Acostumados a "gritar" para afastar predadores famintos, esses sapos produzem sons inaudíveis para os seres humanos.

<p>Um novo estudo publicado na revista <i>Acta Ethologica</i> descreveu como alguns sapos na América do Sul emitem potencialmente sons no espectro ultrassônico para se defenderem de seus <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/125647-5-predadores-que-encaram-presas-das-mais-perigosas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">predadores</a>. Portanto, embora seus "gritos" sejam estridentes, eles não podem ser ouvidos pelos seres humanos.</p><p>O ultrassom na natureza são sons criados em uma frequência extremamente alta e inaudível para nós, que não conseguimos ouvir frequências superior a 20 kHz. Esse espectro sonoro também é usado por alguns mamíferos marinhos, morcegos e roedores para comunicação e localização de alimentos.&nbsp;</p><h2>Ultrassom entre anfíbios</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/10/10185801071303.jpeg" alt="Os sapos da espécie Haddadus binotatus estão entre aqueles que produzem sons ultrassônicos. (Fonte: Henrique Nogueira/Divulgação)"><figcaption>Os sapos da espécie Haddadus binotatus estão entre aqueles que produzem sons ultrassônicos. (Fonte: Henrique Nogueira/Divulgação)</figcaption></figure></figure><p>De acordo com os pesquisadores envolvidos no estudo, uma das principais hipóteses é que os sapos usem o ultrassom como um pedido de socorro para membros da sua espécie. Porém, isso também pode ser um indicador de que sons de larga frequência são ótimos para assustar o maior número de predadores possíveis.</p><p>Em comunicado oficial, o coautor do estudo e ecologista do Instituto de Biologia da Universidade Estadual de Campinas (IB-UNICAMP), Ubiratã Ferreira Souza, também destacou que o grito dos <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127663-anfibios-sao-os-mais-sensiveis-as-mudancas-climaticas-diz-estudo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">anfíbios</a> também pode ter como objetivo atrair outros animais para servirem de isca para seus predadores — "sacrificando" vidas alheias para salvar a sua própria.</p><p>Um exemplo disso é a rã-da-serrapilheira (<i>Haddadus binotatus</i>), que vive na Mata Atlântica brasileira e utiliza essa tática sônica contra predadores em potencial, incluindo morcegos, roedores, algumas cobras e pequenos primatas. No estudo, os pesquisadores registraram "pedidos de socorro" dos anfíbios em duas ocasiões distintas. Dados aprofundados descobriram que o som emitido tinha entre 7 kHz e 44 kHz.</p><h2>Estratégia para escapar da morte</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/10/10185931203306.jpeg" alt="Pesquisadores acreditam que anfíbios usem sons ultrassônicos para afastar predadores. (Fonte: Wikimedia Commons)"><figcaption>Pesquisadores acreditam que anfíbios usem sons ultrassônicos para afastar predadores. (Fonte: Wikimedia Commons)</figcaption></figure></figure><p>Conforme analisado pelos pesquisadores, a rã-da-serrapilheira faz uma série de movimentos que se assemelham a posições de defesa ao emitirem seus gritos estridentes. Para isso, esses anfíbios levantam a parte da frente de seus corpos, abrem a boca e balançam a cabeça para trás. Em seguida, eles fecham parcialmente a boca e começam a emitir um som que varia de audível para humanos (7 kHz a 20 kHz) a uma frequência ultrassônica (20 kHz a 44 kHz).</p><p>“Considerando que a diversidade de anfíbios no Brasil é a mais alta do mundo, com mais de 2.000 espécies descritas, não seria surpreendente descobrir que outras rãs também emitem sons nessas frequências”, disse a coautora do estudo, Mariana Retuci Pontes, em nota. Durante o trabalho de campo, os especialistas obtiveram gravações de <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/128573-sutia-com-ultrassom-pode-detectar-cancer-de-mama-ainda-no-inicio.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">sons ultrassonográficos</a> de três espécies de anfíbios asiáticos, mas não conseguiram determinar se esses sons eram realmente usados quando um predador se aproximava.</p><p>Como próxima etapa, os pesquisadores esperam abordar inúmeras questões que surgiram durante essa descoberta impressionante. Entre os tópicos a serem estudados estão quais predadores são sensíveis aos gritos ultrassônicos dos sapos, como esses outros animais reagem a ele e se o chamado procura assustá-los ou simplesmente atrair seus inimigos naturais.</p>

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Algumas espécies de sapos produzem sons inaudíveis ao ouvido humano

Conhecidos por serem um dos parentes mais próximos dos seres humanos, as informações que temos sobre esses antigos hominídeos são intrigantes. 

