Artes/cultura
15/06/2021 às 10:00•2 min de leitura
Uma espécie totalmente nova de dinossauro gigante acabou sendo descoberta pelos paleontólogos do Museu de História Natural de Eromanga, na Austrália. Com nome científico de Australotitan cooperensis, o dinossauro foi carinhosamente apelidado de "Cooper" pelos pesquisadores e faz parte da maior espécie a já ter existido em toda a Oceania.
O termo Australotitan, que pode ser traduzido do latim para "titã do sul", é um saurópode medindo cerca de 30 metros de largura e 6 metros de altura. Para métodos de comparação, o dinossauro possuía o tamanho de uma quadra de basquete profissional e pesava o equivalente a "1,4 mil cangurus vermelhos", descreveu o museu.
Os primeiros indícios do gigante dinossauro foram descobertos perto de Cooper Creek, um dos rios mais importantes da Austrália e um dos 100 maiores no mundo. Esse foi um dos motivos para a espécie ter sido batizada de "cooperensis". Embora não exista nenhuma evidência de que outras espécies tenham coexistido, essa é uma das quatro espécies de saurópodes conhecidos por ter vivido na região.
De acordo com as análises feitas pelos pesquisadores sobre os fósseis encontrados, Cooper e seus familiares viveram entre 92 milhões e 96 milhões de anos atrás. Nessa época, estudos indicam que a Austrália ainda era conectada com a Antártida e os animais transitavam livremente pela região mais extrema ao sul do planeta.
Apesar de a confirmação da nova espécie só ter vindo em 2021, os primeiros estudos surgiram após escavações realizadas em 2007. Após mais de uma década de análise, os estudiosos concluíram que essa é uma das 15 maiores espécies de dinossauro na história do planeta.
(Fonte: Museu de História Natural de Eromanga)
Se os fósseis foram descobertos em 2007, por que demorou tanto para verificar que Cooper era uma nova espécie de dinossauro? De acordo com os cientistas, os fósseis foram desenterrados em uma região chamada de "zona de atropelamento", uma área lamacenta que é densamente comprimida pelo peso de animais grandes (como elefantes, rinocerontes ou dinossauros gigantes).
Sendo assim, os ossos do espécime encontrado foram comprimidos em rocha ao longo dos anos, o que exigiu com que a equipe realizasse uma extração para identificá-lo. Comparar os ossos de Cooper com os de outros dinossauros também foi um desafio, embora fosse uma etapa necessária para verificar a singularidade do animal.
Os paleontólogos acreditam que novas descobertas ainda podem ser feitas nas planícies australianas ao ponto em que novas tecnologias ajudam a facilitar os esforços de escavação. Entretanto, cavar nessa região segue sendo uma missão bastante complicada e atrapalha o desenvolvimento de novos estudos.