As pessoas realmente viviam até os 100 anos (ou mais) nos tempos antigos?

16/04/2024 às 09:002 min de leituraAtualizado em 16/04/2024 às 09:00

Durante séculos, a ideia de alguém viver até os 100 anos parecia uma conquista inimaginável. No entanto, ao longo da história, houve relatos e especulações sobre indivíduos que teriam alcançado essa idade avançada em tempos antigos. Mas será que essas histórias têm algum fundamento?

Evolução da expectativa de vida

Segundo os estudiosos, a expectativa de vida aumentou consideravelmente depois da Revolução Industrial. (Fonte: Getty Images/Reprodução)
Segundo os estudiosos, a expectativa de vida aumentou consideravelmente depois da Revolução Industrial. (Fonte: Getty Images/Reprodução)

Ao analisarem os vestígios do passado, os cientistas observaram uma notável mudança na expectativa de vida humana ao longo dos milênios. Desde os primeiros hominídeos até as civilizações antigas, como a Roma Antiga, a expectativa de vida era consideravelmente mais baixa do que é hoje.

No entanto, os esqueletos do Homo sapiens e do Neandertal indicam que houve um aumento na longevidade ao longo da evolução humana, com sinais de envelhecimento mais proeminentes em humanos mais recentes. Esse aumento na longevidade se intensificou após a Revolução Industrial, impulsionado por avanços médicos e melhores condições de vida.

Apesar das condições desafiadoras enfrentadas pelos antigos, alguns indivíduos conseguiram superar as expectativas e viver além da idade média. Estudos arqueológicos já revelaram pessoas que alcançaram idades avançadas, como homens com idade média de morte de 72 anos descobertos em sepulturas greco-romanas. Embora raros, esses exemplos fornecem evidências de que a longevidade não era completamente inédita nos tempos antigos.

A controvérsia dos centenários antigos

Estátua de Pepi II e sua mãe, Anqunesmeriré II. (Fonte: Wikimedia Commons/Reprodução)
Estátua de Pepi II e sua mãe, Anquenesmeriré II. (Fonte: Wikimedia Commons/Reprodução)

A existência de centenários antes da era moderna é tema de debate entre historiadores e cientistas. Enquanto alguns relatos históricos afirmam a presença de indivíduos excepcionalmente longevos, como o faraó Pepi II do Egito, cujo reinado é registrado como durando até os 94 anos, outros questionam a veracidade dessas alegações. Estudos estatísticos sugerem que a probabilidade de alguém atingir os 100 anos antes do século XIX era praticamente nula, levantando dúvidas sobre a precisão desses relatos.

As afirmações de supercentenários, aqueles com mais de 110 anos, também são vistas com ceticismo pela comunidade científica. Apesar de registros antigos mencionarem indivíduos como Terência, esposa do poeta Cícero, que supostamente viveu até os 103 anos, a falta de evidências concretas levanta questões sobre a confiabilidade dessas histórias. A análise estatística sugere que a existência de supercentenários antes de alguns séculos atrás é altamente improvável, deixando os registros históricos em um estado de incerteza.

Com o avanço da medicina, tecnologia e condições de vida, a expectativa de vida humana aumentou significativamente ao longo dos séculos. O século XX testemunhou um progresso notável nesse aspecto, com melhorias na higiene, vacinação e tratamento de doenças, contribuindo para uma vida mais longa e saudável. Hoje, a expectativa de vida global é muito maior do que em qualquer período anterior da história, refletindo os avanços que transformaram a experiência humana.

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