6 coisas que você talvez não saiba sobre o planeta Mercúrio

13/07/2017 às 04:273 min de leitura

1 – Alguns números

O menor planeta do Sistema Solar tem apenas 4.878,5 Km de diâmetro (a Terra tem 12.742 Km) e a gravidade lá funciona de maneira diferente. Sobre a variação de massa, uma pessoa que pesa 68 Kg aqui na Terra, pesaria apenas 25 Kg em Mercúrio.

Um dia em Mercúrio dura o equivalente a 59 dias da Terra e um ano, o equivalente a 88 anos nossos. Lá, a variação térmica é gigantesca, e a temperatura alcança assustadores 426ºC durante o dia e a bizarros -137ºC à noite.

2 – Acredite ou não, Mercúrio não é o planeta mais quente

Por estar mais próximo ao Sol, tendemos a pensar em Mercúrio como o planeta mais quente do Sistema Solar, mas a superfície planetária mais quente é a de Vênus, que chega a 462ºC. Só para você ter ideia, em Vênus um pedaço de chumbo derreteria da mesma forma que um cubo de gelo derrete fora da geladeira aqui na Terra.

undefinedTá vendo aquele pontinho preto ali no cantinho inferior esquerdo da imagem? É mercúrio passando pelo Sol.

3 – Um pouco de química

Ainda não temos um modelo perfeito da formação química de Mercúrio, mas sabemos que ele é rico em ferro e que, ao contrário do que podemos deduzir, as altas temperaturas não acabam com os elementos químicos – na verdade, alguns deles são muito mais abundantes em Mercúrio do que na Terra.

A formação tectônica de Mercúrio é bastante diferente da Terra, até mesmo porque o planeta tem uma atmosfera nada parecida com a nossa, e a ciência ainda busca estipular parâmetros de comparação no que diz respeito à formação dos planetas.

4 – Mercúrio encolhe

Algumas falhas na superfície do planeta indicam que ele está encurtando. Essas informações foram coleadas pela Mariner 10, uma sonda espacial lançada pela NASA em 1973. De acordo com os especialistas que analisam as imagens enviadas pela sonda, esse encurtamento acontece em decorrência do resfriamento interior de Mercúrio, que continua a esfriar e a contrair. Isso tem provocado uma série de cataclismos no planeta.

5 – Água

Mercúrio tem crateras em seus polos, e essas fendas impedem a chegada de luz solar no planeta, independente da sua posição rotacional. Nessas aberturas, há condições favoráveis para a formação de gelo, o que já foi confirmado pelas imagens feitas pela Mariner 10.

6 – Exploração difícil

undefinedO Trânsito de Mercúrio, que é quando o planeta passa diretamente entre Sol e Terra, acontece 13 vezes a cada 100 anos.

Apenas duas missões foram realizadas para explorar o planeta: a sonda Mariner 10, de 1973, e a MESSENGER, de 2011. O ambiente onde Mercúrio está localizado não é favorável – a luz solar lá é 11 vezes mais brilhante do que a que temos aqui na Terra, e a temperatura do planeta durante o dia é realmente muito quente. Além disso, a radiação é alta demais.

A Mariner 10 realizou apenas três aproximações rápidas no planeta, e as informações coletadas pela sonda serviram de base para três décadas de pesquisas, o que foi fundamental para o desenvolvimento do MESSENGER.

Ter colocado uma nave espacial na órbita de Mercúrio foi, sem dúvida, uma das grandes conquistas da NASA – só para você ter ideia, a trajetória do MESSENGER teve que ser calculada com base em diversos pontos de partida, saindo da terra, ao redor do Sol e de volta à Terra; depois, ao redor do Sol e de Vênus duas vezes; e ao redor do Sol mais quatro vezes até que, finalmente, conseguisse entrar na órbita de Mercúrio – tudo isso por causa da atmosfera do planeta, que não permite a manobra ideal para entrar em órbita. Foi como se o MESSENGER tivesse emprestado gravidade de outros planetas para compensar a baixa gravidade de Mercúrio.

Por causa de toda essa manobra, MESSENGER viajou 8 bilhões de Km ao longo de seis anos e meio até chegar à órbita do planeta, que está a 100 milhões de Km de distância da Terra.

A trabalheira continuou quando o MESSENGER finalmente conseguiu entrar na órbita de Mercúrio, para que o calor não estragasse todo o equipamento e, claro, para que o frio extremo típico da noite de Mercúrio não congelasse tudo. A nave foi feita com um complexo sistema de aquecimento e refrigeração e, por isso, não foi destruída.

Em 2018, mais uma missão será enviada a Mercúrio. O BepiColombo, elaborado por agências espaciais europeias e japonesas, colocará dois satélites na órbita de Mercúrio, com a intenção de conseguir mais informações sobre a composição do planeta, sua atmosfera e magnetosfera. A estimativa é de que o BepiColombo atinja seu destino em dezembro de 2025. Viagem longa, hein!

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