<p>Você já ouviu falar no <i>Australopithecus anamensis</i>? Caso você não esteja familiarizado, <strong>esses antigos hominídeos são um dos parentes mais próximos de nós, os </strong><i><strong>Homo sapiens</strong></i>. Porém, isso não necessariamente significa que sabemos tudo sobre a sua existência, mas as poucas informações que temos sobre são realmente intrigantes.</p><p>Pensando nisso, nós separamos uma lista com cinco fatos a respeito do <i>A. anamensis</i> que você deveria saber!</p><h2>1. Existência da espécie na Terra</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/08/08210722548000.jpg" alt="Humano olhando crânio de um antigo humanoide. (Fonte: GettyImages)"><figcaption>Humano olhando crânio de um antigo humanoide. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure><p>Os <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/125495-lucy-a-ancestral-de-3-2-milhoes-de-anos-andava-ereta-e-tinha-pernas-capazes-de-escalar-arvores.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank"><i>Australopithecus afarensis</i></a> são provavelmente os australopitecos mais conhecidos pelos seres humanos, embora os dados que temos até aqui sugiram que o <i>A. anamensis</i> seja o mais antigo de todos. Espécimes fósseis dataram a espécie de 4,2 milhões de anos a até 3,8 milhões de anos atrás.</p><p>Essas informações foram conquistadas após um crânio da espécie ter sido encontrado na Etiópia em 2016. Além disso, a datação quebrou qualquer teoria de que o <i>A. anamensis</i> havia evoluído diretamente para <i>A. afarensis</i>, uma vez que as duas espécies coexistiram por pelo menos 100 mil anos.</p><h2>2. Habitat natural</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/08/08210805418003.jpg" alt="Os Australopithecus anamensis viviam em florestas verdes. (Fonte: GettyImages)"><figcaption>Os Australopithecus anamensis viviam em florestas verdes. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure><p>A maioria dos restos mortais dos <i>A. anamensis&nbsp;</i>foram recuperados em apenas dois países: Quênia e Etiópia. De acordo com pesquisadores, estima-se que essas regiões eram bastante florestadas quando a espécie estava viva, e também eram rodeadas de lagos.</p><p>Contudo, os fósseis encontrados na <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120089-7-curiosidades-sobre-a-etiopia-pais-onde-o-ano-tem-13-meses.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Etiópia</a> não foram achados na fronteira com o Quênia — como era de se esperar. Portanto, isso indica que o <i>A. anamensis</i> conseguiu se espalhar, com restos mortais sendo recuperados na região nordeste do país, incluindo um dente, um fêmur e um crânio.&nbsp;</p><h2>3. Aparência específica</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/08/08210901064004.jpeg" alt="Reconstrução facial de um Australopithecus anamensis. (Fonte: John Gurche/Museu de História Natural de Cleveland)"><figcaption>Reconstrução facial de um Australopithecus anamensis. (Fonte: John Gurche/Museu de História Natural de Cleveland/Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Os <i>A. anamensis</i> podem até ser um dos parentes mais próximos dos seres humanos, mas isso não significa que eles eram necessariamente muito parecido conosco. Com base nos fósseis que foram encontrados até hoje, os cientistas conseguiram realizar algumas suposições fundamentadas de como esses seres vivos realmente eram.</p><p>A extremidade superior das tíbias recuperadas e a orientação humana das articulações do tornozelo sugerem que eles podiam andar sobre duas pernas, mas não eram tão altos quanto os humanos. Inclusive, acredita-se que eles tinham altura mais próxima dos chimpanzés modernos.&nbsp;</p><p>Quanto aos seus rostos, nós não tínhamos nenhuma imagem esclarecedora até 2016, até que um crânio específico foi encontrado na Etiópia. Após algumas análises, os cientistas sugeriram que eles provavelmente se pareciam muito com macacos, com testa inclinada e maçãs do rosto proeminentes.</p><h2>4. Estilo de vida</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/08/08211024394005.jpg" alt="Amostra de um osso fossilizado de um Australopithecus anamensis. (Fonte: Wikimedia Commons)"><figcaption>Amostra de osso fossilizado de um Australopithecus anamensis. (Fonte: Wikimedia Commons)</figcaption></figure></figure><p>Um estudo sobre os <i>A. anamensis</i> concluiu que os sinais microscópicos de desgaste deixados nos dentes fossilizados dessas criaturas sugerem que eles tinham uma dieta composta por "alimentos menos desafiadores mecanicamente". Portanto, é bem possível que esses antigos <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/109430-construcao-do-futuro-conheca-o-robo-humanoide-que-instala-drywalls-sozinho.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">humanoides</a> se alimentavam de coisas como folhas e frutos de árvores e arbustos.&nbsp;</p><p>Outros ossos do corpo também parecem apoiar essa dieta: o comprimento dos antebraços e as marcas encontradas nos ossos do pulso sugerem que eles <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/125495-lucy-a-ancestral-de-3-2-milhoes-de-anos-andava-ereta-e-tinha-pernas-capazes-de-escalar-arvores.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">passavam muito tempo subindo em árvores</a>.</p><h2>5. Informações não encontradas</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/08/08211112850007.jpg" alt="Crânio de um Australopithecus. (Fonte: GettyImages)"><figcaption>Crânio de um Australopithecus. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure><p>Além dos alimentos que o <i>A. anamensis</i> consumia e da forma como eles eram coletados, é difícil saber muito mais sobre como esses seres viviam. O motivo? Além de um registro fóssil pequeno e fragmentado, nós simplesmente ainda não temos uma forma de voltar no tempo para desvendar o passado do planeta com 100% de certeza.</p><p>De todo modo, pesquisadores ainda esperam que novas descobertas fósseis sejam feitas no futuro para juntar as lacunas restantes sobre o passado dos nossos primeiros antepassados conhecidos.</p>

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5 fatos curiosos sobre os Australopithecus Anamensis, os parentes mais próximos dos seres humanos

Pesquisadores afirmam que não existem muitos dados sobre o retrovírus ERV-Fc, somente que ele se espalhou globalmente.

