Mistérios
24/05/2019 às 09:00•3 min de leitura
Quando pensamos em cientistas, a primeira coisa que vem à nossa mente são os pesquisadores que estudam os mistérios do universo ou buscam a cura para doenças raras, não é mesmo?! Mas é sempre legal lembrar que existem especialistas capazes de responder perguntas que ninguém nunca fez, mas que não deixam de ter sua importância no mundo.
Por isso, as questões que você vai conferir abaixo provavelmente nunca passaram pela sua cabeça. Então aproveite esta oportunidade para aprender coisas noivas e divertidas:
Todo mundo sabe que o pica-pau bica as árvores repetidamente para buscar larvas de insetos visando se alimentar e construir seus ninhos. Ou seja, as incansáveis bicadas – que podem chegar a 20 por segundo – são fundamentais para a sobrevivência da espécie. Mas, então, como a ave consegue fazer tantos furos sem ficar com uma baita dor de cabeça?
Essa pergunta levou alguns pesquisadores a procurar entender como os pica-paus faziam para evitar danos ao próprio cérebro. Então eles filmaram as aves com câmeras de alta velocidade para medir o impacto das bicadas. Mas foi ao analisar a cabeça do animal que eles descobriram que a morfologia de seu osso do crânio é que impede qualquer fratura. Em outras palavras, a natureza garantiu uma proteção extra para que o pica-pau pudesse viver normalmente e buscar alimentos sem prejuízos.
Como alguns dizem que é milagre e outros defendem que se trata de uma farsa, os pesquisadores decidiram investigar se é cientificamente possível que um homem caminhe sobre a água. Então, em 2003, um grupo de cientistas europeus fez um experimento que reproduzia as condições em que os lagartos conseguem correr sobre a água.
Essa foi a saída que eles encontraram porque somos pesados demais e não somos capazes de correr rápido o suficiente para evitar que a tensão superficial da água se quebre. Resultado: nós afundamos. Mas, para brincar um pouco com as leis da gravidade, os participantes do estudo foram suspensos sobre uma piscina infantil e tentaram correr sobre a água.
Depois de muitos testes e ajustes, conclui-se que um humano consegue, em teoria, caminhar sobre a água. O problema é que isso só aconteceria naturalmente em um lugar que tivesse 10% da gravidade da Terra. Ou seja, Plutão seria uma boa opção para praticar essa nova habilidade.
O jornalista e pesquisador britânico Robert Matthews escolheu estudar um dos maiores impasses da humanidade: o famoso pão que sempre cai com a manteiga para baixo. Depois de publicar um artigo com sua teoria sobre o assunto em 1996, o britânico conseguiu realizar uma série de testes em 2000. Em seus experimentos, Matthews pediu que os estudantes em toda a Inglaterra derrubassem pães com manteiga no chão e registrassem tudo em vídeo.
Depois de quase 10 mil tentativas, os resultados mostraram que em 62% dos casos o pão realmente caiu com a manteiga para baixo. Novos testes – desta vez sem a manteiga – mostraram que era a altura da mesa que tinha um maior impacto na maneira como o pão girava no ar e caía. Sendo assim, o pesquisador concluiu que a altura média das mesas é que é a verdadeira culpada por fazer com que você saia fazendo sujeira na cozinha.
Os cavalos têm uma dieta rica e vasta. No entanto, não tem como não imaginar que esses animais gostem de doces, já que os cavalos são famosos por consumirem torrões de açúcar. Isso levou um trio de pesquisadores ingleses a desenvolver uma série de testes em 2005.
Oito cavalos foram escolhidos para provar cereais saborizados com diferentes alimentos. Os pesquisadores ficaram atentos à velocidade com que os animais comiam e a quantidade que eles deixavam de lado. Os testes começaram com 15 opções que logo se tornaram oito e foram classificadas de acordo com a preferência dos cavalos.
E, se você ficou curioso com relação ao açúcar, saiba que ele nem aparece na lista. Os sabores favoritos dos animais, em ordem decrescente, são feno-grego, banana, cereja, alecrim, cominho, cenoura, hortelã e orégano.
Essa é uma pergunta em que ninguém pensou porque a resposta é praticamente óbvia. Ninguém duvidaria de que nadar em uma mistura espessa e pegajosa como uma calda seria um tanto quanto difícil. Mas alguns cientistas duvidaram e decidiram realizar testes para verificar o fato.
Então, em 2004, uma dupla de pesquisadores encheu uma piscina de 25 metros com goma guar, um espessante utilizado pela indústria alimentícia. O resultado foi um líquido viscoso semelhante a uma calda e duas vezes mais espesso do que a água. Então, 16 voluntários mergulharam em turnos na piscina com água e com a mistura de goma guar.
Surpreendente, não houve diferença significativa entre a velocidade dos nadadores em cada uma das misturas. Os responsáveis pela pesquisa acreditam que a calda ofereça mais resistência, mas também ajuda a gerar um embalo para frente ao empurrar o nadador contra o líquido. Por essa você não esperava, não é mesmo?!
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Se você ficou curioso para conferir mais detalhes sobre essas pesquisas inusitadas, não deixe de conferir o List Verse (em inglês) para encontrar os links e ter acesso às informações.