Ciência
09/04/2018 às 13:25•2 min de leitura
As Linhas de Nazca são, como você deve saber, são antigos geóglifos que ocupam uma área de mais ou menos 520 quilômetros quadrados no Peru. Elas só foram descobertas na década de 30, quando um avião sobrevoou a região, e as linhas — entre elas, mais de mil retas e cerca de 800 figuras de animais, como um macaco, uma aranha e um beija-flor — foram avistadas. De acordo com as estimativas, os geóglifos foram criados entre os anos de 400 e 650 d.C., e até hoje os estudiosos tentam entender qual propósito eles serviam.
(National Geographic/Luis Jaime Castillo/Palpa Nasca Project)
Pois não é que depois de tantas décadas “novas” linhas foram encontradas! De acordo com Michael Greshko, da National Geographic, mais de 50 geóglifos dos quais não se tinha conhecimento foram identificados por arqueólogos peruanos graças à ajuda de drones. Segundo Michael, as linhas se encontram na Província de Palpa, que fica adjacente a Nazca, são bem fininhas e passam praticamente despercebidas.
O time de cientistas também aproveitou para fazer um mapeamento dos geóglifos conhecidos e conseguiram obter detalhes jamais vistos das linhas. Mas, voltando às que foram descobertas agora, os arqueólogos suspeitam que elas podem ter sido produzidas peças culturas Topará e Paracas, que ocuparam a região entre os anos de 500 a.C. e 200 d.C., ou seja, antes da cultura Nazca se estabelecer na área.
(National Geographic/Luis Jaime Castillo/Palpa Nasca Project)
Conforme explicaram os arqueólogos, a maioria das “novas” linhas retrata figuras humanas, sendo quase todas representações de guerreiros, o que as torna diferentes das Linhas de Nazca, que são, em grande parte, figuras geométricas, como polígonos e retas. Elas foram criadas nas laterais de morros e, portanto, podiam ser vistas à distância — e não necessariamente de cima, como acontece com as de Nazca. Ademais, por muito tempo, as pessoas que habitavam a região sabiam da existência desses geóglifos, mas eles foram se “apagando” até se tornarem praticamente invisíveis.
(National Geographic/Fernando G. Baptista/Ngm/Markus Reindel/Instituto Arqueológico Alemão)
O legal é que, se a cultura Nazca, que é mais “jovem” do que as culturas Topará e Paracas, é considerada misteriosa, imagine as outras duas! Sendo assim, a identificação das linhas não só demonstra que os povos que viviam na área começaram a produzir geóglifos séculos antes do que os habitantes posteriores, como ajudam os arqueólogos a preencher algumas lacunas sobre os antigos ocupantes da região.
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