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21/07/2014 às 12:20•2 min de leitura
Há quase meio século, pegadas humanas foram encontradas na caverna de Ciur-Izbuc na Romênia, mas ainda pouco se sabia sobre os seus tempos de existência. Eis que, recentemente, os pesquisadores finalmente concluíram a idade desses sinais deixados por nossos ancestrais.
Se concentrando mais especificamente em uma pegada, os cientistas conseguiram descobrir por quanto tempo ela está lá, revelando que ela tem cerca de 36.500 anos. Em 1965, cerca de 400 pegadas foram descobertas nessa caverna. A princípio, os cientistas da época atribuíram as impressões como sendo de um homem, uma mulher e uma criança que viveram de 10 a 15 mil anos atrás.
Mas as novas medições de radiocarbono dataram a idade de dois ossos de um urso das cavernas nas proximidades. Eles foram descobertos abaixo das pegadas humanas. De acordo com o Science News, estes ossos de urso indicaram que essas pessoas teriam vivido na Idade da Pedra, há cerca de 36.500 anos, conforme relatou o antropólogo David Webb, da Universidade Kutztown, na Pensilvânia, e sua equipe.
Infelizmente, das 400 pegadas originais na caverna deixadas por seres humanos modernos (Homo sapiens), apenas 51 permanecem, pois exploradores e turistas acabaram danificando tudo. Com isso, a equipe de Webb analisou aquelas que restaram, declarando que as marcas parecem ser de seis ou sete pessoas diferentes, incluindo uma criança.
Segundo os cientistas, todas essas pessoas entraram na caverna depois de uma enchente que deixou o chão com lama arenosa. As idades formalmente já publicadas de outras pegadas antigas de Homo sapiens na Europa e em outros lugares não datam mais de 33 mil anos. Isso faz com que as pegadas romenas sejam as mais antigas já encontradas.
Mas alguns pesquisadores acreditam que existam outras ainda mais antigas. Em uma conferência de 2011, por exemplo, os cientistas relataram a descoberta de antigas pegadas humanas na Tanzânia com uma possível idade de 120 mil anos. Mas um relatório oficial sobre esses vestígios ainda não foi publicado atestando a sua autenticidade.
Além dessa possível, mas ainda não comprovada, pegada da África, outras marcas foram descobertas recentemente em uma praia britânica. Porém, elas não eram do Homo sapiens, pois os cientistas acreditam que elas vieram de algum outro hominídeo. Teria sido um ancestral muito mais antigo do que os humanos modernos.