Ciência
27/09/2013 às 10:12•2 min de leitura
Um ataque incomum causado por um enxame de vespas gigantes na região central da China acabou causando 28 mortes e deixando centenas de pessoas feridas. As vítimas relataram que foram perseguidas por alguns quilômetros pelos insetos e algumas chegaram a ser picadas 200 vezes.
As ocorrências já vinham sendo registradas há 3 meses na zona rural do distrito de Shaanxi, mas um ataque repentino na cidade de Ankang resultou nas fatalidades. Parte da população de Hanzhong e Shangluo também ficou ferida.
Os especialistas associam os ataques a espécie Vespa mandarinia, também conhecida como Vespa Gigante Asiática, que cresce até 5 centímetros e possui um ferrão de 6 milímetros, embora uma espécie menor conhecida por Vespa velutina nigrithorax seja mais comum da região.
As picadas dos insetos são tóxicas e podem resultar em choque anafilático e insuficiência renal. Os oficiais do centro de controle de doenças de Ankang estão orientando as pessoas que levaram mais de 10 picadas a procurarem auxílio médico, enquanto aquelas que tiverem sofrido mais de 30 picadas devem procurar tratamento de emergência.
Fonte da imagem: Reprodução/Shutterstock
Os ataques de vespas são um problema recorrente na área e costumam acontecer entre os meses de maio e novembro. De acordo com a polícia local, os registros apontam que 36 pessoas morreram no distrito e 715 ficaram feridas durante os anos de 2002 e 2005. Esses números mostram que o ataque deste ano foi mais severo, o que preocupa as autoridades.
Acredita-se que o aumento das ocorrências tenha se dado por causa das variações climáticas. De acordo com o jornal The Guardian, os especialistas defendem que as temperaturas mais quentes nos últimos anos tenham favorecido a reprodução dos insetos. Além disso, trabalhadores da região adentraram algumas áreas onde as vespas fazem seus ninhos e isso pode ter incomodado os insetos.
Li Jiuzhou, diretor da Associação da Indústria de Abelhas e Vespas de Shaanxi, conta que centenas e até mesmo milhares de vespas podem viver em um único ninho e que elas só atacam quando se sentem ameaçadas. Os bombeiros da cidade removeram mais de 300 ninhos durante o verão, mas os especialistas acreditam que o problema só terá fim quando as temperaturas diminuírem.