Crocodilo mata pastor que realizava cerimônia de batismo na Etiópia

14/06/2018 às 06:302 min de leitura

Há alguns dias, nós aqui do Mega Curioso compartilhamos a triste notícia da cadelinha (encardida) que, depois de passar uma década latindo e provocando um crocodilo na Austrália, acabou sendo abocanhada e devorada. E não é que ficamos sabendo de outro incidente envolvendo um desses répteis! Só que, desta vez, o caso aconteceu na Etiópia e acabou com a morte de um pastor que realizava um batismo em massa no Lago Abaya.

Crocodilo do nilo(Wikimedia Commons/Sarah McCans)

De acordo com a BBC, testemunhas contaram que o pastor, um homem de 45 anos chamado Docho Eshete, estava conduzindo o batizado de mais ou menos 80 pessoas nas margens do lago. Então, depois de finalizar o ritual com o primeiro da fila, quando se preparava para batizar o segundo, de repente, um crocodilo saltou das águas, abocanhou o religioso e o arrastou lago adentro, tudo isso diante dos aterrorizados fiéis.

Instinto animal

Segundo Adam Lusher, do site The Independent, o Lago Abaya é o segundo maior da Etiópia e, apesar de ter fama de ser muito bonito, também é conhecido por servir de lar para uma vasta população de crocodilos. Aliás, como há pouca disponibilidade de peixes nas águas, os répteis podem ser bastante agressivos e atacar animais e humanos que se aproximem demais das margens.

Crocodilo do nilo(Wikimedia Commons/Philippe Heckel)

O pastor, coitado, vacilou feio ao escolher o Lago Abaya para realizar os batismos, e pescadores locais tiveram bastante trabalho para evitar que o crocodilo sumisse com o corpo. Segundo foi divulgado, foram usadas redes para prevenir que o cadáver fosse devorado, e Docho apresentava mordidas nas mãos, costas e pernas.

Com relação ao crocodilo, até onde se sabe, parece que ele escapou com vida e a suspeita é de que se tratava de um crocodilo-do-nilo — Crocodylus niloticus —, um animal que pode chegar a até seis metros de comprimento e pesar até mil quilos e, embora ele seja enorme, é bastante ágil. Outra coisa, apesar do “Nilo” no nome, esses répteis são comuns em inúmeros países africanos, incluindo Uganda, Quênia, Egito, Tanzânia, Ruanda, Burundi, Zimbabué, Gabão, Angola, África do Sul, Moçambique, Somália, Sudão, Botswana, Camarões e, evidentemente, Etiópia.

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