<p>A pandemia de <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/120882-covid-19-5-duvidas-sobre-a-pandemia-que-ainda-nao-desvendamos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">covid-19</a> foi apenas um exemplo de como doenças podem afetar o mundo inteiro de uma vez só. Entre 33 milhões e 15 milhões de anos atrás, um antigo grupo de vírus espalhou-se por inúmeros mamíferos e fez um estrago significativo — desaparecendo há aproximadamente 15 milhões de anos.</p><p>Estudos indicam que <strong>esse vírus teria infectado&nbsp;</strong><a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/126723-5-truques-bizarros-usados-por-parasitas-para-atrair-hospedeiros.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank"><strong>todos os hospedeiros</strong></a><strong>&nbsp;que conseguiu e que fragmentos inativos dele ainda vivem</strong> sorrateiramente no DNA de muitos mamíferos modernos, inclusive no dos seres humanos.</p><h2>Desastre pandêmico</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/04/04183403732025.jpg" alt="Avaliar como funcionam os retrovírus endógenos poderia ajudar a humanidade a abordar doenças modernas. (Fonte: GettyImages)"><figcaption>Avaliar como funcionam os retrovírus endógenos poderia ajudar a humanidade a abordar doenças modernas. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure><p>Por mais esquisito que seja imaginar esse cenário, cerca de 8% do DNA humano é formado por sequências genéticas de retrovírus que infectaram os nossos antepassados há milhões de anos. Isso inclui até mesmo alguns retrovírus modernos como o HIV, que precisa inserir uma cópia de DNA do seu genoma RNA no DNA de uma célula hospedeira para se replicar.</p><p>Esse material genético não costuma ser transmitido de geração em geração, mas isso pode acontecer caso os retrovírus ganhem a capacidade de infectar células germinativas — como óvulos ou espermatozoides. Se um retrovírus chega nesse estágio, ele pode eventualmente ser incorporado ao genoma de uma população inteira.</p><p>O caso mais conhecido disso é o do ERV-Fc, um retrovírus que se espalhou pelo mundo na época do Oligoceno até o Mioceno Inferior. Portanto, esse foi um vírus que circulou pelo mundo entre 33 milhões e 15 milhões de anos atrás. Em 2016, pesquisadores encontraram "fósseis" com <strong>restos virais do ERV-Fc presente nos ancestrais de pelo menos 28 mamíferos modernos</strong>, incluindo chimpanzés, humanos, cachorros e pandas.&nbsp;</p><h2>Estudando o passado, prevenindo o futuro</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/04/04183558398028.jpg" alt="Pessoas usando máscaras de proteção contra doenças respiratórias. (Fonte: GettyImages)"><figcaption>Pessoas usando máscaras de proteção contra doenças respiratórias. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure><p>Conforme os dados científicos, o mais impressionante sobre a família de retrovírus ERV-Fc é que ela não infectou apenas um parente de todos os mamíferos de uma única vez, mas também saltou mais de 20 vezes entre espécies. Esse fenômeno acabou gerando uma espécie de <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/127722-proxima-pandemia-deve-acontecer-no-setor-da-agricultura.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pandemia</a> intercontinental pré-histórica, atingindo mamíferos em todos os continentes — exceto em áreas remotas da Austrália e da Antártida.&nbsp;</p><p>O ERV-Fc aparentemente não tem qualquer impacto na saúde humana atualmente, mas isso não significa que ele tenha desaparecido. Estudos mostram que um fragmento de seu material genético simplesmente permanece adormecido em nosso genoma até hoje. Porém, pesquisadores também acreditam que uma compreensão aprofundada sobre outros retrovírus endógenos poderia ajudar a humanidade a descobrir novos métodos para abordarmos doenças como a <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/estudo-aponta-remissao-do-hiv-em-criancas-apos-interrupcao-do-tratamento" rel="noopener noreferrer" target="_blank">HIV</a>.</p><p>“Os genomas dos mamíferos contêm centenas de milhares de fósseis virais antigos semelhantes ao ERV-Fc”, destacou William E. Diehl, autor do estudo de 2016, conduzido enquanto ele era pesquisador de pós-doutorado no Boston College, em comunicado oficial. Segundo Diehl, o maior desafio no momento é usar as sequências virais antigas para remontar o passado do nosso planeta.</p><p>O cientista acredita que medidas do tipo podem ser úteis para prever as consequências de novas infecções virais emergentes a longo prazo. Sendo assim, tal método nos permitirá entender melhor quando e por que surgem novos vírus, bem como compreender a maneira como o contato de longo prazo com eles impacta a evolução dos organismos hospedeiros.</p>

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'Pandemia pré-histórica' que durou 15 milhões de anos ecoa até os dias de hoje

Pessoas com afantasia não são capazes de imaginar coisas em sua mente como o restante da população.

<p>Feche os olhos e imagine o seguinte cenário: você está numa praia com seus amigos curtindo um dia de verão e levanta-se da sua cadeira para dar um mergulho na água. Se nenhuma imagem surgiu na sua mente enquanto você realizava esse exercício, então é bem possível que você tenha algo chamado de "<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123723-sera-que-todo-mundo-tem-uma-voz-na-cabeca.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">afantasia</a>".</p><p>Esse é o nome dado para <strong>quando o seu cérebro não forma ou usa imagens mentais como parte dos seus pensamentos</strong> — algo que a maioria da população é capaz de fazer. Embora isso não seja considerado uma deficiência ou condição médica, é uma característica atípica que algumas pessoas podem apresentar.</p><h2>Visão geral da afantasia</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/10/10182943648276.jpg" alt="Pessoas com afantasia não criam imagens em suas mentes. (Fonte: GettyImages)"><figcaption>Pessoas com afantasia não criam imagens em suas mentes. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure><p>Segundo o que se sabe cientificamente sobre o tema até agora, a afantasia é simplesmente uma diferença na forma como a mente de uma pessoa funciona. Para a maioria dos indivíduos, a <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/116425-5-ilustracoes-impressionantes-sobre-a-imaginacao-das-criancas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">imaginação</a> pode assumir muitas formas, e há quem tenha habilidades de imaginação mais forte do que outros.</p><p>Logo, <strong>ter afantasia é como se a sua mente não considerasse útil criar imagens nos pensamentos</strong>, simplesmente porque sua imaginação funciona de outras maneiras. De acordo com especialistas, existem duas formas de afantasia: a congênita e a adquirida.</p><p>A primeira delas é quando você nunca foi capaz de criar imagens no seu cérebro durante sua vida inteira. Portanto, as pessoas com afantasia congênita podem simplesmente não saber que não ter imagens mentais é algo incomum. Enquanto isso, a afantasia adquirida se desenvolve mais tarde na vida, ocorrendo quase sempre por conta de uma lesão, doença ou problema de <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/124576-5-fatos-sobre-a-saude-mental-dos-brasileiros.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">saúde mental</a>.</p><h2>Característica incomum</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/10/10183013685279.jpg" alt="Indivíduos com afantasia congênita podem nunca saber que pensam diferente. (Fonte: GettyImages)"><figcaption>Indivíduos com afantasia congênita podem nunca saber que pensam diferente. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure><p>Estudos disponíveis indicam que a afantasia é um "quadro" bastante incomum, afetando apenas de 2 a 4% das pessoas ao redor do mundo. No entanto, as investigações sobre esse tema ainda são limitadas, principalmente porque muitas dessas pessoas não percebem que pensam de uma forma diferente das demais.</p><p>E mesmo assim, nem todas as pessoas que têm afantasia vivenciam ela da mesma maneira. O que muitos não sabem é que existem graus dessa característica, com indivíduos apresentando afantasia total, enquanto outras ainda experimentam breves "flashes" de imagens aleatoriamente ou "enxergam" algumas coisas em seus sonhos.</p><p>Além disso, cerca de 15% das pessoas com afantasia só experimentam a característica quando fecham os olhos — "vendo" imagens mentais esporadicamente enquanto estão de olhos abertos. Especialistas suspeitam que isso pode limitar as memórias de certas maneiras, mas novas pesquisas ainda são necessárias para comprovar essa teoria.</p><p>Tendo em mente que a afantasia não é uma condição médica ou de saúde mental, ela não precisa de tratamento. Até mesmo casos de afantasia adquirida devido a outra condição que afeta o cérebro não são curáveis ou diretamente tratáveis. Caso você acredite que tem afantasia e que ela está contribuindo para problemas de saúde mental, o recomendado é buscar ajuda médica.&nbsp;</p>

