Confira o trabalho de um dos melhores lavadores de carro do mundo
06/02/2018 às 04:00•2 min de leitura
Muita gente ama o próprio carro, mas, quando você é dono de um modelo muito raro ou de um superesportivo, os cuidados básicos muitas vezes não bastam: lavar um veículo desses exige muito cuidado e capricho. É por isso que existem especialistas no chamado "car detailing", um processo extremamente meticuloso de limpeza e tratamento de pintura para garantir que o possante fique brilhando por muito tempo.
Paul Dalton é um desses profissionais: ele é responsável por lavar alguns carrões na Inglaterra e vai até a casa de seus clientes para fazer os serviços que custam, em média, £ 5 mil (pouco mais de R$ 25 mil em conversão direta). Se você achou caro, confira o naipe dos carros de que o cara cuida por lá:
No vídeo, Dalton aparece lavando uma Maserati MC12, que teve uma produção limitada de 50 unidades que podem chegar a custar R$ 2,5 milhões cada. Fora ela, a rotina do "melhor lavador de carros do mundo" envolve cuidar de Ferraris, Lamborghinis e similares.
O preço altíssimo cobrado por Paul não é à toa: no processo de lavagem e detalhamento que ele faz, são usados apenas produtos da mais alta qualidade. Ele simplifica tudo em 10 passos:
Primeiro ele aplica um produto desengordurante, que ajuda a "amolecer" e retirar a sujeira na parte mais baixa do veículo. Ele paga em torno de R$ 275 por 5 litros do líquido e explica: "Não é o mais barato, mas, definitivamente, é o melhor".
Logo depois, ele enxágua o carro, mas não com uma mangueira comum e muito menos com água normal: ele usa uma mangueira com uma pressão ideal e também mantém a água a uma temperatura de 35 graus, para não agredir a pintura do veículo.
O próximo passo é ensaboar o carro com um shampoo especial de PH neutro. Enquanto ele faz isso, explica que, caso estragasse a pintura da Maserati, o custo para repintá-la seria de R$ 150 mil ou mais, o que justifica todo o cuidado com os detalhes do trabalho.
Mais uma rodada de enxague.
Depois é hora de secar o carro, e nada das toalhas antigas que você usava na cozinha ou na lavanderia: são utilizados apenas panos de microfibra específicos para secagem automotiva, alguns, inclusive, com um lado hidrofóbico, que apenas "arrasta" a água para fora da superfície do automóvel.
As rodas são lavadas de forma separada com um gel especial, com uma composição um pouco mais ácida. O detalhamento é feito com um pincel, para garantir que nenhum cantinho fique sujo.
Terminada a lavagem, é hora do acabamento: com um pedaço de argila especial (que custa por volta de R$ 100), ele retira partículas minúsculas de sujeira que podem ter ficado na pintura do carro.
Logo após, usa um foco de luz para identificar pequenas marcas e arranhões. Com o auxílio de um pequeno dispositivo de ultrassom que podem custar até R$ 15 mil, ele consegue identificar em quais áreas a tinta está mais fina, ajudando na parte de polimento.
Depois de polir, Paul prepara a pintura do veículo para receber a cera, com um líquido especial que custa R$ 175 a garrafa e que é aplicado com flanelas especiais que custam R$ 35 cada.
O último passo é a aplicação de uma cera de carnaúba que custa impressionantes R$ 30 mil por dois potes e que é aplicada a mão, como uma massagem automotiva.
O resultado é um tratamento de pintura que dura até 6 meses. O principal problema de Paul e seus clientes? Cocô de passarinho. Seus clientes ligam, e ele imediatamente se desloca para onde for para fazer a limpeza.
Agora, um problema deve ser gastar esse dinheiro todo em uma lavagem e começar a chover logo em seguida, né?