Ciência
22/10/2013 às 14:01•2 min de leitura
O famoso homem do gelo pode ter morrido há 5,3 mil anos, mas a múmia tem parentes bem vivos na Áustria! Conhecido também como a Múmia do Similaun, o homem de gelo foi descoberto nos Alpes em 1991 e foi considerado, a princípio, como um alpinista ou um soldado que morreu na Primeira Guerra Mundial.
Somente após pesquisas mais aprofundadas é que foi descoberto que a sua existência datava de 3.300 antes de Cristo e que ele havia morrido, provavelmente, com uma flechada e uma batida na cabeça aos 46 anos de idade.
Uma equipe de pesquisadores do Instituto de Medicina Legal, da Universidade de Innsbruck, encontrou 19 homens relacionados com a múmia, usando amostras de DNA retiradas de 3,7 mil doadores de sangue da região do Tirol, no oeste da Áustria.
Eles constaram que essas pessoas tinham as mesmas mutações genéticas específicas de Ötzi, que recebeu esse nome por ter sido encontrado nas montanhas Ötztal dos Alpes, que ficam na fronteira entre a Áustria e Itália. O estudo foi realizado somente com homens.
"Há partes do DNA humano que são geralmente herdadas de forma inalterada. Nos homens, elas se localizam nos cromossomos Y e, em mulheres, na mitocôndria. Eventuais alterações surgem devido às mutações, que são então herdadas de forma ainda mais intensa", disse Walther Parson, cientista que liderou o estudo, ao Austrian Times.
A equipe de pesquisa já está se associando com parceiros na Suíça e na Itália para organizar um estudo semelhante a fim de determinar se há mais parentes do homem de gelo nas localidades próximas aos Alpes.
Fonte da imagem: Reprodução/Facebook-Ötzi the iceman
A múmia está atualmente em exibição em um museu especialmente construído em Bolzano, na Itália, onde os visitantes podem vê-la em uma sala refrigerada. Um arco, flechas e um machado de cobre estavam entre os pertences encontrados com o corpo congelado na época da descoberta.
O estudo do corpo do homem de gelo revelou que ele tinha a doença de Lyme, tinha uma dieta carnívora e predisposição para doenças cardíacas. Além disso, foi constatado que ele era da ilha de Sardenha, mas os pesquisadores não sabem o que ele estava fazendo nos Alpes e por qual motivo ele foi morto.