Ciência
23/08/2018 às 06:30•2 min de leitura
Nós aqui da redação do Mega Curioso prometemos na última matéria sobre o intrigante Sarcófago de Negro de Alexandria — publicada na terça-feira, dia 21 — que assim que surgissem novas informações, a gente compartilharia por aqui. E como promessa é dívida... Na verdade, as novidades foram divulgadas ontem pelo Ministério de Antiguidades do Egito, mas decidimos aguardar mais um pouquinho para garantir que mais nada seria revelado.
Enfim, você pode conferir a última matéria através deste link, mas, nela comentamos que, junto com os três esqueletos — dois de homens e um de mulher —, os arqueólogos haviam encontrado lâminas de ouro com os ossos dos ocupantes do caixão. Pois foi a respeito desses artefatos que divulgaram informações e algumas imagens! Veja a seguir:
Essas são as tais lâminas de ouro que acharam dentro do sarcófago (Gizmodo/Ministério de Antiguidades do Egito)
Segundo especialistas que tiveram acesso às imagens das lâminas de ouro, uma delas — você pode ver as três a seguir — parece mostrar uma cápsula de sementes de papoula em uma espécie de altar. Não se sabe com certeza o que esse desenho simboliza, mas uma suspeita é a de que ele tenha alguma conotação medicinal, uma vez que o ópio era vastamente utilizado no Egito da Era Ptolomaica. Confira:
Exclusive: Gold sheets found while examining skeletons in Alexandria sarcophagus #Egypt #Alexandria #Egyptology #Archaeology a woman & 2 men buried on top on each other in the "cursed" black granite sarcophagus. pic.twitter.com/QWdloTV8SK
— Luxor Times (@luxortimes) 19 de agosto de 2018
Uma possibilidade é que a figura represente uma conexão entre as propriedades do ópio, de induzir ao sono, e as ideias de morte e renascimento, mas, claro, isso é apenas uma suposição. Outra das plaquinhas encontradas mostra uma serpente, desenho que era muito utilizado para adornar joias usadas pelos antigos egípcios, e, como a cobra da lâmina não possui a “capa” — como as que as najas possuem —, o simbolismo aqui pode estar relacionado com a noção de ressurreição também.
Ainda sobre a serpente, por conta de esses animais serem motivos comuns em joias egípcias, pode ser (pooooode ser) que a lâmina tenha ligação com a mulher sepultada no sarcófago. Já a terceira plaquinha parece mostrar uma folha de palmeira ou, talvez, uma espiga de milho, e, nos dois casos, é possível que o desenho guarde relação com a ideia de fertilidade e renascimento. Mas, assim, caro leitor, todas as interpretações são muito vagas ainda, então, é importante ter isso em mente.
De momento, nenhuma inscrição ou cartucho — símbolos de formato ovalado contendo hieróglifos — foi identificado no interior do sarcófago, nem máscaras mortuárias, estatuetas, amuletos funerários ou qualquer outro tipo. E os arqueólogos, por enquanto, estão trabalhando com a hipótese de que nenhum dos ocupantes do caixão de pedra pertencia a famílias reais ptolomaicas ou romanas.
Os pesquisadores ainda precisam fazer exames de datação nos artefatos, para poder confirmar a idade do sarcófago e quando os três defuntos foram colocados lá dentro, mas as estimativas iniciais são de que o caixão seja de entre 304 e 30 a.C. — e que os ocupantes não tenham sido sepultados ao mesmo tempo. Por enquanto, isso é tudo o que sabemos, mas, já sabe, surgindo novidades, a gente atualiza você por aqui!
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