Estilo de vida
15/10/2013 às 12:36•3 min de leitura
Todos os dias somos bombardeados com notícias sobre assaltos cujo número de ocorrências, ao que parece, não para de aumentar. Contudo, os crimes que envolvem milhões — quando excluímos os envolvidos com corrupção —, por sorte, são bem menos frequentes, mas acabam ficando famosos devido à quantidade de dinheiro envolvida ou à engenhosidade dos criminosos.
A seguir você pode conferir cinco assaltos a banco que se encaixam nessa descrição, e que acabaram entrando para a História:
Fonte da imagem: Reprodução/Oddball Daily
Considerado o maior roubo a banco já registrado na História, este assalto ocorreu em 2003 no Iraque, e foi orquestrado pelo regime de Saddam Hussein. O crime foi levado a cabo horas antes que os EUA começassem a bombardear o país e, de acordo com as testemunhas, diversos veículos pararam diante do Banco Central em Bagdá, e foram sendo carregados com muito, muito dinheiro.
Um dos funcionários do banco ouviu os nomes “Qusay e Abid al-Hamid Mahmood” — filho de Saddam e assistente pessoal do ditador, respectivamente — durante o roubo e, mais tarde, enormes somas de dinheiro foram encontradas em locais estratégicos. Desde então, ninguém jamais conseguiu repetir a proeza de roubar tanto dinheiro de uma só vez.
Fonte da imagem: Reprodução/Virgin Media
Surpreendentemente, em vez de aprender a lição com o roubo feito ao Banco Central em Bagdá, outro assalto astronômico ocorreu na mesma cidade quatro anos depois, em 2007. Desta vez, o alvo foi a agência de uma instituição privada chamada Dar Es Salaam, e a quantidade levada foi de US$ 300 milhões.
O pior é que o roubo nem foi algo muito elaborado, sendo executado pelos guardas de segurança que passavam a noite cuidando do local. Os funcionários da agência, ao chegar pela manhã para trabalhar, encontraram a porta da frente aberta e os cofres vazios, e os astutos ladrões jamais foram pegos.
Fonte da imagem: Reprodução/MentalFloss
Este roubo tem o montante total estimado entre US$ 20 e 50 milhões porque os assaltantes — membros da Organização para a Libertação da Palestina — não levaram apenas dinheiro, mas joias, barras de ouro, ações, títulos e tudo o que conseguiram carregar durante um período de dois dias! O crime aconteceu em 1976 em Beirute, e o alvo foi o British Bank of the Middle East.
Para conseguir acesso, os ladrões invadiram uma igreja católica que ficava ao lado do banco, e depois enviaram uma equipe especializada em violar cofres. Os responsáveis jamais foram capturados, mas boa parte das ações e dos títulos roubados foram recuperadas.
Fonte da imagem: Reprodução/Oddball Daily
O assalto ao Security Pacific National ocorreu em 1978, e chegou a ser considerado como um dos maiores roubos a banco da história dos EUA. Perpetrado por Stanley Mark Rifkin, o crime parecia impossível, já que a agência mais se parecia com uma fortaleza de vidro e granito guardada por diversos seguranças e repleta de câmeras ocultas, localizada no 55° andar de um edifício de Los Angeles.
No entanto, Rifkin conseguiu “levar” o dinheiro sem precisar usar armas, máscaras, reféns ou carros para fuga. Aliás, a instituição só soube do roubo dias depois do ocorrido, pelo FBI! O ladrão, um consultor em informática que prestava serviços para o banco, descobriu como as transferências bancárias eram realizadas, conseguiu acesso aos códigos de segurança e enviou a soma de US$ 10,2 milhões para várias contas suas. Rifkin foi eventualmente pego graças a uma denúncia feita por um sócio dedo-duro.
Cena do filme "Assalto ao Banco Central" Fonte da imagem: Reprodução/Cinema Falado
O roubo que vamos descrever a seguir ocorreu em 2005 e inclusive foi transformado em filme, tendo como alvo o Banco Central do Brasil em Fortaleza. Lembra dele? O crime foi realizado por uma quadrilha que alugou uma casa localizada a duas quadras da instituição, que servia como empresa de fachada que supostamente produzia grama natural e sintética.
Durante três meses os assaltantes — com conhecimentos em engenharia e em posse de um mapa da cidade — escavaram um túnel de 80 metros de comprimento e apenas 70 centímetros de largura que, além de ter sido construído com vigas de madeira e ser revestido com lona, contava com sistema de ventilação e até ar condicionado. O túnel terminava em um piso de concreto com 1,10 metro de espessura reforçado com aço, que dava para o cofre do Banco Central.
Mas isso não foi suficiente para parar os ladrões. A quadrilha invadiu o cofre durante um fim de semana e, segundo as estimativas da Polícia Federal, com base no peso das notas roubadas — somando um total de R$ 164.755.150,00 —, os assaltantes levaram inacreditáveis 3,5 toneladas em dinheiro. E mais: se empilhadas, as cédulas chegariam a mais de 30 metros de altura.
E sabe o pior? Além de as notas não serem sequenciais — tonando o trabalho de rastreá-las impossível —, os ladrões apagaram suas impressões digitais e nenhuma imagem sequer foi gravada pelas câmeras de segurança do banco. Cerca de 30 pessoas envolvidas no caso acabaram sendo presas, mas somente R$ 53 milhões do total foram recuperados.