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Afantasia: quando pessoas não conseguem pensar com imagens

Ao longo dos anos, a Igreja Católica mudou algumas de suas práticas e doutrinas para se adequar às sociedades modernas.

<p>Embora a <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/124551-o-que-mudou-na-igreja-catolica-nos-10-anos-do-papa-francisco.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Igreja Católica</a> afirme publicamente nunca ter mudado suas doutrinas, há quem discorde disso. Por mais que a religião tenha se mantido invariavelmente a mesma, é de se imaginar que o Catolicismo tenha transformado alguns pontos para se encaixar nas sociedades modernas.</p><p>Um exemplo disso pode ser visto até mesmo na autoridade máxima da Igreja: na Idade Média, o imperioso <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/127981-4-tentativas-de-imortalidade-e-juventude-eterna-na-historia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Papa Inocêncio III</a> lidava com as coisas de uma maneira significativamente diferente do Papa Francisco no século XXI. Para ilustrar essas mudanças, nós separamos uma lista com cinco das maiores reviravoltas na história da Igreja Católica!</p><h2>1. Casamento de padres</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/09/09132622890146.jpg" alt="Imagem de um padre segurando a Bíblia. (Fonte: GettyImages)"><figcaption>Imagem de um padre segurando a Bíblia. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure><p>Por mais bizarro que isso possa soar para você, <strong>os padres católicos&nbsp;</strong><a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120542-sempre-existiu-celibato-para-membros-da-igreja.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank"><strong>nem sempre foram celibatários</strong></a>. A exemplo, o próprio São Pedro, considerado o primeiro Papa, foi casado. Inclusive, nos primeiros séculos cristãos, a maioria dos padres tinha esposas.</p><p>A pressão pelo celibato iniciou-se no século IV, quando o "Decreto de Elvira" ordenou àqueles com posição no ministério da Igreja a absterem-se completamente das suas esposas e não terem filhos. Em 1139, o Segundo Concílio Lateral finalmente tornou o celibato clerical obrigatório em toda a Igreja Católica.</p><h2>2. Papel na escravidão</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/09/09132700725148.jpg" alt="Pessoa acorrentada pelas mãos. (Fonte: GettyImages)"><figcaption>Pessoa acorrentada pelas mãos. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure><p>A escravidão não era algo questionado no mundo romano em que o Cristianismo nasceu e também não era visto como algo inerentemente imoral — mesmo que o Papa Calisto I tenha sido um ex-escravo. As coisas só mudaram por volta do século XV, quando uma sucessão de papas emitiu condenações à prática. Mas, em 1425, o Papa Nicolau V já estava concedendo a Portugal permissões para "reduzir as suas pessoas à servidão perpétua".&nbsp;</p><p>Coube ao Papa São João Paulo II definir de forma inequívoca a posição da Igreja em 1993, finalmente condenando a escravatura como intrinsicamente imoral e indesculpável sob quaisquer circunstâncias.</p><h2>3. Galileu Galilei</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/09/09132742131150.jpg" alt="Ilustração de Galileu Galilei. (Fonte: GettyImages)"><figcaption>Ilustração de Galileu Galilei. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure><p>Em 1615, <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119938-galileu-galilei-a-revolucao-causada-pelas-descobertas-sobre-a-lua.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Galileu Galilei</a> foi acusado de heresia pela Igreja Católica por ter afirmado que a Terra girava em torno do Sol — ao contrário do que se imaginava naquela época. Por conta disso, o pesquisador passou sua vida inteira sendo considerado um traidor religioso.</p><p>Porém, as crescentes provas científicas do heliocentrismo nos séculos seguintes tornaram a posição da Igreja insustentável. Em 1992, então, a Pontifícia Academia das Ciências apresentou um relatório dizendo que os juízes de Galileu eram "incapazes de dissociar a fé de uma cosmologia milenar". Sendo assim, após 359 anos, Galileu foi declarado inocente.</p><h2>4. Inferno</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/09/09132808455152.jpg" alt="Igreja Católica já deu mais atenção para o Inferno no passado. (Fonte: GettyImages)"><figcaption>Igreja Católica já deu mais atenção para o Inferno no passado. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure><p>Por anos, a Igreja Católica utilizou do conceito de "Inferno" para amedrontar todos que ousassem desafiar os ensinamentos de Deus, e esse comportamento perdurou por muitos anos. Ainda no século XX, a vidente de Fátima, Irmã Lúcia, lamentava: “tendo em conta o comportamento da humanidade, apenas uma pequena parte da raça humana será salva”.&nbsp;</p><p>A Igreja moderna, por sua vez, dá mais ênfase ao amor de Deus do que a sua ira. A <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/quais-sao-os-4-demonios-mais-importantes-da-biblia" rel="noopener noreferrer" target="_blank">realidade do Inferno</a> ainda é ensinada, mas de uma forma mais amena. Recentemente, o <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/124551-o-que-mudou-na-igreja-catolica-nos-10-anos-do-papa-francisco.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Papa Francisco</a> afirmou que gosta de "pensar no Inferno como algo vazio".</p><h2>5. Inquisição</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/09/09132934727155.jpg" alt="Pessoa sendo torturada durante a Inquisição Espanhola. (Fonte: GettyImages)"><figcaption>Pessoa sendo torturada durante a Inquisição Espanhola. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure><p>De todos os pecados já cometidos pela Igreja Católica, poucos são tão agressivos <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/124586-beguinas-as-comunidades-feminina-que-desafiavam-a-inquisicao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">quanto a Inquisição</a>. Em 1478, a Inquisição Espanhola — famosa pela queima pública de hereges — foi autorizada pelo Papa Sisto IV. O Grande Inquisidor, Tomas de Torquemada, vangloriou-se de ter matado 2 mil pessoas sozinho.</p><p>Em 1994, o Papa São João Paulo II perguntou aos seus cardeais: "Como podemos nos silenciar sobre tantos tipos de violência perpetrados em nome da fé?". Seis anos depois, ele fez uma oração pública pedindo perdão pelas feridas deixadas abertas em consequência desses processos.&nbsp;</p>

