Ciência
28/02/2018 às 02:00•3 min de leitura
É uma relação de amor e ódio: as cobras podem causar arrepios naqueles que não gostam ou inspirar aqueles que apreciam do ar misterioso do réptil. A questão é que, entre as aproximadas 3 mil espécies do bicho, algumas chamam bastante atenção por conta de sua beleza.
De todas elas, nove acabam se destacando bem, seja por suas formas diferentes, pela combinação de cores extremamente exóticas ou pela junção das duas coisas, que lhes confere um aspecto único.
As cobras do gênero Trimeresurus são típicas da Ásia, mas são poucas as que apresentam uma coloração tão peculiar quanto a da Serpente-verde-do-sri-lanka. Diversas delas podem ser encontras em árvores na região que a batizou. Pequenas, elas não são extremamente venenosas, mas sua mordida dói bastante e pode causar necrose da pele.
Elas são bem pequenas e, além da geometria marcante de suas cabeças, possuem um padrão preto e branco na pele, que, misturado com o verde natural do réptil, fica ainda mais evidente quando elas expandem seu corpo ao se sentirem ameaçadas.
Como elas vivem em meio à foliação das videiras (e por se parecerem muito com as ramificações), quando elas sentem algum perigo, tendem a ficar imóveis e, caso bata algum vento, elas se balançam no mesmo padrão das demais plantas para se camuflar.
Apesar do nome, quando jovens, as pítons da espécie verde-arborícola tendem a apresentar uma tonalidade amarela extremamente marcante. É claro que elas se tornam verdes quando atingem sua maturidade, mas é nessa fase de maturação que elas se destacam bastante. Algumas cobras não mudam de cor ao chegar à fase adulta e mantêm o amarelo vivo por toda a vida.
As serpentes de liga – também conhecidas como garter, nos Estados Unidos – são bem populares, mas a espécie nativa da região de São Francisco, na Califórnia, é considerada por muitos como uma das mais belas do mundo – e raras também, já que está ameaçada de extinção.
É uma afirmação bem subjetiva, claro, mas não há como negar que a coloração azulada, com a combinação que lembra muito a nossa cobra coral, é algo especialmente bonito de ver.
https://www.aboutanimals.com/reptile/eyelash-viper/
Não, não são cílios de verdade: o nome veio em função das "escamas" protuberantes acima dos olhos. Elas são bastante venenosas e igualmente bonitas, com uma coloração amarela clara, conhecida também como "oropel", uma adaptação de um termo espanhol que significa "pele de ouro". No entanto, não se preocupe: elas só atacam quando se sentem ameaçadas.
Uma cobra venenosa que vive nos oceanos – na verdade, com um veneno mais poderoso que o das cascavéis. Parece uma má notícia, mas ela é mais comum do que parece, pelo menos na junção entre os oceanos Pacífico e Índico. O animal possui diversas adaptações para viver no fundo do mar, mas precisa vir à terra para se reproduzir.
Com uma combinação de cores entre azul, branco e preto, apesar de serem venenosas, elas costumam ser dóceis e há pouquíssimos casos registrados de incidentes com humanos.
Uma representante genuinamente brasileira na lista, a arco-íris boa é conhecida pelos reflexos coloridos em suas escamas de tonalidade marrom. Fissuras microscópicas atuam como prismas que refratam a luz e formam o efeito que o animal leva no nome.
Existem nove subespécies de cobras que apresentam esse "efeito" na pele, as mais conhecidas são encontradas aqui no Brasil.
Com efeitos de pele muito similares aos da nossa jiboia-arco-íris, as cobras da espécie Achalinus formosanus são encontradas na Ásia, mais especificamente em Taiwan e em algumas ilhas do Japão. Elas são relativamente inofensivas para os humanos e vivem caçando minhocas, sapos e outras presas pequenas.
Cobras-do-milho geralmente são usadas como animais de estimação, mas a parte interessante é que algumas delas sofreram mutações genéticas que a levaram a não ter escamas na parte superior de seus corpos. Isso faz com que sua textura seja bastante peculiar e as destaque bastante entre os outros tipos do réptil.
Você conhece alguma outra espécie de cobras e serpentes que são exóticas e bonitas? Deixe seu comentário!
*Publicado em 1/7/2016