Ciência
02/12/2018 às 04:00•2 min de leitura
Hoje em dia é difícil imaginar nossas vidas sem os controles remotos — aqueles benditos dispositivos que nos permitem, por exemplo, mudar o canal da televisão do conforto de nossos sofás ou camas, abrir a garagem de casa ou do prédio sem ter que sair do carro e controlar o volume do rádio! Mas, apesar de eles estarem por todas as partes e tornarem nossas vidas mais fáceis, você sabe como eles funcionam?
Curiosamente, embora muita gente pense que os controles remotos são dispositivos que foram inventados há relativamente pouco tempo e que seu uso seja associado a aparelhos eletrônicos e coisas presentes no nosso cotidiano, eles estão por aí há décadas.
Para você ter uma ideia, tanto durante a Primeira como na Segunda Guerra Mundial, aparelhos controlados por radiofrequência foram usados para manejar explosivos e embarcações de forma remota — e foi apenas uma questão de tempo até que esses dispositivos começassem a ser incorporados nas rotinas das pessoas.
De modo geral, os controles remotos em uso atualmente são baseados em dois tipos de tecnologias, a de infravermelho e a de radiofrequência — e os televisores e aparelhos semelhantes que temos em nossas casas tendem a utilizar a do primeiro tipo.
Basicamente, os controles remotos via infravermelho funcionam como transmissores — que emitem pulsos de luz invisíveis aos nossos olhos que transmitem sinais aos aparelhos controlados por eles —, enquanto os equipamentos atuam como receptores. Os sinais emitidos (geralmente por meio de pequenas lâmpadas de LED) correspondem a códigos binários específicos que, por sua vez, correspondem a diferentes comandos, como o de ligar ou desligar ou aumentar e diminuir o volume, por exemplo.
Já os equipamentos — que são receptores —, quando detectam os pulsos de luz, transformam os sinais em códigos que seus microprocessadores internos conseguem decifrar. Então, assim que as informações são decodificadas, os comandos enviados são executados.
Uma das limitações dos controles remotos que funcionam via infravermelho é que, para ativar os aparelhos receptores, é necessário ter o caminho livre de obstáculos para que os comandos sejam transmitidos. Além disso, vale lembrar que eles têm alcance limitado, rondando os 10 metros de distância, aproximadamente. Sendo assim, é por essa razão que — obviamente — não conseguimos ativar dispositivos através de paredes ou que não se encontrem no “campo de visão” do controle.
No caso dos controles que funcionam via radiofrequência, eles transmitem os códigos binários através de ondas de rádio — em vez de pulsos de luz, como acontece com os controles via infravermelho — e possuem um alcance muito maior, de 30 metros de distância para cima, inclusive.
É por essa razão que os controles via radiofrequência costumam ser empregados para ativar alarmes de carros, abrir e fechar garagens e operar alguns brinquedinhos — entre outras coisas. Entretanto, é importante destacar que, apesar de terem um alcance melhor, esses controles também podem sofrer interferências, já que estamos rodeados por ondas de rádio. Não se esqueça de que os aparelhos celulares e a internet wireless fazem uso dessa tecnologia, então, imagine!
Para contornar essa questão da interferência, muitos controles operam em frequências específicas ou, ainda, incorporando códigos de endereços digitais nos sinais de rádio para garantir que apenas o aparelho receptor desejado seja ativado.
*Publicado em 21/6/2017