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5 grandes reviravoltas na história da Igreja Católica

Pesquisadores definem um "rei dos ratos" quando as caudas de muitos roedores se entrelaçam, criando uma criatura perturbadora.

<p>Os ratos já não são as criaturas favoritas dos seres humanos. Conhecidos por transmitirem doenças e até <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/122749-os-6-animais-mais-injusticados-pela-historia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">(injustamente) acusados</a> de terem espalhado a peste bubônica pelo mundo no século XIV, esses animais são considerados repugnantes. Porém, você ficará em choque ao conhecer mais sobre o "rei dos ratos".</p><p>Esse é o nome dado para quando <strong>um bando de ratos acaba tendo suas caudas entrelaçadas, criando uma espécie de "super-rato" gigantesco</strong>. Embora muitos cientistas rejeitem esse fenômeno como realidade, vários espécimes do tipo estão expostos em <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121357-6-dos-museus-mais-estranhos-e-curiosos-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">museus</a> por todos os cantos do planeta e foram documentados até na Rússia e na Estônia em 2021.</p><h2>Como um "rei dos ratos" é formado?</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/04/04181005626007.jpg" alt="Exemplar de rei dos ratos preservado no Museu Zoológico de Estrasburgo, na França. (Fonte: Wikimedia Commons)"><figcaption>Exemplar de um "rei dos ratos" preservado no Museu Zoológico de Estrasburgo, na França. (Fonte: Wikimedia Commons)</figcaption></figure></figure><p>Os primeiros relatos de um "rei dos ratos" sugiram em meados de 1500 na Europa. Segundo a lenda, <strong>essa criatura singular se forma quando um grupo de </strong><a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/122814-6-curiosidades-insanas-sobre-ratos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank"><strong>ratos</strong></a><strong> acaba se emaranhando&nbsp;</strong>ao passar tempo demais confinado em um espaço pequeno — como uma toca ou outro local apertado.</p><p>Alguns também dizem que esse tipo de acontecimento tem maior grau de ocorrência durante as estações frias, uma vez que os ratos "amarrariam" intencionalmente suas próprias caudas para permanecerem aquecidos. Como esses roedores também produzem uma grande quantidade de sebo para proteger e hidratar a superfície da pele, suas caudas oleosas formariam então uma substância pegajosa para uni-los.&nbsp;</p><p>Em entrevista ao <i>Atlas Obscura</i>, o curador sênior de mamíferos do Museu Victoria, Kevin Rowe, afirmou que esse processo, no entanto, é sofrível. “Os roedores presos juntos não poderiam sobreviver por muito tempo e provavelmente estão em agonia e angústia até se separarem ou morrerem”, disse.&nbsp;</p><h2>Veracidade das histórias</h2><p style="text-align:center;"><iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/eNhTDWDvLa8?si=IdWA3iT3_eJ319sm" title="YouTube video player" frameborder="0" allowfullscreen=""></iframe></p><p>Como citado anteriormente, a existência de um "rei dos ratos" por si já é algo extremamente questionado entre pesquisadores. Contudo, como existem alguns exemplares exibidos em museus pelo mundo, o fenômeno ganhou notoriedade e artigos científicos citam a existência de 58 "reis dos ratos" confiáveis ao longo da história.</p><p>O mais antigo em exibição no momento foi encontrado em Altenburg, na Alemanha, em 1828. Ele contém 32 roedores e é o maior espécime do mundo. De acordo com o museu, o grupo foi encontrado por um homem chamado Muller Steinbruck enquanto limpava sua chaminé. Embora esses espécimes tenham se formado naturalmente, há alguns casos reconhecidamente feitos pelo homem.</p><p>O "rei dos ratos" alojado no Museu Otago, na Nova Zelândia, por exemplo, formou-se após um grupo de ratos ter sido espancado até a morte e ter terminado esmagado em conjunto. O caso mais recente foi identificado em 2021, quando um veterinário na <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/108105-5-motivos-para-a-estonia-ser-um-dos-melhores-paises-da-atualidade.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Estônia</a> descobriu um "rei dos ratos" no galinheiro de sua mãe — composto por 13 roedores unidos pelas caudas e capturado ainda vivo em vídeo.</p><p>Como é difícil provar se um único espécime é autêntico, no entanto, é provável que as histórias sobre esses emaranhados de ratos sigam gerando muitos debates no futuro.</p>

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"Rei dos ratos": o fenômeno do "super-roedor" formado por caudas emaranhadas

Segundo novo estudo, a ingestão de alimentos muito gordurosos nos dias anteriores a um procedimento cirúrgico pode piorar processos inflamatórios e causar declínio cognitivo.

