Artes/cultura
28/05/2013 às 05:34•2 min de leitura
Um trabalho extenso da agência espacial norte-americana possibilitou a criação de um incrível mapa topográfico de Titan, a segunda maior lua do Sistema Solar, que fica em órbita ao redor de Saturno.
O estudo exigiu mais de 100 aproximações da sonda Cassini ao longo dos últimos 10 anos. Para isso, a NASA tinha um grande desafio: visualizar o que havia por baixo da densa neblina do astro, algo que dificulta muito a captura de imagens e dados sobre o solo local. Foram utilizados instrumentos de imagiologia por radar e o mapa construído foi publicado este mês.
Uma das principais utilidades do mapa é ajudar na investigação sobre a hidrologia de Titan, o que ajuda pesquisadores na descoberta de informações mais concretas sobre o clima e o tempo do astro.
Segundo Ralph Lorenz, líder da equipe de pesquisa, o mapa ainda não está completo e apenas a metade do astro foi revelado, mas até 2017 os cientistas pretendem ter toda a área de Titan coberta. De qualquer forma, as análises existentes já são o suficiente para entender melhor a superfície do astro.
Fonte da imagem: Reprodução/Nasa
“Titan tem muitas atividades interessantes – como fluxos de líquidos e dunas de areia móveis – mas para compreender esses processos é útil conhecer o relevo do terreno”, diz Lorenz. “O movimento das areias e o fluxo de líquidos são influenciados pelos declives, e as montanhas podem gerar a formação de nuvens e, consequentemente, precipitação”.
No entanto, embora tenha muitos elementos semelhantes aos da Terra, Titan difere em alguns pontos cruciais. Enquanto aqui é o vapor de água que cria nuvens, lá o responsável por isso é o metano, que está presente nos rios e que modela a superfície de Titan por meio de processos corrosivos.
Segundo Steve Wall, líder da equipe de gerenciamento da sonda Cassini, “com este novo mapa topográfico revela-se em 3D um dos mais fascinantes e dinâmicos mundos do nosso Sistema Solar (...). Na Terra, os rios, vulcões e o tempo estão intimamente relacionados com as altitudes das superfícies – agora, estamos ansiosos por saber o que podemos aprender sobre isso em Titã”.