Artes/cultura
08/06/2018 às 02:00•2 min de leitura
Afinal, para onde são enviados os navios que não têm mais serventia? Isso depende do caso, evidentemente. De fato, a despeito da popularização de indústrias focadas na reciclagem de velhas embarcações, muitas delas ainda podem ser encontradas em enormes cemitérios compartilhados.
Outras ocupam locais específicos há décadas, entregues às intempéries e revelando a avançada idade no acúmulo de ferrugem. Mas parece existir algo mais além de “lixo” ali, não? Com o perdão do “momento poético” aqui, talvez seja possível encontrar em diversas localidades destinadas à desova de velhos barcos uma beleza singular... Quase fantasmagórica. Confira abaixo.
O local abriga atualmente mais de 300 embarcações abandonadas, compondo o maior cemitério do gênero do mundo. A prática de deixar barcos velhos por ali teve seu início durante a década de 1980, ocasião em que a indústria pesqueira foi nacionalizada.
Fonte da imagem: Reprodução/Geolocation
Uma cidade portuária completamente abarrotada de navios arruinados. O cenário começou a tomar essa forma durante os anos de 1980, devido à recessão do mar Aral — o qual se encontra, atualmente, a 150 quilômetros do porto original.
Fonte da imagem: Reprodução/Flickr
O nome se deve à imensa quantidade de ossadas de baleias e de focas dispostas por todo o local. Entretanto, dividindo o mesmo espaço, há também centenas de carcaças abandonadas de navios — boa parte deles capturados por rochas ou ludibriados pela densa neblina do local.
Fonte da imagem: Reprodução/Wikimedia Commons
Também conhecido como Witte Marine Scrap Yard, o local é amplamente utilizado para depósito de navios abandonados em Nova York.
Fonte da imagem: Reprodução/Flickr
O local é ocupado principalmente por embarcações abandonadas pela marinha francesa. O cenário é descortinado juntamente com o rio Aulne.
Fonte da imagem: Reprodução/Flickr
O local foi povoado por pioneiros em 1904, liderados por um capitão norueguês, como uma estação de caça a baleias — servindo como base à companhia pesqueira. Embora o local tenha sido fechado em 1966, ainda há ali uma igreja em que, ocasionalmente, celebram-se matrimônios — ocasiões que ganham como pano de fundo uma miríade de navios baleeiros ao relento.
Fonte da imagem: Reprodução/Wikimedia Commons
Trata-se do terceiro maior cemitério de navios do mundo, com capacidade para abrigar até 125 navios de diversos tamanhos — incluindo até mesmo alguns supertankers. Durante o ano fiscal de 2009/2010, o local abrigava 107 embarcações. Durante as décadas de 1970 e 1980, entretanto, o local era o maior do mundo, em razão da expansão da indústria de reciclagem.
Fonte da imagem: Reprodução/Flickr
Algo além de locais legalizados para o “naturismo” pode ser desnudado na Ilha de Tavira, em Portugal (com o perdão do trocadilho). De fato, uma porção da praia do local é toda ocupada por centenas de âncoras enferrujadas — quase uma obra de arte moderna a céu aberto.
Fonte da imagem: Reprodução/StartTheDay
Entre 1945 e 1947, enquanto se recuperava dos resultados nefastos da Segunda Guerra Mundial, era possível encontrar em diversos pontos do Japão (sobretudo em bases abandonadas) centenas de submarinos midget, tanto prontos quanto ainda em construção — conforme foi registrado pelas Forças Aliadas na imagem abaixo. Entre eles, havia inclusive diversos exemplares do famoso “Koryu”.
Fonte da imagem: Reprodução/Naval Historical Center
*Publicado originalmente em 28/05/2013.