Astrônomos detectam a supernova mais poderosa de que se tem notícia

18/01/2016 às 09:272 min de leitura

As supernovas, como você sabe, são, basicamente, explosões espetaculares que geralmente marcam a “morte” de estrelas gigantes, com massas várias vezes superiores do que a do nosso Sol. Pois, de acordo com Jonathan Amos, da BBC, uma equipe de astrônomos detectou o maior evento desse tipo já observado e, segundo estimaram, em seu ápice, ele foi 200 vezes mais poderoso do que uma supernova típica.

Segundo Jonathan, a detecção da supernova aconteceu originalmente em junho do ano passado, mas o evento foi tão gigantesco que a emissão de energia não terminou ainda. Aliás, a explosão foi tão absurda que os cientistas explicaram que ela alcançou um brilho 570 bilhões de vezes superior do que o produzido pelo Sol.

De acordo com Jessica Orwig, do portal Business Insider, para você ter uma ideia do que isso representa, imagine uma esfera luminosa composta por 100 bilhões de estrelas da nossa galáxia. Então... a supernova registrada pelos cientistas ainda seria 20 vezes mais brilhante!

Explosão colossal

A supernova foi descoberta em uma galáxia distante localizada a 3,8 bilhões de anos-luz da Terra, e os astrônomos suspeitam que ela esteja recebendo “combustível” extra de um objeto conhecido como magnetar. Esse tipo de corpo celeste consiste em uma estrela de nêutrons, ou seja, um astro supercompacto, incrivelmente denso, muito massivo e com altíssima gravidade e que, ademais, conta com um potente campo magnético.

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As magnetares também giram extremamente depressa sobre os seus eixos e, no caso da que está dando uma forcinha extra para a supernova, os cientistas calculam que ela foi formada durante a explosão e gire cerca de mil vezes por segundo. Aliás, é dessa forma — girando e, assim, lançando energia ao entorno — que os astrônomos teorizam que a magnetar está alimentando esse surpreendente evento cósmico.

Os astrônomos acreditam que a magnetar se encontra no centro da supernova e, embora ela seja muito compacta, ela possui uma massa equivalente à do Sol. Além disso, esse objeto está expelindo energia em uma área equivalente a cinco ou seis vezes a massa da nossa estrela, e que essa energia está se expandindo a um ritmo de 10 mil quilômetros por segundo.

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Segundo os astrônomos que fizeram a descoberta, é pouco provável que eles voltem a ver uma supernova tão poderosa como essa novamente. Assim, a equipe está aproveitando a oportunidade para reunir a maior quantidade possível de dados sobre o evento.

Conforme explicou Jonathan da BBC, essas explosões, além de fascinantes, podem nos ajudar a entender melhor a evolução do universo. Isso porque elas não só resultam na produção de elementos químicos, como emitem ondas de choque que provocam perturbações pelo cosmos.

E já existem indícios de que, assim como ocorre com qualquer tipo de explosão, a supernova de estar chegando ao seu estágio final. Portanto, a equipe de cientistas vai empregar o telescópio espacial Hubble para coletar dados sobre ela nas próximas semanas.

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