Artes/cultura
30/01/2017 às 03:41•2 min de leitura
Quem já tirou os dentes do siso ou precisou se submeter a uma cirurgia para extração do apêndice sabe que o corpo humano tem partes inúteis que não têm mais função de existir. E muitas delas, inclusive, tendem a desaparecer da estrutura corporal conforme a evolução. Os dentes do siso, ou terceiros molares, serviam para a trituração de alimentos mais rústicos, como ossos e carne crua. O apêndice, por sua vez, tinha a função de digerir a celulose de plantas, conforme os hábitos alimentares dos nossos antepassados herbívoros.
Há, entre músculos, órgãos e tendões, uma variedade de partes em desuso no corpo humano. Do mindinho à cavidade nasal, conheça algumas das estruturas que perderam a sua função ao longo da evolução e hoje não são mais do que vestígios da anatomia humana.
Localizado no fim da coluna vertebral, o cóccix é hoje um conjunto de vértebras que serve apenas para ligar os músculos da região. Antigamente, o osso dava equilíbrio aos nossos ancestrais tal qual o rabo em outros mamíferos de quatro patas. Para nós, causa apenas dor ao cair sentado no chão.
Um possível vestígio da idade dos répteis, as costelas cervicais ainda aparecem em quase 1% da população, provocando problemas nervosos e arteriais.
Três músculos que possivelmente permitiam aos ancestrais mover as orelhas independente da cabeça, como fazem os cachorros ou os coelhos. Algumas pessoas ainda conseguem utilizar esse conjunto muscular.
Também conhecida como membrana nictitante (que pisca com frequência), é uma dobra conjuntiva que tem a função de proteger o globo ocular contra sujeiras, fazendo a varredura do olho no sentido horizontal até a córnea. A membrana é encontrada em répteis e aves até hoje, mas no ser humano resta apenas uma protuberância cor-de-rosa no canto do olho.
Em tempos de blusas e agasalhos, os pelos já não têm mais a função de aquecer e manter a temperatura corporal. De todos os pelos que temos, os únicos que ainda servem para alguma coisa são as sobrancelhas, que impedem que o suor escorra diretamente nos olhos.
8% da população humana ainda exibem a décima terceira costela, elemento presente em chimpanzés e gorilas.
Antes da diferenciação sexual, o feto forma as glândulas lactíferas que servem nas mulheres para a amamentação. Nos homens, apesar de as glândulas poderem ser estimuladas para produzir leite, o efeito dos mamilos é apenas estético e sensorial.
Um pequeno orifício junto ao septo nasal que se conecta a quimiorreceptores não funcionais pode ser o que restou de uma habilidade de detectar feromônios.
Uma dobra de pele que ainda aparece na parte superior da orelha indica uma estrutura que deveria ajudar o homem a escutar sons a longas distâncias.
Uma sobra de um órgão reprodutor feminino não desenvolvido encontra-se na glândula prostática masculina, remanescente da fase sem diferenciação de gênero do embrião.