<p>Um novo estudo em animais conduzido por pesquisadores da Universidade Estadual de Ohio, nos Estados Unidos, sugeriu que a ingestão de alimentos gordurosos alguns dias antes de uma cirurgia pode afetar os processos inflamatórios do corpo ligados a um declínio cognitivo. Isso, por sua vez, poderia levar a um risco aumentado de demência em humanos.</p><p>Pesquisas anteriores feitas em seres humanos já haviam indicado efeitos similares dos alimentos gordurosos no <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124398-cerebros-humanos-vem-diminuindo-de-tamanho-ha-3-mil-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cérebro</a>. Entre os animais, até mesmo o consumo de doces ocasionais ou de um banquete gorduroso foi visto como um fator que afeta a função cerebral.</p><h2>Perigos da gordura</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/05/05132526860193.jpg" alt="Estudo indica que dietas gordurosas contribuem para processos inflamatórios no cérebro. (Fonte: GettyImages)"><figcaption>Estudo indica que dietas gordurosas contribuem para processos inflamatórios no cérebro. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Durante o novo experimento, os pesquisadores observaram de perto ratos alimentados com <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/122092-como-a-gordura-sai-do-seu-corpo-depois-de-emagrecer.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">alimentos gordurosos</a> apenas três dias antes de uma cirurgia. Nesse período, eles constataram que todos esses roedores mostraram sinais persistentes de déficits de memória que duraram até duas semanas, o que foi acompanhado por uma onda de inflamação no cérebro — com duração de três semanas.</p><p>Segundo a neurocientista comportamental da Universidade Estadual de Ohio, Ruth Barrientos, esses dados sugerem um efeito agravante. "A dieta rica em gordura por si só pode aumentar um pouco a inflamação no cérebro. Porém, quando combinado com uma cirurgia que faz a mesma coisa e preparada em um curto espaço de tempo, você obtém uma resposta sinérgica que pode colocar as coisas em movimento em direção a um problema de memória de longo prazo", constatou.</p><p>Para se aprofundar no assunto, os pesquisadores reuniram <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121857-6-fatos-impressionantes-sobre-os-ratos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ratos</a> velhos e jovens com uma dieta rica em gordura ou uma dieta padrão. Esses animais realizariam um procedimento semelhante a uma cirurgia abdominal exploratória três dias depois. Duas semanas depois, todos os ratos foram submetidos a uma série de testes de memória.&nbsp;</p><h2>Análise de resultados</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/05/05132628264195.jpg" alt="Roedores com dietas gordurosas apresentaram problemas de memória duradouros após cirurgia. (Fonte: GettyImages)"><figcaption>Roedores com dietas gordurosas apresentaram problemas de memória duradouros após cirurgia. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Conforme os dados coletados pelos pesquisadores, os problemas de memória observados tanto em ratos jovens quanto em ratos mais velhos alimentados com dietas ricas em gordura persistiram por pelo menos duas semanas após a cirurgia. Segundo o estudo, os efeitos não estavam relacionados à anestesia, porque outros animais alimentados com uma dieta gordurosa — mas poupados de qualquer anestésico ou procedimento — apresentaram déficits de memória parecidos apenas consumindo alimentos não saudáveis.&nbsp;</p><p>Os pesquisadores acreditam que novos estudos ainda serão necessários para descobrir quanto tempo esses efeitos cognitivos podem durar e como analgésicos opiáceos, como a morfina, ajudam a prolongá-los. Por outro lado, os pesquisadores também descobriram que um mês de suplementos como ômega-3 ajudou a atenuar a resposta inflamatória pós-operatória nesses mesmos animais.</p><p>Outro ponto relevante a se ressaltar é que a pesquisa utilizou apenas ratos machos em seu experimento, o que não avalia a teoria de que machos e fêmeas respondem de forma diferente aos anestésicos utilizados em cirurgias. Por fim, o estudo também não obteve qualquer tipo de conclusão sobre se os resultados podem ser traduzidos para seres humanos, especialmente para pacientes cirúrgicos obesos.&nbsp;</p>

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Comer alimentos gordurosos antes de uma cirurgia prejudica a memória

Conhecida como Thonis pelos egípcios e Heracleion pelos gregos, a cidade serviu como o maior porto da região durante séculos.

