Ciência
27/10/2014 às 07:03•2 min de leitura
Komodo é uma ilha na Indonésia de 390 km² e aproximadamente 2 mil moradores. O lugar é conhecido principalmente por ser a casa dos gigantes dragões-de-Komodo, que são os maiores lagartos de todo o planeta. A seguir, conheça um pouco mais a respeito desse animalzinho grandioso:
1 – Reconhecer um dragão-de-Komodo é relativamente fácil: são lagartos grandiosos, com cabeças planas, pernas arqueadas e rabos longos e grossos. Cientistas ocidentais foram se encontrar com esse animal pessoalmente apenas em 1912, de acordo com a publicação de Alina Bradford no Live Science.
2 – Em Komodo, esses animais são conhecidos como “crocodilo da terra”.
3 – Só para você entender o quão grande é esse bichinho, saiba que o macho pode chegar a medir 3 m de comprimento e a pesar quase 100 kg. Já as fêmeas chegam a medir 1,8 m.
Esses animais têm uma pele áspera e resistente. Nas patas, garras bastante longas. Que medo, hein!
4 – Dragões-de-Komodo são animais com uma grande multiplicidade de cor, então é possível encontrar variedades desses lagartos nas colorações azul, laranja, verde e cinza.
5 – São animais de visão excepcional e conseguem distinguir objetos a até 300 m de distância. O bom desempenho ocular está associado à agilidade desses lagartos, que conseguem se movimentar com rapidez e presteza. Ainda assim, são acomodados e, portanto, esperam suas presas se aproximarem para dar o bote.
6 – Para saber de onde sua presa está vindo, esses animais fazem como as cobras. Como têm a língua bifurcada, eles a colocam para fora da boca, em contato com o ar, depois trazem a língua para dentro da boca novamente, colocam-na em contato com o céu da boca e, pelo gosto das moléculas de ar, conseguem descobrir a direção na qual a presa está localizada.
7 – São animais extremamente raros que habitam apenas cinco ilhas em todo o planeta: Komodo, Rinca, Gili Montang, Gili Dasami e as Ilhas Lesser Sunda. Todas elas ficam dentro do Parque Nacional de Komodo.
8 – Dragões-de-Komodo se habituam a ambientes diferentes. A única exigência é que haja calor – temperaturas na casa dos 35 ºC são ideais para esses bichinhos.
9 – Constroem casas subterrâneas que servem tanto para proteger do calor durante o dia como para mantê-los aquecidos à noite.
10 – São bichos carnívoros e conseguem dar conta de presas grandes, como búfalos, veados, porcos e, inclusive, pessoas. Podem apresentar comportamento canibal e devorar pequenos dragões-de-Komodo. Em apenas uma refeição, podem comer o equivalente a 80% de seu peso!
11 – Para capturar e matar sua presa, o dragão-de-Komodo a segura com suas patas fortes e a mata lentamente, com seus dentes afiados. Se a presa conseguir fugir, ela vai morrer mesmo assim, afinal a saliva do dragão é altamente tóxica. Suas narinas altamente eficientes vão permitir que o dragão encontre o animal morto e, finalmente, faça sua refeição. Ser capturado por um dragão-de-Komodo é, portanto, fatal de qualquer forma.
12 – Quando não estão se acasalando, são animais mais solitários. O acasalamento ocorre geralmente entre maio e agosto, e cada fêmea bota cerca de 30 ovos, sempre em setembro. Por mais que acasalem, esses animais também são capazes de reproduzir assexuadamente.
13 – Para enganar possíveis predadores, as fêmeas constroem vários ninhos falsos além do ninho oficial, onde escondem seus ovos por três meses.
14 – Quando nascem, são bebês de apenas 30 cm de comprimento. Essas criaturinhas já começam fugir desde pequenas e, geralmente, não contam com o apoio de seus pais. São obrigados a subir em árvores para não serem devorados por outros dragões-de-Komodo. Só passam a viver na terra, como os outros animais da espécie, depois dos quatro anos de idade, quando já têm mais de 1 m de comprimento. A vida desses animais pode durar até 30 anos.
15 – A espécie não está em perigo de extinção, mas é considerada vulnerável. Estima-se que existam 6 mil dragões-de-Komodo em todo o planeta.