos e não devem — nunca, jamais — serem entendidos como regra geral. Tratando-se de formar opiniões sobre os demais, não vale generalizar!
Segundo Elorm, uma boa conferida nas orelhas não serve apenas para que você tenha uma ideia sobre os hábitos de higiene dos outros. Também é possível prever se alguém corre mais riscos de desenvolver problemas cardiovasculares só de olhar essa parte do corpo, mais precisamente ao observar se existem dobrinhas no lóbulo das orelhas. Aliás, esses vincos — que você pode ver na imagem abaixo — são conhecidos como “Sinal de Frank”.
Apesar de soar como uma bobagem, um grupo de pesquisadores do Reino Unido avaliou o relatório das necropsias de 303 pacientes que haviam falecido devido a algum tipo de complicação cardíaca e descobriu que 72% dos homens e 67% das mulheres apresentavam as tais ruguinhas nas orelhas.
A relação entre o Sinal de Frank e problemas coronarianos também foi observada em outros estudos — que incluíram testes com pessoas que usam brincos e dormem em determinadas posições, entre outros fatores. Existem algumas teorias para explicar essa estranha correlação entre a saúde das orelhas e a do coração, mas os cientistas ainda não sabem explicar exatamente por que ela existe.
De acordo com Elorm, um estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Leeds, no Reino Unido, revelou que mulheres com quadris mais largos são mais propensas a praticar o sexo casual. Os cientistas avaliaram o comportamento de um grupo de participantes que respondeu a questões relacionadas com seu comportamento sexual — como o número de parceiros sexuais que tiveram e as idades com as quais haviam perdido a virgindade, por exemplo.
Os cientistas também tomaram diversas medidas das voluntárias, incluindo a proporção entre quadril e cintura e a circunferência das “cadeiras”. A avaliação dos dados apontou que as participantes com um maior número de parceiros ou parceiros de uma noite só também eram as que contavam com medidas mais avantajadas. Aliás, a maioria que admitiu ter tido mais experiências causais tinha os quadris alguns centímetros mais largos do que as demais.
Segundo os pesquisadores, uma das teorias que explicam esse comportamento seria que as mulheres com quadris mais estreitos, ao frequentemente terem partos mais dolorosos, seriam mais seletivas sexualmente. Por outro lado, as mulheres com quadris mais largos — que normalmente têm partos menos traumáticos — teriam uma espécie de “sinal verde” biológico para povoar o planeta e, portanto, seriam menos exigentes.
Uma pesquisa conduzida por cientistas da Universidade Emory, nos EUA, revelou que homens com testículos menores são mais propensos a serem pais mais presentes e envolvidos na criação dos filhos. Segundo Elorm, para chegar a essa conclusão, os cientistas pediram que 70 voluntários — todos convivendo com as mães de seus pimpolhos — respondessem a questionários nos quais avaliavam suas próprias participações como pais e confirmaram as respostas com as mulheres.
Depois, os pesquisadores mediram o tamanho dos testículos dos participantes e realizaram novos testes que consistiam em olhar para imagens dos filhos e crianças aleatórias com expressões de alegria, tristeza e neutra enquanto tinham sua atividade cerebral monitorada. Os resultados apontaram que os cérebros dos donos de “bagos” mais volumosos apresentaram menor atividade em regiões cerebrais associadas com as relações familiares.
Os testes mostraram ainda que, independente de que esses pais estivessem olhando para fotos de seus próprios filhos, a atividade cerebral era mais baixa. Segundo os cientistas, os resultados apoiam a teoria de que os homens com testículos maiores produzem mais testosterona e, portanto, são mais inclinados a “espalhar suas sementes” do que cuidar de seus descendentes.
Além de atributos físicos como altura, flexibilidade e agilidade, outro fator que parece estar associado com o desempenho das pessoas em determinados esportes é a cor dos olhos. Elorm explicou que diversos experimentos apontaram que pessoas com olhos castanhos geralmente se saem melhor em atividades que são desempenhadas num ritmo mais acelerado e que requerem reações rápidas, como é o caso do tênis, futebol, boxe e o basquete, por exemplo.
Já pessoas com olhos claros costumam se sair melhor em esportes menos rápidos e que exigem que os participantes desenvolvam estratégias para vencer, como é o caso do golfe e do boliche. Além disso, no caso de atividades coletivas que combinam habilidades como rapidez e técnica — como o basebol —, a cor dos olhos também pode influenciar em quais posições determinados jogadores poderiam ter melhores performances.
Uma das explicações para essa relação é o fato de os olhos claros serem mais sensíveis à luz do que os escuros. Isso significa que pessoas com olhos azuis, por exemplo, teriam mais dificuldades em atividades físicas que envolvem a tomada de decisões rápidas associadas a estímulos visuais, mas mandariam bem quando fosse necessário pensar em artimanhas para derrubar os rivais.