Artes/cultura
17/11/2016 às 14:37•3 min de leitura
Já faz algum tempo que o brilhante físico Stephen Hawking vem fazendo alertas sobre o — sinistro — futuro da humanidade, e essa semana mesmo ele voltou a insistir no assunto durante uma aula na Universidade de Cambridge, na Inglaterra. De acordo com Bec Crew, do portal Science Alert, o cientista está convencido de que se não fizermos nada a respeito, a humanidade poderá desaparecer em aproximadamente mil anos.
Segundo Hawking, é de vital importância que os humanos continuem investindo na exploração espacial e encontrem formas de estabelecer colônias em outros planetas. Conforme disse, ele não acredita que a humanidade será capaz de sobreviver mais mil anos sem escapar da fragilizada Terra — que vem sofrendo com questões como a perda de habitat, excesso populacional, aumento de arsenais e resistência a antibióticos, para mencionar algumas.
O físico estima que uma colônia autossustentável em Marte só se tornará uma realidade dentro de um século — mais ou menos —, o que significa que os seres humanos precisam ser muito cuidadosos nos próximos anos. Desconsiderando a possibilidade de que a vida na Terra sucumba por conta dos efeitos das mudanças climáticas, de uma guerra nuclear ou pandemia, os humanos ainda podem se deparar com perigos ainda desconhecidos.
O físico insiste que precisamos escapar da Terra se não quisermos entrar em extinção
Stephen Hawking já expressou sua preocupação com relação à inteligência artificial, explicando que essa tecnologia poderá ser a melhor ou a pior coisa que pode acontecer com a humanidade. Para ele, considerando a tendência dos humanos de repetir os mesmos erros uma e outra vez — apesar de nossa obcessão com a nossa própria História —, o desenvolvimento de armas autônomas poderia trazer graves consequências.
De acordo com Bec, no ano passado, Hawking se uniu a uma coalizão — composta por mais de 20 mil pesquisadores e especialistas de todo o mundo — que pede que o desenvolvimento de armas autônomas capazes de disparar contra alvos sem a intervenção humana seja banido. Isso porque, de momento, as “máquinas” ainda são submissas a nós, mas muita gente, o físico inclusive, acredita que isso não vai durar para sempre.
Stephen Hawking teme o que o futuro da IA pode reservar se restrições não forem impostas
Afinal, agora mesmo, apesar de a inteligência artificial já existir por aí e demonstrar ter capacidades impressionantes, ela ainda é bastante limitada. Contudo, o que vai acontecer quando a IA alcançar a singularidade, ou seja, quando ela chegar ao ponto em que aprenderá sozinha e se torne mais inteligente e melhor do que os humanos?
A coalizão à qual Hawking pertence teme que, no futuro, quando a IA apresentar um desempenho intelectual que se iguale ou supere o dos humanos isso possa trazer sérios problemas — caso essa tecnologia seja construída ou empregada da forma errada. Agora, imagine o que aconteceria se, além de ter que lidar com uma possível “revolução das máquinas”, um bando de aliens resolvesse responder aos sinais que há décadas nós mandamos pelo Universo e aparecesse por aqui!
Eles encontrariam uma sociedade enfraquecida, tentando sobreviver a um mundo à beira do colapso — sofrendo com o aquecimento global, com a elevação do nível dos mares, com a falta de espaço para cultivar alimentos, com robôs rebeldes... E se os extraterrestres não forem amigáveis, eles poderiam muito bem aproveitar a oportunidade e tentar dominar o nosso mundo.
Tudo pode acontecer...
Bem, os humanos não são o que podemos chamar de superpacíficos. Então, além de estarmos enfrentando uma série de problemas, nós ainda correríamos o risco de travar guerras com os visitantes. Você acha esse cenário pouco provável? Stephen Hawking não acha, e afirmou que está mais convencido do que nunca de que não estamos sozinhos no cosmos — e que os aliens que um dia chegarem até aqui serão vastamente mais avançados do que nós.
Esses são os tipos de questões com as quais Hawking acha que devemos tomar cuidado nos próximos 100 anos — para que realmente possamos estabelecer colônias em outros planetas e possamos escapar da Terra. Se ficarmos por aqui, o físico aposta que entraremos em extinção em apenas mil anos. Pessimista? Nem tanto como você imagina!
Hawking acredita que 2016 é um ano glorioso para se estar vivo e desenvolver pesquisas em física teórica. Ele também aconselha todos a olharem para as estrelas — em vez de para os próprios pés —, serem (mega) curiosos e se perguntarem o que faz o Universo existir. Ainda segundo o físico, “por mais difícil que a vida pareça, sempre existe algo que você pode fazer e ter sucesso; o que importa é que você nunca desista”.