Ciência
09/06/2014 às 07:29•2 min de leitura
Como foi o seu domingo, caro leitor? Preguiçoso e sem muitas preocupações? Pois, de acordo com a NASA, ontem uma enorme rocha espacial de tamanho estimado entre 250 e 400 metros — ou seja, cerca de 10 ou 20 vezes maior do que a que atingiu Chelyabinsk, na Rússia, no ano passado — passou relativamente próximo ao nosso planeta.
Segundo a agência espacial, o asteroide chamado 2014 HQ124 — e apelidado carinhosamente de “The Beast” — foi descoberto no final de abril e viaja a uma velocidade de 50 mil quilômetros por hora. No último domingo, dia 8 de junho, a rocha ficou a 1,25 milhão de quilômetros da Terra durante sua aproximação e, apesar de parecer uma distância incrível, em termos astronômicos, o pedregulho passou bem pertinho de nós.
Por sorte, quando o asteroide apareceu nos radares, os astrônomos logo calcularam sua trajetória e eliminaram a chance de que ele se chocasse contra a Terra. Contudo, de acordo com o Space.com, caso uma rocha com essas dimensões nos atingisse, os danos seriam consideráveis. Para começar, como o asteroide só foi descoberto há cerca de 6 semanas, não haveria tempo suficiente para lançar medidas para desviar sua rota.
Além disso, apesar de viajar a uma velocidade de 50 mil km/h, ao se aproximar da Terra, a nossa gravidade faria com que a rocha alcançasse velocidades de 64 mil km/h no momento do impacto. E, considerando que o “The Beast” seja uma rocha sólida, a colisão provocaria uma explosão da ordem de 2 mil megatons — só para que você tenha ideia da proporção, a bomba detonada em Hiroshima tinha 15 kilotons, sendo que cada megaton equivale a mil kilotons!
Se o asteroide não caísse no oceano, o impacto provocaria a formação de uma cratera com quase 5 quilômetros e faria com que janelas localizadas a mais de 100 quilômetros de distância se estilhaçassem. No entanto, segundo os astrônomos, uma vez que um pedregulho como esse aparece nos radares, é possível calcular o local e quando se dará a colisão com bastante precisão.
Dessa forma, considerando que o choque fosse inevitável, provavelmente haveria tempo suficiente para organizar uma campanha de evacuação da área atingida. Os astrônomos acreditam que perto de 95% dos asteroides que poderiam fazer bastante estrago ou destruir a Terra já foram descobertos. Entretanto, nem sempre os asteroides são detectados com tanto tempo de antecedência. Eis um dado para você considerar nos seus domingos preguiçosos!