<p><strong>Antes de Alexandre, o Grande, fundar Alexandria em 331 a.C., a cidade de Thonis-Heracleion era o maior porto mediterrâneo do Egito</strong>. Há muito tempo, porém, ela acabou afundando no <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/111373-nova-ilha-se-formou-no-mediterraneo-e-ela-e-feita-de-toneladas-de-lixo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Mar Mediterrâneo</a>. Durante mais de um milênio, sua existência foi sendo quase esquecida, chegando até ao ponto de ser questionada.</p><p>Contudo, as primeiras respostas surgiram nos séculos XX e XXI. Nesse período, mergulhadores começaram a encontrar evidências de Thonis-Heracleion no fundo do mar, onde a cidade estava coberta por uma espessa camada de sedimentos. Em 2000, por exemplo, moedas, cerâmicas e estátuas da antiga cidade egípcia passaram a montar o quebra-cabeça sobre como ela foi um dia.&nbsp;</p><h2>A saga de Thonis-Heracleion</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/03/03132219999190.webp" alt="Resquícios de Thonis-Heracleion no fundo do mar. (Fonte: GettyImages)"><figcaption>Resquícios de Thonis-Heracleion no fundo do mar. (Fonte: Christoph Gerigk/Franck Goddio/Hilti Foundation/Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Fundada por volta do século VIII a.C., Thonis-Heracleion passou muito tempo sendo considerada detentora do maior e mais importante porto do Egito. Situada na atual Baía de Abu Qir, a cidade recebia navios de todo o mundo que traziam mercadorias para o Egito.</p><p>Em seu auge histórico, a cidade exercia grande influência na região e era extremamente dinâmica. O problema, no entanto, é que quase todas as suas descrições foram sendo perdidas com o tempo, exceto na mitologia. No passado, o historiador grego <strong>Heródoto afirmou que Thonis-Heracleion foi a primeira cidade que Hércules teria pisado ao chegar no Egito</strong>.</p><p>Após a <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/farol-de-alexandria-a-queda-de-uma-das-maravilhas-do-mundo-antigo" rel="noopener noreferrer" target="_blank">construção de Alexandria</a> em 331 a.C., Thonis-Heracleion foi sendo rapidamente esquecida. Isso acabou se intensificando após a sua ilha central ter deslizado para o mar, junto dos principais templos da cidade, após um desastre natural no final do século II. Assim, já no século VIII d.C., ela desaparecera completamente e tudo que ficou para trás foram algumas das lendas.</p><h2>O resgate de um marco histórico</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/03/03132331122191.jpeg" alt="Estátua de Hapi, deusa egípcia da fertilidade, também foi achada no Mediterrâneo. (Fonte: Christoph Gerigk/Franck Goddio/Hilti Foundation)"><figcaption>Estátua de Hapi, deusa egípcia da fertilidade, também foi achada no Mediterrâneo. (Fonte: Christoph Gerigk/Franck Goddio/Hilti Foundation/Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Arqueólogos passaram séculos em busca de novas informações sobre Thonis-Heracleion, mas sempre sem resultados promissores. Na década de 1990, no entanto, tudo mudou quando o Instituto Europeu de Arqueologia Subaquática (IEASM) e o Conselho Supremo Egípcio de Antiguidades conseguiram localizar alguns resquícios da antiga cidade egípcia a seis quilômetros da costa.</p><p>No ano 2000, mergulhadores começaram a explorar o local e descobriram algo incrível: <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120045-6-estatuas-ao-redor-do-mundo-com-historias-megacuriosas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">estátuas</a> com mais de 4,5 metros de altura, taças, sarcófagos, lajes de pedra com hieróglifos, capacetes de guerra e muito mais, estavam enterrados no fundo do mar. O exemplar de estátua mais impressionante é certamente o de Hapi, o deus da fertilidade, que uma vez serviu como guardião do porto de Thonis-Heraclion, e a de Cleópatra III, uma das rainhas do Egito no século II.</p><p>Nos últimos anos, algumas outras expedições à cidade subaquática também descobriram um antigo navio militar grego e um complexo funerário do século IV a.C. À medida que a exploração continua, os pesquisadores esperam que Thonis-Heracleion possa seguir oferecendo mais tesouros incríveis para a humanidade e que mais informações sobre o seu passado sejam redescobertas.&nbsp;</p><p>&nbsp;</p>

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Thonis-Heracleion: a antiga cidade egípcia que sumiu no Mediterrâneo

Pesquisadores ainda não sabem definir ao certo o que torna uma língua mais "rápida" do que as demais.

<p>Talvez você já tenha ouvido de alguém que você fala muito rápido. E, embora a velocidade de como as palavras são proferidas varie de pessoa para pessoa, <strong>existe uma possibilidade de que o nosso </strong><a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/aprender-um-terceiro-idioma-e-mais-facil-ou-mais-dificil-do-que-um-segundo-1" rel="noopener noreferrer" target="_blank"><strong>idioma</strong></a><strong> nos force, sim, a conversar em um ritmo acelerado</strong>.</p><p>Sendo assim, é possível determinar qual a língua "mais rápida" do mundo? Essa é uma pergunta que envolve incríveis quantidades de respostas: sílabas ou palavras faladas em um determinado período; quantidade de informações transmitidas; até mesmo a linguagem com o menor número de palavras ou sílabas para transmitir uma informação. O tema, no entanto, divide pesquisadores.</p><h2>Velocidade dos idiomas</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/03/03123850144169.jpg" alt="Duas pessoas conversando em diferentes idiomas. (Fonte: GettyImages)"><figcaption>Duas pessoas conversando em diferentes idiomas. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure><p>Em entrevista ao site <i>Atlas Obscura</i>, o linguista quantitativo François Pellegrino destrinchou seu trabalho de medir diferenças entre as línguas e procurar explicações por trás delas. Ao longo de sua carreira, ele trabalhou algumas vezes com a velocidade da linguagem, inclusive em um estudo que comparou 17 idiomas diferentes em uma variedade de métricas.</p><p>Para Pellegrino, o mais importante nesse tipo de pesquisa é olhar para sílabas em vez de sons individuais ou <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121859-12-palavras-que-voce-nao-sabia-que-estao-no-dicionario.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">palavras</a>. "Você tem uma maneira de medir sílabas, que é observar a rapidez com que são produzidas e que tipo de informação transmitem. Mas você também pode basicamente pedir às pessoas que ouçam idiomas desconhecidos e perguntar se parecem rápidos ou não. Então, você tem os aspectos perceptivos, os aspectos articulatórios e de produção", destacou.</p><p>Com essa metodologia em mente, Pellegrino e sua equipe avaliaram duas métricas: pronúncia "canônica", que avalia o número total de sílabas por unidade de tempo; e a densidade de informação, que é a rapidez com que um ouvinte pode reduzir sua incerteza sobre a mensagem que está recebendo.</p><h2>Resultados finais</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/03/03123946088171.jpg" alt="Professora ensinando inglês. (Fonte: GettyImages)"><figcaption>Professora ensinando inglês. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure><p>Linguistas como Pellegrino descobriram que existe uma correlação inversa entre quantas sílabas você pode comprimir em um segundo e quanta informação pode ser direcionada no mesmo período. O estudo cita, por exemplo, o <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/118627-7-fatos-curiosos-que-provam-que-o-japao-e-um-pais-unico.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">japonês</a>, que possui um número extremamente elevado de sílabas faladas por segundo, mas que carrega poucas informações concretas nelas. Isso quer dizer que esse é um idioma vocalizado em "alta velocidade", mas que demora para ter sua mensagem compreendida.</p><p>Com isso, o japonês poderia até ser mais rápido que uma língua como o inglês — cerca de 12 sílabas por segundo —, mas se o este consegue transmitir a mesma informação com mais eficácia, isso realmente faria o japonês ser "mais rápido"? Porém, o conceito de quanta informação pode ser divulgada em uma determinada sílaba também é bastante confuto, porque determinar o que é ou não essencial fica quase impossível.</p><p>Isso tudo só serve para dizer que existem tantos fatores determinantes nos idiomas globais que provavelmente jamais seremos capazes de declarar uma linguagem como sendo "a mais rápida". No fim das contas, a resposta mudará dependendo de todos os tipos de variáveis não especificadas na pergunta.&nbsp;</p>

