Saúde/bem-estar
26/12/2017 às 04:00•2 min de leitura
Em tempos de incertezas quanto ao futuro dos direitos trabalhistas, aqui vai mais uma informação para vocês ficarem assustados: trabalhar 8 horas por dia durante 5 dias por semana não é a melhor coisa que você pode fazer com a sua saúde. Muita gente brinca que o final de semana deveria durar mais tempo – e não são apenas os funcionários fanfarrões que pensam assim.
Acontece que longas jornadas de trabalho podem aumentar as chances de você ter um acidente vascular cerebral e elevar a sua pressão arterial e seu estresse. O ideal seria, realmente, trabalhar 1 dia a menos na semana, já que isso tenderia a melhorar o ambiente de trabalho e o bem-estar pessoal, além, é claro, de elevar a produtividade.
Claro que nem todo mundo pensa assim, mas algumas empresas ao redor do mundo já estão testando rotinas diferenciadas para estimular seus funcionários. É o caso da Amazon, por exemplo: depois de inúmeras reclamações de seus empregados sobre as condições de trabalho, em breve a empresa vai testar uma jornada semanal de apenas 30 horas de serviço.
Será que tem vaga sobrando na Amazon?
Na Suécia, a maioria das pessoas já trabalha no máximo 6 horas por dia. Segundo analistas, isso melhorou a produtividade e a felicidade dos funcionários. A ideia por trás disso é que, trabalhando menos, as pessoas terão mais tempo para aproveitar as coisas boas da vida. Já imaginou ter mais tempo para colocar em dia aquela sua série favorita?
Por lá, até mesmo casas de repouso e hospitais estão adotando essa prática. Claro que menos horas de trabalho resultam na necessidade de mais funcionários fazendo revezamento por turnos. Porém, se o atendimento pessoal for mais satisfatório, esse gasto extra das empresas pode acabar virando lucro no futuro.
Outra tática foi a usada pelo governador do estado de Utah, nos Estados Unidos, quando a forte recessão atingiu o país em 2008: os funcionários públicos continuaram exercendo 40 horas semanais, mas trabalhando de segunda a quinta-feira. Com 1 dia a mais de folga, foi possível gerar mais bem-estar para os empregados – que, com isso, puderam manter seus empregos – e economizar com gastos de energia dos prédios públicos fechados às sextas-feiras.
Uma mudança radical, entretanto, parece longe de acontecer. Se até mesmo vagas para trabalho com as condições atuais estão cada vez mais escassas, imagina uma oportunidade de trabalhar com um regime reduzido e, mesmo assim, sem prejuízo financeiro? Talvez o jeito seja treinar o sueco e se mudar para lá...
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*Publicado em 9/9/2016