Artes/cultura
29/05/2013 às 11:27•2 min de leitura
De acordo com uma pesquisa realizada por Branko Milanovic, um economista do Banco Mundial, 8% das pessoas mais ricas do mundo ganham juntas a metade de toda a renda gerada no planeta. Segundo o estudo, a desigualdade global é muito mais assustadora do que as desigualdades existentes dentro de economias isoladas.
O estudo também apontou que a maioria das nações pobres se encontram espalhadas ao longo da linha do Equador, e que a maior discrepância entre o PIB per capita — que engloba indicadores como produto, despesa e renda — pode ser observada entre a República Democrática do Congo, na África, e Mônaco, na Europa, com US$ 231 e US$ 171.465 por habitante, respectivamente. Talvez “abismo” seja uma descrição mais adequada.
Em outras palavras, a pesquisa revelou o quão grande a diferença entre as rendas de diferentes países pode ser, e que o clima quente é sinônimo de pobreza. Além disso, outro aspecto que ficou claro durante o estudo é que a desigualdade entre patrimônio pessoal e renda é ainda maior. Nesse caso, as estimativas apontaram que 1% dos mais ricos do mundo são donos de aproximadamente metade de todos os bens.
Fonte da imagem: pixabay
Esse pequeno grupo engloba as pessoas mais ricas de países como Estados Unidos, Alemanha, Japão, França e do Reino Unido, e a grande maioria dos integrantes é composta por “velhos ricos”, ou seja, pessoas provenientes de famílias muito ricas, que herdaram suas fortunas e devem passá-las aos seus filhos.
Outro dado interessante revelado pela pesquisa é que a redistribuição de renda que favorece as pessoas que não fazem parte desse 1% de sortudos ocorreu em países em desenvolvimento. Apesar de essas nações estarem localizadas ao longo da fatídica linha do Equador, algumas pessoas desses países fazem parte do reduzido grupo dos ricaços, ainda que com menor representatividade.
E mais: nas últimas duas décadas esse clubinho de ricos viu sua renda aumentar em 60%, enquanto que o 5% composto pelos mais pobres do mundo não viu nenhuma mudança. Certeza que essas pessoas — seguindo a tendência apontada pela pesquisa — vivem nos países mais cálidos da Terra.