Estilo de vida
14/03/2018 às 14:00•2 min de leitura
Existem pessoas que acordam todos os dias no mesmo horário, mesmo nos fins de semana, e outras que nunca conseguem acordar no horário certo. Mesmo com uma infinidade de despertadores disponíveis hoje (praticamente todo aparelho eletrônico com relógio tem essa função), acordar cedo é um problema para muita gente. Mas já pensou como isso era resolvido em uma época em que até relógios eram raridade? Confira abaixo 7 formas de acordar usadas quando ter um despertador em casa era um luxo para poucos.
Antigamente, era comum pessoas que precisavam acordar cedo tomarem bastante água antes de dormir, fazendo com que fosse impossível passar muito tempo na cama; afinal, seria preciso levantar para urinar. Existem registros do uso dessa técnica por nativos dos Estados Unidos até o século passado.
Na verdade, inicialmente se tratava de um marcador de tempo, pois conseguia registrar somente um determinado período, se assemelhando mais a uma ampulheta do que a um relógio.
Isso até Ctesíbio de Alexandria, matemático e engenheiro grego, aperfeiçoar o aparelho e especificar marcações para horas e dias, criando a possibilidade de se instalar um alarme para quando o nível da água chegasse a determinado ponto.
Dessa forma, um gatilho era ativado e poderia, por exemplo, fazer com que uma catapulta lançasse uma pedra em um prato de metal. É incrível imaginar algo assim funcionando no ano 245 a.C.
Clepsidra existente em Zaragoza, Espanha.
Se você mora perto de uma igreja, sabe do que estamos falando. Religiosamente (de uma maneira literal), todo domingo no mesmo horário os sinos batem para chamar os fiéis para a missa. Hoje ele é apenas mais um marcador de tempo, mas antigamente essa era uma das únicas formas de as pessoas terem alguma noção de horário. Nas religiões islâmicas, essas marcações eram mais utilizadas ainda, pois se dividiam em cinco orações diárias, nas quais a vila inteira podia ouvir, e além delas mais quatro orações aconteciam após o pôr do sol.
Relógios na Idade Média, ao contrário de hoje, serviam somente como relógios, ou seja, marcavam as horas e nada mais. Isso até o cientista Taqi al-Din Muhammad ibn Ma'ruf, habitante de Constantinopla, desenvolver um relógio com buracos em sua marcação de horas. Caso a pessoa quisesse que ele tocasse um sino em determinada hora, bastava colocar uma vareta no buraco específico. Provavelmente, o item não era muito preciso, mas considerando o que estava disponível na época, já foi um grande avanço.
Na época da Revolução Industrial, eles acordavam seus clientes na hora combinada com o horário que estava afixado na porta ou janela. Por um pagamento modesto, trabalhadores podiam descansar o máximo de tempo possível sabendo que no momento certo alguém os acordaria. Grandes fábricas contratavam seus próprios batedores de portas, garantindo que os empregados chegassem na hora certa para trabalhar.
No início da Revolução Industrial, os empregados moravam próximo às fábricas nas quais trabalhavam e acordavam com o soar do apito das chaminés. Muitos dos trabalhadores vinham do interior, e como tempo é dinheiro, assim que o apito soava, logo estavam ocupando seus postos. Assim começou a época em que as pessoas não eram mais acordadas com o canto do galo ou os primeiros raios de sol no dia, mas sim com o apito de uma fábrica.
Morador de New Hampshire, EUA, Levi Hutchens desenvolveu em 1787 um despertador compacto, envolto em uma caixa de madeira, na qual um sino tocava na hora programada. O único problema era que ele só podia ser ajustado para tocar às 4 da manhã, quando seu inventor costumava acordar. Dez anos depois, Seth E. Thomas aperfeiçoou o mecanismo e tornou possível regular para o horário desejado.
Apesar de antigamente existirem várias formas de acordar cedo, isso sempre foi uma preocupação para as pessoas. Podemos ter evoluído em muitas coisas desde lá, mas em certos aspectos não somos tão diferentes assim.