Estilo de vida
09/12/2016 às 14:00•2 min de leitura
Você já sabe que o universo é gigante, que a Via Láctea é apenas uma das muitas galáxias que existem por aí, mas que dentro dela há uma imensidão muitas vezes inconcebível. Por exemplo: Júpiter é tão grande que seu tamanho chega a ser mil vezes o tamanho da Terra. E, ainda que seja assim tão imenso, mil júpiteres caberiam dentro do Sol. Logo, podemos supor que o Sol é o maior elemento do Sistema Solar, certo? Errado!
Primeiro, voltemos ao Sol, uma estrela cujo interior é movimentado constantemente com gigantescas explosões nucleares, capaz de produzir uma pressão interna que transforma hidrogênio em hélio por meio de fusão nuclear. Há alguns astrônomos que se referem ao Sistema Solar como uma união do Sol, de Júpiter e de outros escombros, dando a entender que o planeta e a estrela gigantes são os maiores corpos do nosso Sistema Solar.
Ainda que essa ideia pareça fazer sentido, a verdade é que o Sol não é, ainda, a maior coisa do Sistema Solar, assim como nada que esteja orbitando a estrela-mãe do Sistema Solar. O gigante em questão foi produzido pelo Sol e, ainda que seja maior do que o Sol em si, não é visível aqui da Terra. Já sabe de quem estamos falando? Então guarde esse nome: heliosfera.
Essa megaestrutura tem início no interior do Sol, durante o processo frenético que transforma milhões de toneladas de hidrogênio em hélio a cada segundo. Essa energia toda acabou resultando na formação de um novo “corpo”, que foi expelido pela superfície solar e trouxe consigo um infinito de partículas carregadas, criando um campo magnético completamente novo e único. A heliosfera é, portanto, uma espécie de bolha que cobre quase o Sistema Solar inteiro. Essa bolha, logicamente, faz o Sol parecer pequeno.
Já se sabe que a superfície solar é uma constante explosão e que dela saem os materiais resultantes do calor interior da estrela gigante. Simplesmente não há como interromper esse processo explosivo. Não há, por exemplo, como acabar com a luz do sol, com as partículas magnéticas e com o campo magnético poderoso ao redor do astro. A heliosfera é, portanto, impossível de ser contida.
Essas partículas carregadas de magnetismo são expelidas pelos incontáveis buracos que existem na superfície solar. Só para você ter ideia da grandeza da coisa, saiba que, em alguns episódios de explosão solar, cerca de um bilhão de toneladas de partículas magnéticas são atiradas para fora a milhares de quilômetros por hora. Essas manchas solares são responsáveis por explosões gigantescas de energia magnética, que é liberada para o universo.
Felizmente, o campo magnético da Terra e a fina camada atmosférica que cobre o nosso planeta conseguem nos proteger dos efeitos mais perigosos dessas explosões solares. Essa energia magnética é tão grande que não apenas passa pela Terra como pode chegar até o gelado Plutão. São os chamados ventos solares.
Aliás, o fim da heliosfera delimita o começo do chamado espaço interestelar, ou seja: é uma bolha muito, muito grande. Ainda assim, não se sabe exatamente em que ponto a bolha de calor começa a perder força e a terminar, mas sobre uma coisa não há dúvida: essa estrutura é, sem dúvida, a maior do Sistema Solar.