A história dos espantalhos e 10 exemplos ainda usados no Reino Unido

O uso de espantalhos em plantações começou há mais de 5 mil anos, lá no Antigo Egito. Na época, um dos grandes vilões das colheitas eram as codornas. Foi então que fazendeiros criaram armações de madeira com redes por cima, que serviam para tentar afastar as aves – mas caso elas se aproximassem demais, acabariam presas nas cordas e virariam jantar.

Esses protótipos de espantalhos deram vez a figuras humanoides na Grécia Antiga: por volta do ano 2.500 a.C., a galera esculpia a figura do Príapo, o deus da fertilidade, em madeira para afastar os passarinhos. A imagem costumeiramente era pintada de roxo e feita com um porrete em um das mãos e uma foice na outra, como forma de garantir que se tivesse uma boa colheita.

Do outro lado do mundo, no Japão, os camponeses também criaram o mesmo costume, com figuras chamadas de kakashis, que trajavam capas de chuva e chapéus de palha. Depois, com Império Romano, a arte e o uso dos espantalhos se espalhou ao redor do mundo. A figura como conhecemos hoje em dia provavelmente é obra de fazendeiros alemães, que, ao migrarem para as Américas, criaram os espantalhos chamados de bootzamon, que eram decorados com roupas usadas e lenços vermelhos na cabeça.

Porém, há uma lenda de que na Idade Média eram meninos jovens que trabalhavam nas lavouras espantando as aves. Com a Peste Negra, a população diminuiu tanto que os fazendeiros não encontraram mais garotos disponíveis para a função, necessitando adaptar antigos costumes romanos para salvar a plantação.

Arte espantálhica

Toda a história acima foi para contextualizar as fotografias do britânico Colin Garratt, que rodou o Reino Unido registrando espantalhos em seu país. “Um aspecto significativo da evolução dos espantalhos é o uso de recipientes de plástico, juntamente com outros materiais modernos, como máscaras e roupas industriais. Alguns acreditam que espantalhos com rostos expressivos são a melhor forma de espantar os predadores; outros se contentam com figuras mais abstratas”, analisa Garratt.

Confira algumas de suas fotografias:

1. Figura noturna

2. Uma cabeça estranha

3. Cabeça quadrada

4. Sinistro

5. Livre de agrotóxico

6. Espantalha

7. Levemente simpático

8. Rechonchudo

9. "Vão pra lá, passarinhos"

10. Luz na passarela

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