Cientistas podem ter encontrado uma solução para o “Dilema de Darwin”

18/11/2014 às 13:061 min de leitura

Quando Charles Darwin apresentou sua teoria sobre a evolução das espécies, uma questão em particular parecia contradizer seus conceitos. Durante aproximadamente um bilhão de anos após o surgimento da vida na Terra, os seres vivos não evoluíram muito. No entanto, há cerca de 530 milhões de anos ocorreu o que os cientistas chamam de “Explosão Cambriana”, que consistiu no surgimento rápido de uma enorme variedade de organismos.

Pois foi justamente essa erupção dramática de vida — durante um período de apenas alguns milhões anos — que se tornou o “Dilema de Darwin”, já que, segundo a teoria do naturalista, o processo de evolução deveria se dar forma gradual e superlenta. Contudo, de acordo com Lee Dye do site abcNews, dois estudos independentes apresentados por pesquisadores norte-americanos parecem trazer uma solução para o impasse.

Possíveis explicações

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Um dos estudos — realizado por cientistas da Universidade de Yale e do Instituto de Tecnologia da Georgia — aponta que antes do período cambriano a atmosfera apresentava níveis de oxigênio estimados em apenas 1%, o que estaria bem longe de ser suficiente para a sobrevivência de organismos mais complexos. Portanto, algo deve ter ocorrido para desencadear a explosão cambriana.

Já o segundo estudo, apresentado por um professor do Instituto de Geofísica da Universidade do Texas, sugere que uma grande quantidade de oxigênio pode ter sido liberada na atmosfera depois de uma enorme movimentação tectônica. De acordo com essa pesquisa — que se baseia em evidências geológicas —, o território que hoje compreende os EUA ainda se encontrava conectado ao supercontinente chamado Gondwana no início do cambriano.

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Se esse for caso, a separação do supercontinente ocorreu antes do que se pensava. E mais: além de esse evento liberar o oxigênio necessário para que a explosão de vida pudesse ocorrer, o dramático deslocamento tectônico também provocou a movimentação de águas profundas e ricas em nutrientes para regiões mais rasas — e até inundou áreas próximas à costa —, promovendo a formação de nichos ecológicos propícios para o surgimento de novas formas de vida.

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