Confira alguns exemplos de mega favelas que existem pelo mundo

09/10/2014 às 06:304 min de leitura

Segundo o International Business Times, um relatório das Nações Unidas apontou que existem mais de 200 mil favelas espalhadas pelo planeta, a maioria localizada próximo ou bem no meio de grandes centros urbanos. Contudo, com uma população mundial de mais de 7 bilhões de pessoas — das quais muitas estão migrando para grandes cidades em busca de melhores oportunidade de trabalho e condições de vida —, o número dessas comunidades está crescendo exponencialmente.

E não é apenas a quantidades de favelas que está aumentando no mundo. O número de habitantes também está crescendo e, segundo algumas estimativas, aproximadamente um terço da população de grandes centros urbanos reside em áreas irregulares. A seguir, reunimos para você alguns exemplos de favelas imensas que existem pelo mundo. Confira:

1 – Favela do Condado de Hidalgo

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Localizada no Texas — pois é, nem a terra do Tio Sam se livra de ter favelas —, esta comunidade começou a se formar quando milhares de trabalhadores rurais mexicanos passaram a atravessar a fronteira em busca de melhores oportunidades de trabalho e um melhor padrão de vida. Uma vez nos EUA, muitas dessas pessoas chegaram a comprar propriedades de norte-americanos gananciosos.

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Contudo, os imigrantes começaram a formar colônias, e a área ocupada — que não conta com fornecimento de água nem oferece condições adequadas de moradia — foi crescendo. Atualmente o Condado de Hidalgo conta com uma população estimada em 800 mil habitantes, e 52 mil deles moram na favela. Boa parte dos residentes não tem onde morar, vivendo em casas feitas de papelão, madeira ou materiais do gênero.

2 – Favela da Rocinha

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Essa comunidade — com população estimada em 69 mil residentes — é uma velha conhecida de todos nós, não é mesmo? Situada no Rio de Janeiro, a Rocinha e a maior de um grupo de favelas que, juntas, somam uma população de quase dois milhões de habitantes. No entanto, ao contrário de outros exemplos que você poderá conferir nesta lista, essa comunidade tem acesso ao transporte público e saneamento básico, o que não significa que a vida lá seja fácil!

3 – Khayelitsha

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Com uma população estimada em 400 mil habitantes ou mais, a favela de Khayelitsha, localizada na África do Sul, foi fundada em 1985, e surgiu como resultado do Apartheid e seu fim. A comunidade sofre com altos índices de desemprego — na casa dos 80% —, pobreza extrema, proliferação de doenças e falta de segurança.

4 – Cité Soleil

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Com uma população estimada em 400 mil habitantes composta principalmente por crianças e jovens, a Cité Soleil é a favela mais populosa do Haiti. Muitas das pessoas que vivem ali vieram de La Saline — outra comunidade que foi completamente destruída por um incêndio —, e os habitantes vivem em condições extremamente precárias.

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Além disso, Cité Soleil é dominada por gangues e, somando-se a isso a falta de policiamento e as doenças que aterrorizam os residentes, não é de se estranhar que a expectativa de vida dos habitantes seja de apenas 52 anos.

5 – Dharavi

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Considerada uma das maiores e mais pobres favelas da Ásia, Dharavi — que conta com uma população estimada em 1 milhão de habitantes — fica localizada no centro de Mumbai, na Índia, e ocupa uma área de pouco mais de 2,5 quilômetros quadrados. A comunidade começou a se formar a partir da década de 60, quando famílias em busca de emprego nos muitos curtumes e indústrias têxteis que se estabeleceram na época começaram a chegar na cidade.

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Dharavi conta com casebres que chegam a medir pouco mais de 12 metros quadrados, e boa parte da população é formada por pessoas que moram nas calçadas mesmo! A água é escassa e, na maioria das vezes, imprópria para o consumo, e o índice de analfabetismo é altíssimo.

 6 – Ezbet el-Haggana

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Na verdade, Ezbet el-Haggana não é a única mega favela localizada no Cairo, Egito. Além dela, as comunidades de Manshiyat Naser e Cidade dos Mortos também merecem destaque. A primeira — Ezbet el-Haggana — tem população estimada em 1,5 milhão de pessoas, enquanto a segunda (Manshiyat Naser) possui cerca de milhão de residentes.

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Já a Cidade dos Mortos conta com uma população estimada em mais de 500 mil pessoas e começou a se formar após o devastador terremoto de 1992, que forçou muitas famílias desabrigadas a ocupar os túmulos de seus entes queridos na necrópole local.

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Fica difícil escolher uma sobre a qual falar — embora tenhamos colocado a de Ezbet el-Haggana no título por ser a mais populosa —, no entanto, existem alguns fatores em comum nas três favelas que mencionamos acima: os residentes vivem sem fornecimento de energia elétrica, abastecimento de água, saneamento básico ou distribuição sustentável de alimentos.

7 – Orangi Town

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Localizada em Karachi, no Paquistão, a favela de Orangi Town conta com uma população estimada em 1,8 milhão de habitantes, dos quais mais de 80% trabalham informalmente. Além disso, na falta de abastecimento sustentável de água, os residentes são obrigados a depender de grupos comunitários ou da ajuda mútua para conseguir água potável.

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Por sorte, existem projetos para solucionar essa questão, e foram iniciadas obras para restaurar a via que conecta a favela com outras partes da cidade. Além disso, Orangi Town ocupa uma área de quase 60 quilômetros quadrados e possui 13 distritos oficiais — cada um com um conselho independente —, e conta com representantes no governo.

8 – Kibera

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Com uma população estimada em 2,5 milhões de habitantes, a comunidade de Kibera fica próxima a Nairóbi, no Quênia, e é composta por 12 assentamentos completamente arrasados pela pobreza. Apenas 20% dos residentes tem acesso à eletricidade e, até recentemente, a água era coletada de açudes repletos de agentes que transmitem doenças como a cólera e a febre tifoide.

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9 – Neza-Chalco-Izta

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Também conhecida pelo nome de Ciudad Perdida, Neza-Chalco-Izta fica na Cidade do México e é uma mega favela com população estimada em 4 milhões de habitantes. A comunidade começou a se formar a partir dos anos 1900, quando novas zonas industriais foram se estabelecendo na cidade, e hoje a maioria dos residentes tem acesso ao abastecimento de água, energia e saneamento básico, embora a qualidade desses serviços seja motivo de grande debate.

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