Artes/cultura
19/06/2017 às 08:05•2 min de leitura
Você já deve ter ouvido falar a respeito das estrelas binárias, isto é, de sistemas estelares compostos por mais de um sol que orbitam ao redor de um centro de massa comum, certo? Pois levantamentos realizados pelos astrônomos revelaram que a grande maioria dos astros como o nosso Sol que existem por aí não “nasceram” sozinhos, mas sim com um irmãozinho — o que significa a nossa estrela pode nascido com uma gêmea. Legal, né?
Mas não pense que essa história de que o Sol possa ter tido um irmão seja especialmente boa. Na verdade, os cientistas acreditam que se trata de uma espécie de gêmeo do mal e inclusive começaram a chamá-lo de Nêmesis. E por que os astrônomos acham que essa estrela pode não ter sido muito “de boas”? Porque um modelo recente apontou que, se esse astro realmente existiu, quando sua órbita o aproximava de nós, ele trazia caos e destruição ao Sistema Solar.
Esse papo de que o Sol poderia ter um irmão que se perdeu por aí surgiu em meados dos anos 80, quando, na falta de uma explicação “terrena” para as extinções em massa que ocorreram no nosso planeta, os cientistas começaram a estudar o cosmos em busca de respostas. Isso porque eles perceberam que esses eventos pareciam acontecer de forma cíclica — a cada 26 ou 27 milhões de anos, mais ou menos.
A probabilidade de que o Sol tenha nascido com um irmão é grande
Na realidade, os cientistas não propuseram logo de cara que o Sol tinha um gêmeo que passou a vagar próximo ao Sistema Solar. No entanto, uma das teorias propostas na época foi a de que uma anã vermelha — viajando em uma órbita estendida — poderia ser a culpada pelas catástrofes registradas periodicamente no nosso planeta.
Segundo os cientistas, ao passar pelas redondezas da Nuvem de Oort, uma região do espaço repleta de rochas espaciais e pequenos planetinhas que se encontra além da órbita de Plutão, a estrela lançaria esses astros para o interior do Sistema Solar e, potencialmente, em rota de colisão contra o nosso mundo. Isso significa que os dinossauros podem ter sido extintos em decorrência de uma dessas visitinhas indesejadas.
O novo modelo foi criado por astrônomos da Universidade de Berkeley e do Harvard–Smithsonian Center for Astrophysics enquanto eles estudavam a formação de estrelas na Constelação de Perseu. O levantamento estatístico apontou que astros como o Sol costumam nascer com um irmão e, revisitando a teoria proposta nos anos 80, os cientistas se lembraram de Nêmesis, o gêmeo maligno do nosso astro-rei.
O gêmeo do Sol era meio problemático...
Vale destacar que os cientistas já tentaram encontrar o irmão encrenqueiro do nosso Sol, mas ele não foi avistado. Os astrônomos explicaram que a grande distância que essa estrela se encontra de nós possa ser uma das causas de ela não ter sido identificada, e existe a possibilidade de que ela não seja tão brilhante nem tão grande quanto o Sol.
Além disso, outra coisa importante que o modelo apontou é que sistemas binários nos quais as estrelas se encontram em órbitas estendidas geralmente encolhem de tamanho ou os dois astros “rompem” o relacionamento — e um deles se manda. Portanto, de acordo com o estudo, é possível que o gêmeo do Sol tenha migrado para viver com outras estrelas em uma região próxima à que o Sistema Solar ocupa na Via Láctea.
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