Artes/cultura
24/10/2020 às 04:00•1 min de leitura
Uma pesquisada realizada na Universidade Eötvös Loránd, na Hungria, e publicada na revista Scientific Reports, analisou a relação de lobos criados em cativeiro com os humanos com quem tem contato.
O comportamento de onze lupinos em diferentes cenários foi comparado ao de cães de estimação. Tamás Faragó, principal autor da pesquisa, comenta que o resultado dos testes foi surpreendente: os animais que fizeram parte do experimento reagiram às situações propostas de forma extremamente parecida aos cachorros domesticados.
Na presença dos humanos com quem os lobos tem mais contato, eles ficavam mais calmos e exploravam o espaço, cheirando tudo. Já na presença de um estranho, eles tendiam a se comportar de maneira mais estressada e medrosa, chegando até mesmo a chorar ou tentar se esconder. E quando o estranho saía do local, os lobos voltavam a agir naturalmente.
Os cientistas enfatizaram que os testes foram realizados com animais que já estão muito acostumados com a presença humana, ou seja, seu comportamento não equivale ao de criaturas selvagens.
Ao mesmo tempo, a domesticação, a seleção artificial e condições de criação moldaram completamente o comportamento canino, e isto se expressa na pesquisa: os cachorros sempre demonstram mais interesse nos humanos, independente da familiaridade.
Estudos anteriores mostram que desde filhotes, os cães já são capazes de criar laços com humanos, enquanto os de lobo demoram mais. Coerentemente, esta nova pesquisa aponta uma diferença genética que se reflete nos melhores amigos do homem precisando de menos tempo para se conectar com seus parceiros humanos.