Artes/cultura
01/10/2013 às 09:47•1 min de leitura
Tudo isso parece ter saído de uma obra de ficção, mas não foi. O Lago Natrão, localizado ao norte da Tanzânia, tem a capacidade mortal de transformar animais vivos em estátuas calcificadas. As práticas assassinas do rio ocorrem devido ao alto grau de natrão presente na água, um sal à base de carbonato de sódio e bicarbonato de sódio.
As águas chegam a 60 °C, com pH variando entre 9 e 10.5 — tudo isso como obra de cinzas de um vulcão presente em um vale na mesma região. O único animal a viver tranquilamente em suas águas é uma tilápia ultrarresistente (Alcolapia alcalica), pois os demais não conseguem sobreviver ao contato com a água mortal.
É comum que aves que se acidentam na região sejam atraídas ao rio, enganadas por sua superfície reflexiva, e sofram com o destino trágico. A mesma coisa é bem comum de acontecer com flamingos, que usam as ilhas de sal do rio como ninho para seus ovos.
Morcego calcificado pelo Lago Natrão. Fonte da imagem: Nick Brandt
O fotógrafo Nick Brandt, explorador da África e autor da foto aí de cima, esteve no Lago Natrão em 2010 e fez várias imagens. Elas podem ser vistas no site oficial do fotógrafo, que acaba de lançar tudo no livro “Across the Ravaged Land” (Através da Terra Devastada, em tradução livre).