Estilo de vida
28/11/2017 às 06:33•5 min de leitura
Desde que a robótica e as tecnologias de inteligência artificial começaram a ficar avançadas ao ponto de assumirem tarefas mais complexas realizadas por seres humanos, as pessoas passaram a ter medo dos robôs não apenas por eles poderem se rebelar contra a gente e causar o fim do mundo, mas também por eles serem capazes de roubar nossos empregos e ainda realizar nossas tarefas melhor do que nós mesmos.
Alguns estudos afirmam, inclusive, que temos data de validade e já imaginam daqui a quanto tempo todos os empregos do mundo seriam assumidos por robôs. Poderemos ter máquinas jornalistas, médicos, advogados, contadores, e elas vão mudar completamente a indústria como a conhecemos hoje. Em alguns lugares, como no Japão, funcionários robôs já assumem cargos anteriormente ocupados por humanos.
Pensando nisso, dá para acreditar que novos cargos, funções e trabalhos vão surgir conforme a tecnologia for avançando, e eles só vão poder ser ocupados por seres humanos reais
Porém, as coisas talvez não sejam assim tão assustadoras. Vale lembrar que apenas durante o século XX as máquinas substituíram muitas e muitas tarefas que nós realizávamos, e a gente acabou conseguindo lidar bem com isso.
Os computadores, afinal, não roubaram todos os empregos, e as máquinas não tornaram a humanidade obsoleta. Muito pelo contrário: essas novas funções acabaram gerando novos tipos de trabalhos, empregos com os quais sequer sonhávamos 10, 20 ou 30 anos antes.
Pensando nisso, dá para acreditar que novos cargos, funções e trabalhos vão surgir conforme a tecnologia for avançando, e eles só vão poder ser ocupados por seres humanos reais. Fizemos uma lista com alguns dos possíveis empregos do futuro, aqueles que vamos assumir após termos as nossas atividades atuais ocupadas por robôs. Confira:
As cidades devem ficar cada vez mais inteligentes com o passar do tempo. As coisas vão ser feitas automaticamente, e isso vai diminuir o número de pessoas envolvidas nessas atividades. A iluminação vai seu autônoma, o controle da coleta de lixo também, o fornecimento de energia elétrica e o controle do transito serão feitos por inteligências artificiais.
O analista de cidades inteligentes vai ser responsável por supervisionar o funcionamento de tudo. Como essas funções todas dependem de milhões de sensores e outros equipamentos para funcionar direito, é ele quem vai ser responsável pelo fluxo de informações, pela manutenção de tudo e pela segurança de todos dentro desses centros urbanos futurísticos.
Os sensores das cidades inteligentes precisam de cuidados humanos
Uma das áreas mais delicadas quando falamos da substituição de empregos de humanos por robôs é certamente a medicina. É muito difícil acreditar que vamos poder ser tratados por máquinas frias e sem vida. Porém, caso isso realmente aconteça, não vai ser bem assim que as coisas vão funcionar.
Esse profissional não vai precisar ser um médico formado, mas sim alguém com conhecimento técnico em robótica e IA
Por trás de cada robô médico dotado de inteligência artificial e capacidades de analisar e tratar a saúde de um paciente, deve haver um técnico de saúde para operar os programas e dispositivos necessários para examinar e curar pacientes com diversos tipos de enfermidades. Esse profissional não vai precisar ser um médico formado, mas sim alguém com conhecimento técnico em robótica e IA para que o doutor robótico atenda de maneira satisfatória.
Alguém precisa supervisionar os médicos artificiais
O nome é comprido, mas a descrição é simples: dispositivos com inteligência artificial vão ficar cada vez mais comuns e numerosos no futuro próximo. Apesar de esses aparelhos serem capazes de fazer muitas coisas por conta própria, ainda são incapazes de se venderem. Justamente por isso é necessário um ser humano capacitado para comercializar essas máquinas para outras pessoas.
