Ciência
10/09/2019 às 08:00•3 min de leitura
Em 2002, quando Elon Musk fundou a SpaceX, o objetivo era começar a trilhar um caminho que ajudaria a empresa a enviar uma missão para Marte. Hoje, 15 anos depois, a sólida companhia já ultrapassou muitos limites e foi ao espaço incontáveis vezes.
Sediada em Hawthorne, na Califórnia, a SpaceX não só cria mas também reutiliza foguetes com regularidade, tornando o negócio dinâmico e muito lucrativo, além de avançar cientificamente com rapidez. A empresa envia missões para a Estação Espacial Internacional com a espaçonave Dragon e levará astronautas para a NASA.
Em 2008, a SpaceX lançou um foguete enorme, o Falcon Heavy, mas não tem planos de parar por aí. Musk tem ambições muito maiores para a sua SpaceX, com planos de chegar a Marte com um dispositivo muito maior, o Big Falcon Rocket.
Em 15 anos, muita coisa evoluiu, e nós trouxemos imagens que provam o quanto a SpaceX caminha — ou voa? — nessa evolução.
O Falcon 1 foi o primeiro foguete lançado pela SpaceX com capacidade para transportar 670 kg para baixa órbita e voou entre 2006 e 2009. Depois de três falhas no lançamento, em 2008 ele lançou uma carga fictícia para o espaço. O quinto e último lançamento ocorreu em 2009, colocando em órbita o RazakSAT, um satélite de observação. O nome Falcon é uma homenagem à nave Millenium Falcon, de Star Wars.
(Fonte: SpaceX)
Rapidamente a SpaceX chamou atenção e despertou o interesse de várias empresas que procuravam um foguete mais pesado. Embora tenha considerado trabalhar no desenvolvimento de um intermediário, ela foi além e começou a desenvolver o Falcon 9, cuja estreia foi em 7 de junho de 2010 na Estação da Força Aérea de Cabo Canaveral, na Flórida. Entre os clientes estavam Bigelow Aerospace, MacDonald, Dettwiler and Associates.
(Fonte: SpaceX)
Depois de 18 meses de segredo e muito trabalho, em março de 2006 a SpaceX apresentou o Dragon em uma proposta para o programa de demonstração de Serviços de Transporte Orbital Comercial da NASA. O objetivo era criar uma espaçonave particular para transportar carga para a Estação Espacial Internacional.
Em dezembro de 2008, a NASA selecionou o Dragon e a SpaceX para ser uma das prestadoras de serviços comerciais de reabastecimento para a estação espacial. O contrato, à época, era de pelo menos US$ 1,6 bilhão, com opções de extensão. O nome Dragon foi uma homenagem a Puff the Magic Dragon.
(Fonte: SpaceX)
O protótipo Grasshopper não recebeu tanta atenção, mas foi essencial para o desenvolvimento do primeiro estágio de reutilização do Falcon 9. O foguete fez 8 voos entre 2012 e 2013 e foi "aposentado" para que a SpaceX pudesse concentrar seus esforços no desenvolvimento do Falcon 9.
(Fonte: SpaceX)
Com um voo de estreia bem-sucedido em 6 de fevereiro de 2018, o Falcon Heavy é uma versão mais pesada da série Falcon. O foguete lançou com sucesso um carro Tesla no espaço. Com 70 metros de altura, ele pode elevar cerca de 64 toneladas de carga útil para a órbita baixa da Terra, o que significa o dobro do Delta IV Heavy da United Launch Alliance, seu concorrente mais próximo.
(Fonte: SpaceX)
Uma vez lançadas as missões comerciais, a SpaceX também se voltou para o desenvolvimento de uma versão tripulada da sonda Dragon, com o objetivo de levar astronautas para a Estação Espacial Internacional. O contrato no valor de US$ 2,6 bilhões, recebido em 2014 para esse tipo de serviço, impulsionou a empresa a mostrar ao mundo, em setembro de 2015, o interior desses alojamentos.
(Fonte: SpaceX)
A quinta e última versão do foguete Falcon 9 foi lançada pela SpaceX em maio de 2018. O booster Block 5 foi projetado para reutilização máxima com intenção de fazer, no mínimo, dez voos. O Falcon 9 Block 5 foi projetado para lançar o Bangabandhu-1, primeiro satélite de comunicações de Bangladesh.
(Fonte: SpaceX)
A exploração de Marte é a maior ambição da SpaceX, e para isso estão sendo preparados e desenvolvidos o Starship e o Super Heavy, que fazem parte de um sistema futurista destinado ao Planeta Vermelho. Os foguetes poderão transportar cerca de 100 pessoas cada e serão completamente reutilizáveis.
Musk planeja utilizar os veículos em frota para levar centenas ou até milhares de passageiros por vez até Marte. Na década de 2020, devem ser interrompidas as produções do Falcon, com exceção da BFR. Os destinos das viagens espaciais tripuladas ambicionadas iriam de Marte até a Estação Espacial Internacional.
(Fonte: SpaceX)