Ciência
05/04/2013 às 07:33•2 min de leitura
Sempre tem alguém que pergunta qual é o tecido do vestido usado pela fulana de tal na festa de sábado. Aparentemente, vai ser possível, em breve, que a resposta seja: seda de peixe. Pelo menos é o que garantem alguns cientistas que estão estudando uma substância gosmenta produzida por um peixe chamado mixina.
O mixina, que mede geralmente 30 cm, é conhecido como peixe-bruxa, entre os amigos mais íntimos, mas talvez tenha também transtornos de personalidade devido à sua aparência nada comum. A verdade é que o bichinho mais parece uma cobra.
Fonte da imagem: Reprodução/InfoEscola
Ele poderia ficar desanimado com a vida depois de ser apelidado de bruxa e parecer uma cobra, mas, para compensar, o mixina é capaz de liberar uma substância que tem chamado a atenção de muita gente e o defendido da morte. Como assim? Bom, a defesa ocorre porque, se atacado por um tubarão, por exemplo, o mixina libera uma substância transparente e molenga, que obriga o predador a largar o peixe, se não quiser morrer sufocado.
Essa mesma substância é a responsável por colocar o bichinho injustiçado nos focos de atenção. Parece que essa gosma transparente apresenta uma fibra muito resistente, o que seria interessante para a confecção de roupas, por exemplo.
Fonte da imagem: Reprodução/InovaçãoTecnológica
Um peixe desses possui cerca de 100 glândulas produtoras da supergosma ao longo do seu corpo de cobra. A substância é leitosa em sua origem, mas fica transparente quando entra em contato com o mar. Se essa gosma for retirada do mar, esticada e seca, acaba ficando com uma textura sedosa.
Cientistas acham que é possível fabricar roupas esportivas e coletes de segurança com o muco retirado do bichinho. O problema é que o peixe não pode ser criado em cativeiro. A ideia, então, é produzir uma substância artificial, parecida com a do peixe, em laboratório.
Tudo isso com a intenção de encontrar um produto que substitua a lycra, o nylon e o spandex, feitos à base de petróleo e, por isso, considerados não renováveis. Será que essa ideia tem futuro?