Artes/cultura
01/08/2018 às 04:00•4 min de leitura
Quando se fala em viagem no tempo, realmente é difícil saber o que é verdadeiro e o que é mito. Muitos filmes e séries de TV revelaram as suas versões para esse assunto de muitas formas que achamos incríveis em produções cheias de efeitos especiais.
No entanto, essas viagens no tempo da ficção se mostram totalmente furadas do ponto de vista científico. Até porque, a viagem no tempo, de fato, é impossível, pois até os dias de hoje não houve sequer nenhuma tecnologia capaz de realizar este feito. Além disso, os físicos atuais estão convencidos de que esse tipo de viagem temporal é muito improvável.
Logo abaixo você confere cinco dos piores conceitos de viagem no tempo que podem ser encontrados na ficção, segundo os esclarecimentos do site Live Science.
Fonte da imagem: Reprodução/Once upon a Geek
Os primeiros episódios de “Star Trek”, de 1966, frequentemente alternavam entre o que os autores chamavam de ficção científica “hard” e “soft”, ou seja, trabalhavam com as hipóteses devidamente pesquisadas e aquelas mais fantasiosas.
Mas talvez o mais notório equívoco científico do clássico de 1966 tenha acontecido no episódio 21 da primeira temporada. Trazendo o nome de “Amanhã é Ontem”, o capítulo mostra quando a tripulação da nave Enterprise viajou pela primeira vez ao longo do tempo por uma aceleração em torno do Sol.
Por duas vezes no episódio, a Enterprise viajou centenas de anos no tempo, se movendo a uma velocidade extremamente alta em relação a um corpo celeste com uma forte atração gravitacional. Segundo essa ficção, a ação criou um tipo de distorção do tempo através de um “efeito estilingue”.
A explicação é que os autores podem ter sido inspirados pela teoria de viagem relativista de Einstein, que afirmava que naves espaciais que viajam em alta velocidade através do espaço poderiam experimentar o tempo em um ritmo mais lento do que nos planetas que deixaram para trás, conseguindo assim uma forma de viagem para o futuro.
Fonte da imagem: Reprodução/Mister Comfypants
O terceiro filme da saga “Planeta dos Macacos” começa com a Terra sendo destruída em uma enorme explosão nuclear. Três macacos conseguem escapar da destruição pelo restabelecimento de uma nave espacial e voam para longe do planeta condenado. No entanto, eles estão presos em uma onda de choque e acabam passando por um túnel do tempo criado pela explosão.
O que provavelmente os autores do filme quiseram mostrar era a suposta ação do chamado “buraco de minhoca” — termo criado pelo físico John Archibald Wheeler em 1957 —, que é um túnel hipotético que poderia criar um atalho através do espaço e do tempo, que também poderia ser usado para viajar mais rápido do que a luz, ou, possivelmente, viajar para o passado ou o futuro.
De acordo com o entendimento atual, criar um buraco de minhoca requer grandes quantidades de uma substância também teórica chamada matéria escura. Esta, por sua vez, não tem nada a ver com uma explosão nuclear. Porém, ninguém também nunca explodiu a Terra para saber o que iria acontecer.
No entanto, segundo o Live Science, é bastante seguro dizer que a fuga do filme não tem base científica e equivale a apenas mais um exemplo de Hollywood para resolver todos os seus problemas de enredo com explosões nucleares.
Fonte da imagem: Reprodução/Mashable
Doctor Who é uma das séries mais longevas da TV britânica, completando 50 anos de existência em 2013. O seu assunto principal, e que fez a sua fama, é a viagem no tempo e todas as aventuras que o personagem Doctor Who (um alien humanoide) vive nessas intercorrências temporais feitas com a “cápsula” TARDIS — que tem a forma de uma antiga cabine policial britânica.
Entretanto, mesmo para uma série cujo personagem principal viaja sem restrições através do tempo e do espaço, os seres conhecidos como “anjos lamentadores” são uma espécie de exagero, embora sejam também interessantes para a trama.
Para se “alimentarem”, os anjos lamentadores (que fazem parte de uma raça de extraterrestres) enviam suas vítimas para o passado e sugam a “energia potencial” de tudo o que elas teriam feito no tempo real de suas vidas. Complicado e improvável? É verdade. Por isso, é um dos conceitos ridicularizados pelo site Live Science como uma das maiores “furadas” da viagem no tempo.
Fonte da imagem: Reprodução/Real Good
Outra grande furada do cinema, no que se trata da viagem no tempo, foi mostrada no primeiro filme do Super-Homem, de 1978. Interpretado pelo falecido ator Christopher Reeve, o Super-Homem decide voltar no tempo desesperadamente para reverter a morte de sua amada Lois Lane.
Para isso, o que ele fez? Ele voou velozmente em torno da Terra no sentido anti-horário afim de que nosso planeta mudasse a sua rotação e, com isso, voltasse o tempo em algumas horas ou dias.
Segundo o Live Science, isto é uma loucura por diversas razões, sendo que a mais significativa é que a rotação da Terra nada tem nada a ver com uma suposta viagem no tempo. O máximo que poderia acontecer é uma forte “sacudida” no planeta, que poderia matar toda a humanidade.
Fonte da imagem: Reprodução/Hollywood.com
Seria impossível fazer uma lista dessas e não citar um dos maiores clássicos do cinema que abordam a viagem no tempo. Todos os três filmes de “De Volta Para o Futuro” trazem viagens para o futuro e para o passado, utilizando a máquina do tempo que é o veículo DeLorean.
Para que a viagem do tempo fosse viável no primeiro filme, o carro funcionava com um capacitor de fluxo alimentado por plutônio, que gerava a força de 1,21 gigawatt de eletricidade para acelerar o veículo até 140 km/h (88 mph). No entanto, o filme nunca explicou exatamente como o capacitor funcionava nessa operação toda para a viagem no tempo.
Fonte da imagem: Reprodução/Futurepedia
Um capacitor é um dispositivo que armazena energia, criando um campo eléctrico entre duas placas de metal carregadas, mas que não se tocam. “Fluxo” refere-se à fluência de algo através do espaço e pode ser usado ??para se referir ao tempo. Portanto, talvez o capacitor de fluxo do filme fosse especial porque o seu formato significava que ele tinha três placas de metal? É isso, produção?
A maioria das teorias também requer que a máquina temporal utilize velocidades extremamente altas, uma unidade de distorção ou um buraco de minhoca para viajar através do espaço-tempo. Com isso, ela se moveria de um lugar para outro numa quantidade de tempo que pareceria que o veículo estivesse em um movimento mais rápido do que a velocidade da luz.
Nesse contexto, por que criaram a viagem do DeLorean a 88 mph como a velocidade ideal para o atalho no tempo? Segundo o Live Science, os autores escolheram 88, porque o número “8” se parece com um símbolo de infinito (∞) na vertical, sugerindo velocidades infinitamente altas.
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E você, leitor, tem a sua teoria sobre a viagem no tempo? Quais outros filmes ou séries você acha que têm alguma versão que seria mais provável para o assunto? Conte para nós!
*Publicado originalmente em 18/11/2013.
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