Estilo de vida
23/12/2020 às 07:00•2 min de leitura
Preso por quase 40 anos, o norte-americano Walter Forbes (63), acusado de cometer um incêndio criminoso e assassinato no ano de 1982, foi totalmente exonerado de culpa após a mudança de depoimento da testemunha principal, que admitiu ter mentido na época devido a ameaças que ela e sua família estavam sofrendo.
Em julho de 1982, Walter Forbes, que na época tinha 19 anos, se envolveu em um tenso incidente de bar após comprar briga com Dennis Hall e tentar impedi-lo de tomar ações mais drásticas contra outros clientes do estabelecimento. Infelizmente, a intromissão de Forbes acabou custando caro, e Hall acabou atirando no rapaz em um encontro seguinte.
Alguns dias depois dos eventos, Dennis acabou sendo encontrado morto em sua residência na Maple Street devido a um incêndio proposital, e todas as pistas apontavam para a participação de Forbes, especialmente quando a jovem Annice Kennebrew, tida como principal e única testemunha, afirmou que viu o homem carregando botijões de gás junto a outros dois comparsas poucas horas antes do suposto ataque.
Porém, o caso ganhou reviravoltas bruscas nos últimos dias e, 37 anos após o norte-americano ter sido acusado de homicídio e condenado à prisão perpétua, a mudança no depoimento de Kennebrew trouxe as respostas definitivas para o que realmente ocorreu na época.
A pedido do acusado, o crime voltou a ser investigado no ano de 2010, quando o advogado Imran Syed, da Michigan Innocence Clinic, insistiu em uma reavaliação das provas, agora tendo como base a origem do incêndio e a não participação de seu cliente nos eventos que assassinaram Hall. Segundo Syed, o fogo foi iniciado por David Jones, dono do edifício, na tentativa de dar um golpe do seguro.
Quanto à testemunha, Annice Kennebrew afirmou em fevereiro deste ano “que havia falsamente acusado o Sr. Forbes porque tinha sido intimidada a fazê-lo por dois homens locais que a conheciam da vizinhança e ameaçaram prejudicá-la” caso as autoridades conhecessem a histórial real.
Liberado em 20 de novembro, Forbes será compensado financeiramente por uma lei de Michigan, que permite que pessoas condenadas injustamente recebam US$ 50 mil por cada ano em que ficaram presas.