Estilo de vida
02/07/2013 às 11:14•2 min de leitura
Um novo estudo publicado no periódico Astrophysical Journal Letters reforça a ideia de que existe vida em outros planetas. Baseados em simulações computadorizadas, os cientistas refizeram os cálculos acerca do comportamento das nuvens em planetas extrassolares e chegaram a resultados surpreendentes.
Ao revisitar estudos anteriores, os pesquisadores conseguiram ampliar drasticamente a zona considerada habitável na órbita de estrelas anãs vermelhas, que são menores e mais pálidas do que o Sol. Os dados do telescópio Kepler Space, da NASA, sugeriam que existia um planeta aproximadamente do tamanho da Terra na zona habitável de cada estrela anã vermelha. Os novos cálculos, que se assemelham às simulações usadas para prever o clima na Terra, dobram essa estimativa.
“As nuvens levam ao aquecimento e causam resfriamento na Terra. Elas refletem os raios solares para esfriar os elementos e absorvem a radiação infravermelha da superfície para criar um efeito estufa. Isso é parte do que faz com que o planeta se mantenha morno o suficiente para ter vida”, explica o autor do estudo, Dr. Dorian Abbot, da Universidade de Chicago, nos Estados Unidos.
Um planeta que orbita o Sol, por exemplo, teria que completar sua órbita em cerca de um ano para poder manter uma quantidade suficiente de água em sua superfície e, por consequência, ter nuvens. Os cientistas explicam que, para estrelas menores, como é o caso das anãs vermelhas, o tempo total da órbita seria de apenas alguns meses para garantir a mesma incidência de luz que recebemos do Sol.
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Outro dado relevante é que esses planetas com órbitas menores sempre manteriam um dos lados voltados para o Sol, assim como acontece com a Terra e a Lua. Os cálculos demonstram que isso implicaria uma maior presença de nuvens refletoras na região subestelar.
A conclusão é que, se houver água na superfície do planeta, haverá o surgimento de nuvens. O resfriamento que essas nuvens causariam dentro da zona habitável seria suficiente para permitir a manutenção da água na superfície do planeta mesmo com a proximidade do Sol. E esse pode ser um dos indícios de que não estamos sozinhos na Via Láctea.