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Qual é o idioma "mais rápido" do mundo?

Mesmo após centenas de anos tentando estimar a massa exata do nosso planeta, especialistas ainda não chegaram a um consenso.

<p>A <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121009-9-fatos-curiosos-sobre-a-terra.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Terra</a> é o planeta mais especial do Sistema Solar. Afinal, é o nosso lar e onde tudo que conhecemos e amamos existe. Coberto por rochas duras, oceanos largos e simplesmente repleta de seres vivos espalhados por todos os cantos, o nosso mundo é definitivamente muito pesado.</p><p>Mas, de quanto peso estamos realmente falando? Por mais tecnológicos que os seres humanos tenham se tornado, nós ainda não chegamos a um consenso em relação a esse tema e existe mais de um peso oficial para a Terra por aí.</p><h2>Números flutuantes</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/01/01202442852005.jpg" alt="Terra vista do espaço. (Fonte: GettyImages)"><figcaption>Terra vista do espaço. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure><p>Assim como os seres humanos pesam menos na Lua, a Terra também possui um <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/127951-medicamento-capaz-de-reduzir-peso-em-25-e-aprovado-nos-eua.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">peso</a> que varia. E como isso funciona? Tudo depende, porque o peso do planeta varia conforme a força gravitacional que o atrai. Isso quer dizer, então, que a Terra pode literalmente pesar algo que gira entre bilhões de toneladas ou simplesmente nada.</p><p>Para explicar essa relação curiosa, pesquisadores passaram séculos tentando determinar a massa da Terra — determinada pela sua resistência ao movimento contra uma força aplicada. Esse é um valor que flutua em condições específicas, trazendo uma resposta mais clara para a pergunta inicial.</p><p><strong>Conforme a NASA, a massa do nosso planeta é de 5,9722×1024 kg</strong>, o que representa um número que você provavelmente nunca lidará na vida. Para exemplificar, isso significa que <strong>o nosso mundo tem a massa equivalente a 13 quadrilhões de pirâmides de Quéfren do Egito</strong>. A massa da Terra pode até variar devido à adição de poeira espacial e gases que vazam da nossa atmosfera, mas essas pequenas mudanças só acontecerão em bilhões de anos.</p><h2>Debate sobre informações</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/01/01202532390007.jpg" alt="Cientistas não chegaram a uma conclusão única sobre o peso da Terra. (Fonte: GettyImages)"><figcaption>Cientistas não chegaram a uma conclusão única sobre o peso da Terra. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure><p>Embora a NASA tenha divulgado um estudo com a massa da Terra, físicos de todo o mundo ainda não concordam com as casas decimais do número revelado. Além disso, chegar a um consenso em relação ao valor geral não tem sido uma tarefa fácil. Uma vez que é impossível colocar o nosso planeta em escala, pesquisadores tiveram que triangular sua massa usando outros objetos.</p><p>A primeira tentativa desse gênero foi utilizar a lei de gravitação universal feita por <a href="https://www.megacurioso.com.br/historia-e-geografia/39450-excentrico-e-bizarro-8-fatos-sobre-isaac-newton.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Isaac Newton</a>. Essa lei afirma que tudo que tem massa também tem força gravitacional. Por sua vez, isso significa que quaisquer dois objetos sempre estarão gerando uma relação de força entre eles.&nbsp;</p><p>Usando a equação de Newton, os cientistas poderiam teoricamente medir a massa da Terra ao medir a força gravitacional do planeta sobre um objeto que estivesse em sua superfície. A conta foi posteriormente readequada através dos "experimentos Cavendish", que descobriu a força gravitacional entre dois conjuntos. Esses experimentos constataram que a Terra teria uma massa ainda maior do que o citado pela NASA.</p><p>No entanto, vale ressaltar que embora a equação de Newton e a balança de torção sejam ferramentas importantes, as medições que elas fornecem permanecem sujeitas a erros humanos. Os números tendem a variar apenas em milésimos de casas decimais, mas isso já é o suficiente para alterar o cálculo da massa da Terra e deixar os cientistas inquietos.&nbsp;</p>

Pedro Freitas