Artes/cultura
11/06/2018 às 14:30•2 min de leitura
Símbolos estão em todos os lugares e são utilizados por diversos motivos. Durante o Terceiro Reich, o partido nazista se apropriou da suástica, transformando-a hoje em uma das representações mais significativas de tudo o que aconteceu durante o regime.
Junto com outros elementos, a suástica era utilizada em diversas propagandas políticas como uma forma de levantar a moral do país, que estava arrasado após a assinatura do Tratado de Versalhes.
Dentro dessa busca de uma imagem de sucesso, a escolha dos locais que serviram como sede das diversas instituições criadas também possuía grande importância. Foi o que ocorreu com a base da elite militar da alemanha nazista — a Schutzstaffel, mais conhecida por SS.
Heinrich Himmler foi um dos principais líderes do partido nazista e responsável pela definição do Castelo de Wewelsburg como uma espécie de centro de treinamento espiritual da SS. A edificação despertou a atenção do comandante da organização, que também tinha muito interesse em profecias e poderes mágicos, valores que procurava transmitir para seus soldados.
Em 1933, o castelo foi arrendado por 100 anos. Ele estava em péssimas condições de conservação, mas Himmler acreditava que o local possuía muito significado para o povo alemão. Isso porque ocorreu em uma região próxima, no século 1, a Batalha da Floresta de Teutoburgo, na qual tribos germânicas derrotaram o temido exército romano.
Como simbolismo pouco é bobagem, durante a reforma Himmler renomeou as salas com heróis militares como Rei Arthur, Rei Henrique, o Leão, Viduquindo e Frederico II da Prússia. As paredes foram decoradas com suásticas, antigas runas germânicas e outros símbolos.
Tudo no castelo foi ajustado para glorificar a população alemã e suas conquistas. Na sala do general, foram colocados 12 pilares, representando a mesa redonda do Rei Arthur, com uma chama sagrada guardando cada um deles. No centro dela existia, no piso, um sol negro estilizado com 12 pontas, cada uma representando um dos líderes da organização.
Ali eles se reuniam e participavam de rituais ocultos em celebração ao nazismo, mas não se sabe muito sobre o assunto. Indícios mostram que eram feitos “batismos”, e as cisternas foram esvaziadas para que se transformassem em criptas.
Himmler acreditava que, após a vitória final da Alemanha, o local seria o centro espiritual do mundo e os integrantes da SS, sacerdotes do novo mundo — inclusive, certos objetos do local irradiariam poder mágico. Tanto que, antes de missões, os líderes do grupo se reuniam no castelo para uma preparação espiritual.
Outro comportamento nada comum era o fato de cada membro da organização receber um anel com uma caveira e símbolos místicos entalhados. Após a morte deles, os anéis eram recolhidos e depositados em uma urna no castelo. Ninguém sabe o paradeiro deles ou o motivo de juntar todos, mas acredita-se que tenham sido enterrados em uma montanha próxima.
Para que as obras fossem aceleradas, foi montado ali um pequeno campo de concentração, composto por criminosos e presos de guerra. Segundo estimativas, cerca de 4 mil pessoas trabalharam no local ao mesmo tempo.
Assim que chegaram informações sobre a derrota iminente, a ordem foi de que tudo fosse destruído. Os suprimentos de explosivos estavam escassos, então o que não pôde ser implodido foi queimado.
O exterior do castelo se manteve intacto. Ele foi restaurado e, hoje, funciona como um museu, mostrando os horrores que ocorreram durante o período da Alemanha nazista, bem como os planos absurdos de Himmler para o local e o mundo.
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