Povo maia teria aumentado nível de poluição, diz estudo

14/10/2019 às 14:302 min de leitura

A prática de alterar o solo para o plantio é muito antiga, tão antiga que os maias já mexiam na terra para garantir o alimento à sua civilização e, com isso, podem ter deixado uma marca negativa nas florestas tropicais. Ao menos é o que sugere um estudo da Universidade do Texas em Austin, que afirma que a construção da famosa infraestrutura dos campos férteis dos maias resultou em poluição.

O estudo, publicado na revista científica Proceedings da National Academy of Sciences, afirma que a queima de terra realizada pelos maias provocou o aumento da emissão de CO2 e metano. Além disso, a construção de canais para garantir água nos campos também afetou o meio ambiente, de acordo com os pesquisadores.

Os pesquisadores, entre eles cientistas e estudantes de graduação da Universidade, analisaram 250 quilômetros quadrados de imagens a laser de alta precisão. Com isso, foi possível mapear o solo da floresta pantanosa, descobrindo um extenso campo de zonas úmidas antigas e sistemas que os maias utilizavam para agriculta e comércio em períodos específicos como os de mudanças populacionais, seca ou elevação do nível do mar.

Fonte: The University of Texas at Austin

As evidências encontradas pelos pesquisadores mostram que os maias transformaram florestas em campos alagados complexos, com canais cavados e utilizados para gerenciar e garantir a qualidade da água.

O principal autor do estudo, Tim Beach, ressalta que essas complexas e enormes redes de áreas úmidas podem ter afetado e alterado o clima muito antes da industrialização e ajuda a entender como uma grande civilização foi alimentada na floresta tropical.

A grande população maia tinha também uma grande demanda por alimentos e, com isso, expandiu seus campos e canais de rede tornando-as acessíveis a canoas. Nas terras analisadas pelos pesquisadores, foram encontrados vestígios de alimentos como milho, além de conchas e ossos de animais.

Fonte: The University of Texas at Austin

“Esses pântanos perenes eram muito atraentes durante as secas severas maias, mas os maias também tinham que ter cuidado com a qualidade da água para manter a produtividade e a saúde humana", explicou Sheryl Luzzadder-Beach, coautora do estudo e professora da Universidade do Texas.

O maior aumento pré-moderno de metano foi registrado há cerca de 2 mil a mil anos, período que coincide com a intervenção realizada pelos maias nas florestas tropicais buscando melhorar a produção de alimento.

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