Ciência
02/07/2014 às 13:24•1 min de leitura
A menina Harriet Cardew, de 10 anos, foi impedida de obter passaporte na Islândia porque seu nome está fora da relação de nomes permitidos no país – são 1.853 opções femininas e 1.712 masculinas. Caso os pais queiram dar outro nome para seu filho, é necessário enviar um pedido de aprovação para o Registro Nacional até seis meses antes do nascimento da criança, sem garantia de que o nome será aceito (de cada 100 pedidos, 50 são aprovados). Apenas casais formados por dois estrangeiros estão livres da obrigação.
De acordo com a lei dos nomes, o objetivo da restrição é preservar o idioma do país. Para isso, os nomes das crianças devem obedecer à gramática da língua nacional, sem entrar em conflito com sua estrutura, e precisam seguir as regras de ortografia. Isso significa que nomes que contenham letras além das 32 aceitas no alfabeto islandês serão banidos – nomes com a letra “C”, por exemplo, ficam de fora.
Segundo Tristan Cardew, o pai de Harriet, o problema do nome de sua filha é que ele não pode ser conjugado de acordo com a língua islandesa. Tristan é britânico, mas sua esposa, Kristin, nasceu na Islândia, o que os obriga a se adequar à lei dos nomes. O casal tem mais três filhos, sendo que o mais velho, Duncan, também tem um nome “proibido”.
Até agora, os irmãos com nomes “fora da lei” tinham passaportes que os identificavam como Stúlka e Drengur Cardew, ou seja, Menina e Menino Cardew, e dessa forma a família podia viajar. O problema é que o governo se recusou a renovar o passaporte de Harriet, o que pode estragar a viagem para a França nas férias.
Para tentar contornar a situação, os pais da menina contataram a Embaixada do Reino Unido para solicitar um passaporte britânico em caráter de emergência. Outra solução seria dar a Harriet um nome do meio que fosse totalmente de acordo com as leis islandesas, mas agora está muito tarde para isso.
Via EmResumo