1ª estrela do Universo nasceu antes do que se pensava, diz estudo

11/06/2020 às 07:062 min de leitura

Um estudo liderado pela pesquisadora da Agência Espacial Européia (ESA) Rachana Bhatawdekar sugeriu que os astrólogos estariam errados quanto a real data de criação das primeiras estrelas do Universo.

Enquanto pesquisavam por sinais da primeira geração dos astros luminosos com o telescópio espacial Hubble, da NASA/ESA, a equipe de pesquisadores não encontrou qualquer sinal de sua existência. Bhatawdekar disse que a falta de informações sobre essas estrelas pode ser sinal de que elas tenham existido muito antes do que se é acreditado.

A categorização das estrelas

(Fonte: Pixabay)(Fonte: Pixabay)

Os astrólogos internacionais costumam categorizar a formação das estrelas em três "populações" diferentes. Na Via Láctea, galáxia que habitamos, existem exemplos claros de estrelas das Populações I e II. A primeira é representada pelo sol, um astro rico em elementos mais pesados, enquanto que a segunda refere-se a outras estrelas com menos elementos.

E o que seriam as estrelas que compõem a População III? Na teoria, são os primeiros astros luminosos a serem formados durante os mais de 13 bilhões de anos de existência do Universo. São reconhecidas por serem compostas dos poucos elementos que existiam logo após o Big Bang: hélio, hidrogênio e lítio.

A equipe de pesquisa aproveitou de um fenômeno conhecido como "lentes gravitacionais" para tentar encontrar evidências desse grupo de estrelas. As lentes gravitacionais ocorrem quando um objeto de grande massa reflete uma enorme quantidade de luz, passando a operar como uma lente capaz de enxergar pequenos e distantes objetos.

Mesmo utilizando esse recurso, o telescópio Hubble foi incapaz de enxergar qualquer coisa. Portanto, isso sugere que essas estrelas existam há tanto tempo que sua existência não pode ser observada pela tecnologia atual das agências espaciais.

A esperança com novas tecnologias

(Fonte: Pixabay)(Fonte: Pixabay)

A NASA tem programado em seu calendário para 2021 o lançamento do telescópio espacial James Webb, que custou um valor aproximado de US$ 9,8 bilhões. Com o surgimento da nova tecnologia, membros que fizeram parte do estudo acreditam finalmente obter resultado sobre as primeiras estrelas.

Bhatawdekar acredita que a resolução sobre esses astros pode levar os cientistas a compreenderem melhor a estruturação do nosso universo. De acordo com a pesquisadora, essas estrelas podem ter participado do processo de "Reionização cósmica", que foi quando a radiação espalhada 400 milhões de anos após o Big Bang separou as moléculas de hidrogênio, gerando os primeiros prótons e elétrons.

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