Robôs já vendem outras coisas, mas não outros robôs
Tudo aquilo que você comprar vai precisar ser separado e ordenado para que seja devidamente entregue em você
Muitos supermercados e outras lojas no mundo, hoje, permitem que seus clientes façam compras de maneira virtual, pela internet, usando o computador ou smartphone. Muito em breve, isso vai ser possível até com realidade virtual, como se estivéssemos de fato dentro de um mercado, entre as prateleiras, escolhendo produtos, mas sem sair do conforto de nossos lares.
Acontece que tudo aquilo que você comprar vai precisar ser separado e ordenado para que seja devidamente entregue para você. Obviamente, isso é algo que já existe por aí com a popularização do e-commerce, mas a tendência é que não só isso aumente muito, mas que também englobe outras áreas de comércio que ainda são um pouco alheias ao mundo digital.
Na hora de comprar, é virtual, mas alguém precisa gerenciar os produtos reais
O aumento de facilidades e praticidades nas nossas vidas causado pelas máquinas que vão nos substituir em trabalhos mais braçais vai fazer com que nos tornemos ainda mais sedentários, piorando nossa condição de saúde, aumentando a obesidade da população e diminuindo nossa qualidade de vida.
Apesar da imensa quantidade de aplicativos e dispositivos que servem para monitorar melhor nossas atividades físicas, nada substitui um instrutor com uma função muito importante: motivar as pessoas a continuarem com seus exercícios. Certamente um conselheiro de comprometimento fitness será necessário nesse futuro.
Alguém precisa nos motivar a sair da vida sedentária
Esse emprego é, na verdade, a evolução de uma atividade que já existe: se hoje em dia as empresas colecionando informações sobre as pessoas para melhor oferecer produtos e serviços para elas, no futuro vai ser necessário alguém que processe as informações contidas nos dispositivos pessoais de um usuário para conhecê-lo melhor.
Vai ser necessário alguém que processe as informações contidas nos dispositivos pessoais de um usuário
Assim, o detetive de dados vai vasculhar informações de aparelhos como smart speakers – Amazon Echo, Google Home, HomePod etc. – e outros dispositivos ligados à Internet das Coisas para ajudar a melhorá-los de acordo com os gostos do usuário e, claro, usar esse conhecimento para outras coisas lucrativas.
Seus dados são valiosos e sempre haverá alguém interessado neles
Alguém precisa estar por trás da organização do fluxo do trânsito para que todos saiam ilesos das viagens e para que todas as pessoas envolvidas no transporte tenham completa segurança
Talvez um dos próximos empregos que que vamos perder por causa das máquinas é o de motorista. As montadoras já trabalham a todo vapor em carros autônomos – além, também, de ônibus e caminhões – e, muito em breve, vamos pegar um Uber sem ninguém dirigindo ou ir e voltar do trabalho em nossos veículos tirando um cochilo maroto no banco de trás.
Para que isso dê certo, alguém precisa estar por trás da organização do fluxo do trânsito para que todos saiam ilesos das viagens e para que todas as pessoas envolvidas no transporte, estejam dentro ou fora dos veículos, tenham completa segurança. Esse trabalho certamente deveria ser feito de maneira mais confiável por um ser humano como nós.
Os carros se viram sozinhos, mas quando algo dá errado, nós é que vamos consertar as coisas
Já existe algo parecido com isso – pessoas que são responsáveis por você não tomar decisões ruins em relação ao seu dinheiro, saber investir onde realmente vale a pena e não gastar mais do que ganha. A diferença é que, no futuro, as moedas reais podem desaparecer em favor das criptomoedas, como o Bitcoin, e aí é que o bicho vai pegar.
O problema é que todo esse conceito de criptomoeda, Bitcoin, dinheiro virtual, é bastante complexo e difícil de entender. É aí que entra o conselheiro de bem-estar financeiro, um especialista nessa área que vai ser responsável por nos esclarecer melhor a estrutura financeira digital, nos ajudar a manter controle de nossas transações e a valorizar nossa grana.
Bitcoins são complicados e só outros humanos vão poder nos ajudar a lidar com tudo isso