Bizarro: homem tatua 99% do corpo e se torna recordista no Brasil

14/10/2014 às 09:073 min de leitura

Hoje em dia, fazer tatuagem é algo que não tem mais aquele preconceito absurdo de alguns anos atrás, em que o fato de traçar algo permanente no corpo atrapalhava até na hora de conseguir um emprego decente — muitos já passaram por isso. Mesmo assim, alguns problemas em aceitar uma tatoo no corpo de alguém ainda estão presentes na sociedade.

Com a popularização do negócio, os tatuadores invadiram o planeta de vez, com cada vez mais artistas de plantão — sim, tatuagem é uma arte — e lojas especializadas, que vão desde as mais precárias (aqueles que usam tinta de caneta bic na cadeia) até lugares renomados mundialmente.

Contudo, a galera começou a ficar literalmente viciada na coisa, chegando ao ponto em que alguns não conseguem ficar nem sequer uma semana longe do barulho da maquininha riscando algo no corpo, e alguns até sentem prazer com a dor no momento de uma tatoo — cada um com o seu gosto e suas manias.

O recordista da vez

Essa febre de tatuagem realmente tomou conta de muita gente em terras tupiniquins, e um bom exemplo disso é o ilustre e maníaco por tatoo, Fernando Franco de Oliveira, de 37 anos, que entrou para o RankBrasil em 2014 por ser o homem mais tatuado do país. Ao todo, o cara tem 99% do corpo tatuado, além de uma bifurcação da língua, cinco alargadores, seis piercings e 16 implantes.

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Para você ter ideia, Fernando fez sua primeira tatuagem em 2004, quando ainda atuava como soldador em uma fábrica. Depois de um acidente, que o levou para uma aposentadoria precoce, ele resolveu mergulhar de vez nesse universo e se tornou tatuador profissional em Tatuí (SP), onde nasceu e vive até hoje.

Com a palavra, o próprio Fernando: “Sempre gostei da etnia tribal e indígena. Não queria deixar morrer essa cultura. Quando comecei com as tatuagens, decidi que seria o mais tatuado do Brasil”.

Fugindo do padrão

Ao longo desses 10 anos o cara passou muitas horas na maca riscando o corpo e realmente se tornou o “homem tatoo” do Brasil, com 99% do corpo coberto por diversas imagens de demônios, palhaços, tribais, entre outras figuras — na sola dos pés e até na região genital —, o que fez com que ele chegasse ao topo no RankBrasil, especializado em recordes brasileiros.

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Para ele, fugir do padrão imposto pela sociedade também foi motivação: “No Brasil ainda existe muito preconceito, mas na Europa isso é mais respeitado como arte. Nunca fumei e nem usei drogas. Bebia, mas parei há seis anos. As pessoas veem a gente pela casca, mas não pelo pensamento”, explica.

Fernando já gastou o equivalente a 80 mil reais com essa brincadeira, mas conseguiu chegar onde ele tanto queria: “É uma emoção muito grande e a confirmação do meu sonho. Agora quase não tenho espaço para novas tatuagens, mas quero fazer outros implantes. O objetivo é se diferenciar e levar a modificação corporal ao extremo. Sempre continuar a arte”.

Mesmo ele sendo tatuador profissional, é claro que não foi o próprio Fernando quem fez essas artes pelo corpo, mas sim o seu fiel amigo, Sandro de Camargo. Além disso, a pintura dos olhos foi obra de Rafael Leão Dias, que, de acordo com Fernando, é o único profissional realmente qualificado para fazer este tipo de procedimento no Brasil.

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A ciência responde: tatuagem vicia?

Diversos estudos fisiológicos e psicológicos ajudam na hora de responder uma pergunta como essa. A medicina afirma que há, sim, uma possibilidade de que a tatuagem realmente vire um vício. Isso porque, durante as sessões de tatuagem, o corpo libera uma grande quantidade de endorfina.

Um estudo feito em 2009 e realizado da Universidade de Bohn, na Alemanha, analisou o cérebro de 10 corredores antes e depois de uma corrida de duas horas de duração. Esse tipo de atividade, assim como uma sessão de tatuagem, libera alta concentração de endorfina no organismo.

Por sua vez, a endorfina é um hormônio neurotransmissor – liberado durante a prática de exercícios físicos – que melhora a memória, assim como o sistema imunológico, humor, disposição diária, aumenta a resistência e até mesmo alivia as dores. Ou seja, a cada agulhada na pele uma sensação de prazer é gerada pela alta taxa de endorfina no sangue.

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Por fim, deixo você, leitor, com um discurso famoso sobre o assunto: “Para alguns, ser tatuado é uma espécie de cura. Adquirir uma tatuagem de grande proporção leva tempo e gera sofrimento, e isso representa um amadurecimento como ser humano. Você vai aprender a experimentar e superar a dor. É como se a cada riscada da agulha você ficasse mais forte e mais completo”.

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E você, leitor, conhece outros caras viciados em tatuagens como o recordista Fernando? Não deixe de compartilhar sua informação com a gente nos comentários abaixo.

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