Artes/cultura
18/05/2013 às 07:45•2 min de leitura
Você já ouviu falar das esferas metálicas de Klerksdorp? Embora não sejam tão conhecidos assim, tais artefatos constituem um dos maiores mistérios da história da humanidade – tanto que há um museu erguido especialmente em homenagem à esses objetos curiosos.
Tratam-se de pequenas rochas encontradas uma mina de pirofilita localizada na cidade de Ottosdal (na África da Sul), cujos tamanhos variam entre 5 cm e 10 cm. São feitas de uma mistura de minerais e algumas delas chamam a atenção por serem decoradas com três linhas retas paralelas, separadas com uma distância exata.
As pedras ficaram populares depois que rumores acerca de suas “características perfeitas” passaram a circular de boca em boca pela população de Ottosdal. Primeiramente, dizia-se que as rochas eram mais duras do que o aço, mas que possuiam um núcleo esponjoso que virava um misterioso pó branco ao ser tocado por um humano.
Além disso, um dos mineradores responsável pela descoberta teria afirmado publicamente que engenheiros da NASA haviam analisado e categorizado os objetos como “esferas perfeitas e com um equilíbrio tão apurado que não pode ser medido pela tecnologia atual”.
Contudo, o mais impressionante da história fica mesmo por conta da idade desses artefatos. Após uma série de análises científicas, ficou constatado que as esferas têm nada menos do que 2,8 bilhões de anos!
Fonte da imagem: Reprodução/Eden Saga
Obviamente, a idade avançada e as características anormais das esferas fizeram brotar muitas dúvidas e teorias na cabeça dos mais criativos e paranoicos. Houve o grupo que imediatamente concluiu que as pedras são obras de civilizações alienígenas, que teriam habitado o nosso planeta muito antes dos primeiros seres humanos. Outras pessoas acreditam que elas foram feitas por um possível ancestral da nossa raça, servindo como uma tecnologia de batalha ou até mesmo de comunicação.
A teoria mais aceita, porém, é de que as esferas realmente foram formadas por processos naturais. Geólogos afirma que os artefatos não são nada mais do que concreções (precipitações de minerais em torno de um núcleo qualquer) de sedimentos vulcânicos.
A história do núcleo esponjoso e do equilíbrio perfeito também foi desmentida pelo arqueólogo norte-americano Paul V. Heinrich, da Universidade de Louisiana. O profissional analisou os artefatos mais a fundo e descartou tais características especiais, chegando a publicar um artigo científico comentando sobre a “normalidade” das pedrinhas. Mais tarde, a própria NASA declarou que o responsável pelos boatos teria interpretado a análise de forma incorreta.
Fonte da imagem: Reprodução/Pandora Open
Ainda assim, as esferas de Klerksdop geram polêmica até hoje, devido ao grande número de teorias, versões e histórias que nunca saberemos se realmente são verdadeiras ou apenas papo de pescador.
Independentemente de serem obras de alienígenas ou uma simples arte feita pela natureza, não podemos discordar que as rochas são bastante atraentes – e, caso você decida visitar a África do Sul no futuro, certamente vale a pena dar uma paradinha no museu especializado nesses pequenos artefatos.