Artes/cultura
23/01/2019 às 12:00•2 min de leitura
No Brasil, desde 2005, não havia indícios da peste bubônica, até que há pouco tempo uma mulher deu entrada no hospital em São Gonçalo, Rio de Janeiro, com a suspeita. Segundo uma atualização do Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen), essa possibilidade foi descartada, pois constatou-se que a bactéria era a Morganella morganii – uma bactéria oportunista comum no ambiente e nas pessoas –, e não a Yersinia pestes – causadora da peste negra.
A peste bubônica, popularmente chamada de peste negra – aquela mesma que alarmou a Europa lá no século 14 –, é causada pela bactéria Yersinia pestes, comum em roedores. Quem a conhece já sabe que ela é transmitida para o homem pelas pulgas presentes nesses animais contaminados. E aqui vai uma curiosidade: na Europa, a crença era de que a peste era transmitida pelo ar, então os médicos usavam máscaras que se assemelhavam ao bico de uma ave, feitas de couro; dentro delas existiam ervas aromáticas para evitar o contágio.
A evolução da bactéria ocorre muito rápido, podendo matar uma pessoa entre 18 e 24 horas após o início dos sintomas. Fica a dica para sempre estar com os exames em dia e cuidar da saúde, pois, se constatada precoce, a peste pode ser tratada por meio de antibióticos. O diagnóstico ocorre mediante exames laboratoriais que confirmem a existência da bactéria através de bubo, sangue ou escarro.
Se você possui um roedor, leve-o sempre ao médico veterinário para manter a saúde dele e a sua protegidas. Além disso, garanta que o local permaneça limpo e cuide da higiênica básica, pois lugares com pouca infraestrutura e zero saneamento básico se tornam propícios à disseminação da peste.