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29/01/2018 às 10:30•2 min de leitura
Você já deve ter visto por aí o famoso travesseiro que é vendido como se fosse da NASA. Ele promete mil maravilhas para o seu sono e a publicidade diz que ele foi feito para os astronautas com tecnologia da agência espacial norte-americana. Várias marcas comercializam o produto, inclusive tendo como “garoto propaganda” o astronauta brasileiro Marcos Pontes. Porém, muita gente deve se questionar se esse tal travesseiro realmente ter alguma coisa a ver com a NASA.
Na verdade, tem sim. Criado em 1966, o material desse travesseiro é composto de poliuretano com viscosidade e densidade maiores. Ganhou o nome de espuma viscoelástica e foi criado pelos cientistas Chiharu Kubokawa e Charles Yost em contrato com a NASA pelo Ames Research Center. A ideia era desenvolver um material que aumentasse a segurança e o conforto do estofamento das naves da agência.
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A espuma possui uma estrutura sólida de célula aberta que se deforma com a pressão contra ela
Acontece que o material acabou não sendo aprovado pela NASA para o uso nas naves por possuir um cheiro muito forte que poderia incomodar os tripulantes, entre outros motivos. Charles Yost, então, fundou uma empresa, ainda em parceria com a NASA, para comercializar o material fora da agência espacial e ele começou a ser usado em produtos médicos e até como estofamento para capacetes de futebol americano.
Com o tempo, já nos anos 1980, a tecnologia para produzir a espuma viscoelástica foi ficando mais barata e o material com menos odor. Passou a ser possível produzi-lo em maior quantidade e vendê-lo a um preço mais acessível e, finalmente, virou o famoso travesseiro que se adapta ao nosso formato quando deitamos sobre ele.
A espuma viscoelástica é produzida pela alimentação de gás em uma matriz de polímero. A espuma possui uma estrutura sólida de célula aberta que se deforma com a pressão contra ela, porém retorna lentamente para sua forma original quando se retira a pressão.
Hoje, uma série de materiais diferentes pode ser acrescentada na espuma para alterar seu odor, sua densidade e viscosidade, e para evitar o acúmulo de umidade e aumentar o conforto do usuário.
Afinal, o tal do travesseiro da NASA é realmente da NASA? via TecMundo