Transmissão de HIV entre heterossexuais é a que mais cresce no Brasil

21/10/2016 às 05:332 min de leitura

Engana-se quem pensa que no Brasil o maior índice de transmissão do vírus HIV é registrado entre os homossexuais ou usuários de drogas injetáveis. Desde os anos 90, a contaminação heterossexual se tornou a principal forma de disseminação da doença no país, com um salto no número de casos de 43% para 62% só entre os anos de 1996 e 2006.

De modo geral, a faixa etária mais atingida no Brasil é a de 30 a 49 anos de idade, em especial as mulheres de baixa renda — a maioria donas de casa casadas ou em relacionamentos estáveis. Para você ter uma ideia, de todos os casos notificados de AIDS entre indivíduos do sexo feminino em 2012, quase 87% foram resultado de relações heterossexuais com parceiros contaminados.

Problema complexo

Essa tendência, de donas de casa infectadas pelo HIV, não é uma exclusividade aqui do Brasil, não. O aumento substancial de casos entre essa parcela da população também foi registrado em outros países em desenvolvimento, afetando mulheres que mantêm relações sexuais sem preservativos — seja porque os parceiros se recusam a usá-los ou porque elas dispensam a camisinha por acreditar que os relacionamentos de longa duração se baseiam na fidelidade.

O fato é que, em muitos casos, a contaminação não acontece porque a iniciativa de se relacionar com outras pessoas parte das mulheres. Quase sempre, são os maridos quem buscam aventuras fora do casamento, seja com outras mulheres, com profissionais do sexo e, algumas vezes, até com homens mais jovens, e acabam trazendo o HIV para dentro de suas casas por nem sempre usar preservativos durante as suas escapadelas.

Aliás, vale ressaltar que o grande problema aqui não são os relacionamentos extraconjugais em si — indiferente de que eles sejam com pessoas do mesmo sexo ou não —, mas sim a falta de proteção durante os encontros!

Entretanto, um aspecto interessante a respeito dos homens casados que procuram a companhia de outros homens para encontros casuais é que parte deles não considera esse comportamento bi ou homossexual e, portanto, acaba bagunçando as estatísticas levantadas pelas pesquisas relacionadas com a transmissão da doença. Falando nisso, você já ouviu histórias de pessoas que tenham sido contaminadas dessa forma? Conte para a gente nos comentários ou através de uma colaboração!

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